domingo, 18 de dezembro de 2022

Apenas e só

A apetecer-me desligar de tudo e de todos,  para me dedicar apenas e só a ler. 

Não quero parar o tempo. 

Só desligar. 

Um luxo neste meus dias. 


domingo, 11 de dezembro de 2022

Que não demore muito tempo

Como já disse e repeti,  gosto do meu trabalho. 
Mas como qualquer trabalho, chega a uma altura do dia ou da semana em que me sinto presa. Encerrada entre quatro paredes sem ter uma palavra a dizer. E farta do trabalho e de todos os que estão à sua volta. Colegas, clientes, fornecedores, não os posso nem ver.  Só quero sair dali para fora e o mais depressa possível. 
Para quê?
Pasme-se:  não sei bem, porque de imediato fico perdida e sem saber o meu lugar no mundo sem a vertente trabalho. 
Isto parece conversa de quem não está boa da cabeça, mas é mesmo assim. 
A mesma coisa me acontece ao fim de semana, não sei como os ocupar, fico à toa, sem saber o que quero e a ver as horas a esvaírem-se, sem que eu consiga arranjar uma actividade em que considere o meu tempo bem empregue e com a qual fique satisfeita e realizada. 
Se passarmos para o assunto férias...temos do mesmo. 
O sofrimento de ter horas infindas diante de mim e de como as ocupar. 
Pode não ser credível o que digo, mas é uma situação que me atormenta. 
Bem entendido que isto tem uma explicação. A minha pelo menos. Que terá várias vertentes mas que esta é talvez a maior: Estou sem férias dignas desse nome vai para dez anos. 
Deixei de saber o que são dias sem trabalhar.
A regra é o trabalho. Muito ou pouco, ele está sempre presente. É ele que marca o compasso dos meus dias.  Sem ele, como digo, fico perdida. Diga-se mesmo que gravemente perdida. 
Tomei consciência que se não inverter a situação, estarei a caminhar para que "o não estar boa da cabeça" passe de uma mera hipótese para uma certeza quase que absoluta. 
E para o agravamento  desta situação de não saber o que fazer. 
Este ano, num acto de loucura, obriguei-me a tirar 8 dias consecutivos de férias. 8 dias para me afastar, parar e desfrutar. 
E sofri com a falta do que fazer. Não direi imenso, que seria ridículo dizê-lo, mas que estranhei, estranhei. 
Sei que tenho de continuar com esta imposição a mim própria para conseguir sair deste ciclo. 
Que tenho de me "obrigar" a "este sacrifício" para que me volte de novo o paladar da vida,  quando estou fora do trabalho e do controlo do negócio. 
Mas não sei quando conseguirei sair desta "perdição". 
Se é que alguma vez recuperarei desta doença. 
Espero que não demore muito tempo. 


sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

Não se imagina

O que esperar de um dia em que se coloca no frigorifico o frasco do pólen que se utiliza diariamente?

Não sendo crime que lese a pátria, indica que a cabeça não está cá. 

Onde está?

Não se imagina.

terça-feira, 22 de novembro de 2022

O que importa

Quando a pessoa vai lançada na vida a desbravar terreno, chega ali a meio - da vida entenda-se - e descobre que o que importa, pouco ou nada, tem a ver com o que se anda a fazer. 

Que já foi importante essa forma de estar e de ser, mas neste momento, deixou de fazer sentido essa  prática. 

E depois de se perceber esta realidade, situação óbvia, fácil de perceber e intuir, mas que foi um castigo para entender e levou horrores de tempo até que se enxergasse a evidência, deparamo-nos com a dificuldade de agir de acordo com esta nova visão. 

Sendo que sou eu, a falar de mim e dos meus hábitos. 

Que sei que devo mudar, mas que parvamente mantenho.

quinta-feira, 17 de novembro de 2022

Efeito terapêutico

Ao contrário do habitual, esta semana, a minha companhia nas deslocações de carro que diariamente tenho de fazer tem sido música. 

Apenas e só. 

Música.

E tem tido um incrível efeito terapêutico: chego leve e cheia de força.

E acontece tanto no ir, como no vir. 

Ora se no ir,  ainda pode ser lógico e evidente este efeito, no vir a coisa não é bem assim e depois de um dia de trabalho, chegar leve e cheia de força  parece quase mentira. 

Mas tem sido uma constante na semana. 

O que é uma coisa muito boa. 

quarta-feira, 9 de novembro de 2022

Tristeza

Num dia que tudo teria para ser de imensa alegria, estou imensamente triste. 

Recebi hoje, de mão beijada, uma riqueza daquelas que não tem preço. 

Um coisinha boa, boa! Daquelas de dar colo e apertar bochecha. E que feliz e contente estou por isso. E que prazer vai ser vê-lo crescer. Devagar espero, para poder saborear o desenvolvimento deste novo membro da família  com tudo aquilo a que tenho direito. 

E no entanto estou de rastos. 

Completamente infeliz. 

A apetecer-me chorar horrores. 

A não conseguir sair desta letargia em que me encontro. E nem zangada estou comigo por isso, ou com a vida, pelo dia que me ofereceu para além desta enorme alegria. 

Apenas e só tenho um enorme desgosto. Não daqueles parvos que estou sempre a apregoar, mas dos sérios, que não tenho capacidade de intervenção na resolução, mas que me bate à porta, mesmo que não seja metida nem achada. 

Alguém que me é muito próximo está de mal com a vida e a forma de lidar com a sua dôr é fazer a vida dos outros num inferno. No caso de hoje, como em tantos outros dias, fui eu o alvo escolhido. Sou a mais próxima. 

Sem razão alguma se arranjou uma tempestade de dimensões bíblicas, porque de facto isso lhe enche a vida, que nada mais tem para a preencher ( na sua cabeça) para além do amargo dos dias. 

E a mim, o efeito que tem é esvaziar-me, por completo. 

Por muito calo que tenha já com a repetição destes episódios, provavelmente hoje estarei/estaria mais vulnerável. 

Dai a tristeza. 

E o enorme desgosto pela vida desperdiçada de alguém que me imensamente caro, que em continuas situações de conflito com aqueles que mais preza, vai ficando cada vez mais isolada na sua dôr. Sem perceber o enorme mal que está a fazer a si e aos outros. 





 

 

terça-feira, 8 de novembro de 2022

Podcast

Quando iniciei a escrita por aqui, não poderia dizer-se que ter um Blogue fosse o último grito da moda em termos de expressão. Até porque em termos de modas, o costume é que as apanho sempre mais tarde do que mais cedo. 

Mas era um meio muito divulgado à época (há 10/15 anos para quem se queira situar)  e pobre daquele que não tivesse um blogue, não lesse blogues ou não seguisse blogues. Era um paria da sociedade. 

Ao que parece estamos agora na situação inversa e ter um blogue, ler um blogue, seguir um blogue é algo completamente demodé. 

Pois cá estou eu de novo em contracorrente com um blogue em actividade. Não pujante é certo, que não é preciso exagerar,  mas, ainda assim,  em actividade.

E serve a presente para falar de Podcast's. 

Nada a ver e tudo a ver. 

Pessoa que é pessoa, por estas alturas de vida no mundo,  ouve Podcast's, segue Podcast's  comenta Podcast 's e acabei de verificar, mistério dos mistérios que era para mim, que euzinha, simples anónima,  posso até produzir Podcast´s para o mundo inteiro ouvir. Imagine-se!

Mas a conversa não vai por ai. 

Vai para o facto de haver coisas interessantíssimas de se ouvir, mundos novos fantásticos para descobrir, conversas do melhor que há, modos de ver vida extraordinárias, partilhas fabulosas, tudo sobre a forma de Podcast mas às quais, mais uma vez não consigo dedicar-me. 

Irra de vida!

E porque? Porque para ouvir o Podcast como quero e com toda a atenção que lhes é devida, tenho de estar especada e focada no som. Ora eu que faço milhentas coisas ao mesmo tempo, vejo-me forçada a parar tudo para ouvir o podcast na sua plenitude, ou então não tem interesse o exercício. Não dá gozo. 

Também se pode dar o caso de estando tão focada no assunto e sem outra tarefa entre mãos me deixe dormir no acto de audição atenta. 

Logo o que acontece? Ouço muito menos do que gostaria. 

Coisa assim para 1 por cada 1000 dos existentes? Ou será 100000? 

Em suma, mais um desgosto que gostaria de ultrapassar. 







sábado, 5 de novembro de 2022

Papo para o ar

Passando a pessoa o dia de papo para o ar, por força de uma dor de costas que não lhe permite estar noutra posição de forma confortável, para além das situações mais comezinhas das horas das refeições e outro tipo de actividades básicas de um ser humano, não existe grande capacidade de me dedicar seja ao que fôr.  

Bem entendido também que a pessoa não está de papo para o ar à espera que a coisa passe. Está atulhada de medicação que a faz dormir como se estivesse em privação de sono há mais de 3 anos e até se encontra um bocadinho melhorzinha, verdade seja dita.  Ou pode ser que se tenha essa ilusão do melhorzinha....pois se passamos o dia deitadas não há grande margem para doer. 

Adiante no assunto. 

O objectivo é estar funcionante na próxima segunda feira,  depois logo se verá. O plano do descanso tem de ser cumprido religiosamente para dar frutos. 

Entretanto, se já não me apetecia fazer nada, ainda estou pior. E o estar de papo para o ar que já referi não ajuda. Organizei vagamente uns papéis, li uma páginas soltas de um livro, mandei uns mails, fiz uns telefonemas, mas tudo dentro do modo de fazer pouco ou nada. 

O feitio ainda não azedou. O que faria com que me tornasse impossível de aturar, para mim e para os outros. 

Mas a todo o momento isso pode acontecer. 

Faltam dois dias disto. 

segunda-feira, 31 de outubro de 2022

Noção de conjunto

Desgostosa com esta minha actividade.  

Por várias razões, a maior das quais o facto de eu ser antiga e tudo o que me tira os meus papéis e a sua organização faz-me ficar perdida. 

Infeliz até. 

Pastas, pastinhas, ficheiros, drives, pens...com tudo trabalho, mas sinceramente fico impaciente com tanta informática e rapidamente perco a disciplina de me organizar. Vira a bagunça geral, que tanto detesto mas que não acautelo por forma a evitar que se instale. 

Depois, porque não gosto deste formato de diário. Sempre detestei ter um, pelo que longe de mim estar a construir um, sem que aperceba. Já procurei outros suportes para estes meus desabafos mas dei com becos sem saída, e na dúvida, este é o meio em que me sinto mais confortável para escrever. E que melhor domino.

A ausência de um fio condutor que permita viajar pelos textos com lógica, ao invés de uma data de reflexões avulsas também me faz sofrer. E o pior é que não tenho a mínima noção do que já escrevi, de quantas vezes me repeti, de como evolui no pensamento ou de como involui em determinados assuntos. 

E a noção de conjunto é-me importante. 

Que desta forma não tenho.  

 

 


domingo, 30 de outubro de 2022

Modo preguiça

Domingo em que se almoçou fora, não por grande vontade de o fazer, mas por preguiça de fazer almoço e o que ainda é pior, não me apetecer pensar no que cozinhar.  

O desejo de passar a tarde a ler numa esplanada ao sol não se concretizou. 

Em parte porque estou entre livros. O que é sempre um momento que se traduz num compasso de espera enquanto se digere o que se acabou e se ganha espaço mental para iniciar o novo. 

Fora isso, pode contar-se o encontro com um sofá onde se preguiçou. 

Nada mais, ainda que tenha o serão todo pela minha frente e me tenha esquecido de registar a minha manhã. 

Mas como disse, estou em modo preguiça e em economia de esforço. 

sábado, 29 de outubro de 2022

Progressivas

De passagem  e rápida, que hoje para além de não ter assunto (como sempre) não tenho também vontade para aqui estar a escrever. 

Para a posteridade peço que se registe que comecei a usar óculos com lentes progressivas. 

Um marco na vida de qualquer pessoa, muito desvalorizado por quem não tem noção do que isso significa em termos de velhice. 

O que não é o meu caso.

Tenho bem presente a decrepitude que significa tal facto, e depois de ter andando cerca de três anos a adiar a situação, não tive fuga possível e restou-me aceitar a "novidade". 

E com tanta preparação que fiz para este dia não estou depressiva face ao assunto. 

E podia estar. 

Mas não estou.

O que é bom. 

Pode também dizer-se que me deixei de fricotes ou alguma alma mais perspicaz dizer que cresci, neste caso, face ao assunto. 

Seja lá o que for. As más línguas são do pior!





sexta-feira, 28 de outubro de 2022

Acto de loucura

No desespero de não quebrar a série de visitas à piscina, para a prática de actividade fisica a que ultimamente me tenho dedicado, e na ausência de qualquer outro horário compatível com  os afazeres da próxima semana, inscrevi-me numa aula de Aqua Zumba. 

Bem de ver que se trata de um acto de loucura a que espero não me furtar por qualquer pretexto de última hora que possa arranjar como desculpa. 

Espero também conseguir sobreviver aos longos 45 minutos que a aula terá de duração. 

Da mesma forma  espero que as figuras tristes que inevitavelmente ocorrerão não me assobrem demasiadamente o pensamento depois de terem lugar. 

Do que ocorrer darei conta. 

A menos que seja tão vexatório que o encerre para sempre no báu dos erros cometidos nesta vida,  que nunca, em caso algum, devem ser transmitidos a terceiros e muito menos recordados por mim. 

O que como se percebe pode ser o caso. 


quinta-feira, 27 de outubro de 2022

Tom da escrita

Não deliberadamente, mas durante esta semana a hora da minha escrita diária mudou. Ainda que não o tenha feito de propósito, acabei por  dar um empurrão nesse sentido estabelecendo o compromisso comigo própria de que não importa a hora, desde que nalgum ponto do dia escreva.  

Mas não sou de todo inocente no assunto, tinha curiosidade em ver o que aconteceria no dia em que a mudança ocorresse.   

E o que acontece de tão diferente assim? 

Se se reparar a mudança da hora é acompanhada por uma mudança no tom da escrita. 

Verdade?

quarta-feira, 26 de outubro de 2022

Regresso do reino dos mortos

E o dia de hoje?
Não sei bem que diga. 
Cumpri calendário previamente agendado. 
Soube-me bem, mas bem! a tal aula de hidroterapia que me fez levantar quase que arrastada da cama, e que se confirma como um momento de paz e bem estar na minha semana. A pontos de achar que deveria ser diária, tal é o  gosto que lhe tomei. 
Depois andei a correr seca e meca a tratar de assuntos vários. 
Assuntos vários que ficaram tratados. 
Em todos os locais a que me dirigi fui efusivamente cumprimentada pelas pessoas que lá estavam. 
Como se não me vissem há anos. 
Achei que não seria caso para tanto, que estariam a exagerar nas saudades que tinham de me ver, que ainda antes de ontem nos tínhamos cruzado, mas a bem da verdade devem estar carregados de razão e o que é  facto é que ninguém me põe a vista em cima nos últimos tempos. Eufemismo para dizer anos. 
Logo não é de espantar que quando apareço, qual Dom Sebastião  numa manhã de nevoeiro, é como se o Filho pródigo da família acabasse de chegar.  Uma festa.  
Donde que me deu para reflectir sobre o que faço às minhas horas do dia, como as organizo, as distribuo e as aloco e onde fica o social do mesmo. E se já existia um enorme deficit do social no meu dia  antes do Covid, com o Covid agudizou-se e agora quase que me esqueço que existe mais vida para além do "trabalho". 
Bem entendido que esta questão tem muita mais explicação do que um mero esquecimento meu na organização do meu dia-a-dia ( como se esta vertente tivesse algo a ver com planificação), a começar logo nas alterações que nos últimos anos tem ocorrido na minha vida. 
Mas vamos deixar para outro dia em que me apeteça elaborar sobre o assunto. 
Registe-se apenas que as pessoas me saudaram como se tivesse regressado do reino dos mortos. 


terça-feira, 25 de outubro de 2022

Boa noite!

De há uns tempos para cá, não sei se poderei dizer anos, porque sinceramente não tenho a contabilidade apurada nesse sentido, pelo que me fico com este vago "de há uns tempos para cá", durmo mal, mas mal. Sono aos bochechos, sem ponta de insónia é certo, mas interrompido amiúde,  o que faz com que não consiga sentir-me plenamente repousada ao levantar. 

E como as noites são cansativas ( como é possível dizer tal) e não tão retemperadoras como deveriam e se esperaria de um sono bom,  levanto-me muitas vezes ko. Foi o caso de hoje, em que nem a sesta que tentei fazer na hora de almoço me deu aquele refresh necessário para não sentir que  o mundo inteiro se encontra às minhas costas. 

Vamos ver como será a noite de hoje.

 Mais do que dormir, adoraria conseguir descansar com imensa qualidade. 

Boa noite!


segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Segunda-feira

Segunda-feira,  dia particularmente conturbado por estas bandas por razões várias, mas sobretudo porque se está zangada com a vida que nos obriga a vir trabalhar depois de dois dias de descanso e sem grandes horas para cumprir. 

Sendo que eu sou daquelas que gosta do que faz, imagine-se se não gostasse!

Amanhã será Terça e o céu menos nublado...assim espero!

:)!



domingo, 23 de outubro de 2022

Domingo (de certeza que este é um título repetido)

 Tarde de Domingo de um fim de semana que se anunciou chuvoso, mas em que o sol brilha na fora. 

Não está à vontade como se julga, é acompanhado por vento e nuvens que deixam o céu meio nublado. 

Projectos para o que fazer nas horas que se seguem existem, ainda que tenhamos de mudar de indumentária. O que nos conduz a momentos de grande inércia enquanto não se procede à devida mudança e se sai porta fora. 

Esperamos que não sejam muito pronunciados. Sobretudo porque os Domingos tem tendência a escafeder-se por entre os dedos e se não tomarmos uma atitude face ás horas a passar podemos ficar sem fazer nada do planeado e com o Domingo acabado. 

Nota-se a rima não planeada mas que resultou extremamente bem face ao que se queria transmitir. 




sábado, 22 de outubro de 2022

Alienação

A forma como uma simples espreitadela a uma rede social me faz perder a noção do tempo é assustadora. O poder aditivo que tem é qualquer coisa de avassalador e extremamente preocupante.

E falo de mim, adulta,  com capacidade de me observar e de constatar que não raras vezes passo demasiado tempo a ver coisas, quando deveria estar a fazer outro tipo de actividades que me dariam infinitamente mais retorno. 

Eu, que sou capaz de me policiar e dizer chega, que sei distinguir o bem do mal, o certo do errado. E que mesmo assim, não raras vezes caio na esparrela da rede social, do comodismo de passar o dedo pelo ecran e na anestesia de estar sempre à procura de algo novo que suscite um lampejo de interesse, o que acontece 1 em cada 1000 vezes, assim numa prespectiva optimista. 

Eu, que tenho capacidade crítica, que mal pego no telemóvel durante o dia para esse tipo de actividade,  mas que me vejo em tempos de ócio com as mãos livres e como imediatamente elas se ocupam com o que não deveriam. 

Não sou ave rara neste assunto. Vejo, à minha volta, a alienação que o telemóvel e rede social X,Y ou Z vai fazendo em todos os que me rodeiam. Os tiques que se ganham. Os hábitos que se instalam. Os hábitos que se destroem e como a prioridade é o que se passa do outro lado do ecran e não no que está à nossa volta. E sinceramente pergunto-me como é possível acontecer algo assim? Uma actividade aparentemente inofensiva que acaba por ser altamente nefasta para a pessoa e as suas relações. Para a nossa saúde mental pessoal e colectiva. 

E mais confusão me faz quando vejo crianças agarradas a ecrans.

E como estes seres, mais ao menos adiantados na idade,  em formação de modelos e rotinas, vão integrar este hábito como algo de normal. E como vai ficar inculcado na sua percepção que o que passa do outro lado do ecran são vivências ditas normais. 

A menos que tenham alguém que lhes proporcione outras vivências e os ajude a interpretar o que vêem do outro lado do ecran. O que, sinceramente, não vejo acontecer com a frequência que gostaria. 


 








sexta-feira, 21 de outubro de 2022

Ajustes

Começo a recear que esta rotina nada produza. 

Talvez se deva incluir alguma flexibilidade de horário na tarefa. 

Sim, terá ser diária, mas talvez não necessite obrigatoriamente de ser a esta hora. 

A hora foi escolhida com propósito. Parece-me que durante a semana não vou falhar...na hora...

Na escrita de algo de jeitos já estou a marcar passo, mas a hora tem sido cumprida. 

Ao fim de semana, pois que dificilmente me apanharam deste lado do ecran a esta hora. 

Pelo que talvez tenham de se fazer uns ajustes. 

E também porque preciso de "escrever" com mais profundidade  e não estas simples constatações de registo diário que não trazendo mal ao mundo, também não passam disso mesmo: um registo diário de sentires enviesado pela hora em que é feito. 

Há muito mais antes e depois, no meu dia,  do que aquilo que tenho registado.   

Até amanhã!

quinta-feira, 20 de outubro de 2022

E hoje?

 E hoje?

Não sai grande coisa cá para fora. 

Acontecimentos passados, projectos em curso ou ambições futuras,  nada se me ocorre para dizer. 

Nem reclamações para apresentar se vislubram. 

Imagine-se!


quarta-feira, 19 de outubro de 2022

Momento mais importante da semana

 E de repente o momento mais importante da semana é aquele em que se vai à aula de Hidroterapia. 

Nada mais interessa. 

E hoje foi dia!


terça-feira, 18 de outubro de 2022

Cool

 Dia diferente do habitual.

Tive companhia para o almoço depois de uma manhã de tédio a trabalhar. Daquelas que podemos usar para pôr trabalho em dia mas em que a falta de pica reinante leva a que não se faça nada digno de registo. 

O mood do dia?

Cool. 

Até ver.

Até amanhã!

segunda-feira, 17 de outubro de 2022

Até amanhã!

 Muita rápida passagem por aqui para criar o hábito de, precisamente,  passar por aqui. 

E que desta passagem se faça o hábito,  e que esse hábito se torne rotina no meu dia. 

Até amanhã!


quarta-feira, 14 de setembro de 2022

Não falha

É a esta hora, mais coisa menos coisa, que me encontro com este ecran para escrever. 

A maior parte das vezes chego aqui, não porque tenha nada em particular para partilhar, mas porque já me fartei das minhas outras actividades nocturnas e esta actividade, a da"escrita" é sempre uma coisa prazeirosa e que cumpre a função de me entreter. 

Outras vezes serve-me para desabafar do meu dia ou do que vou sentindo. Mais até do que o vou vivendo.

Na sua maior parte são queixinhas que aqui trago. Situações  banais e comezinhas, que lidas mais tarde não tem grande assunto, que se repetem sistematicamente e que fazem juz à velha máxima de que é mais fácil lamentar-nos DA vida do que tomar uma atitude NA vida. 

Ora, tenho para mim que se viesse para aqui a outras horas, talvez as conversas fossem diferentes. Isto tudo para dizer que de manhã, pela fresquinha, lá pelas 8:30 e até às 9:00, quando me encontro comigo e tenho necessariamente de conduzir durante 30 minutos,  que se me assomam os mais diversos assuntos sobre os quais dissertar e sobretudo sobre os quais gostaria de elaborar pensamento. 

Pois acontece que agarrada ao volante,  os pensamentos vêm e vão, sem que o meu cérebro, qual passador, consiga retê-los para mais tarde os recordar e aproveitar a parte do dia em que acho que estou no meu melhor em termos de produtividade.E positividade. 

Cá está a queixinhas...como sempre. 

Dei voltas e voltas e cá está a habitual lamentação. Não falha!





terça-feira, 6 de setembro de 2022

Reflectir

Aprendi hoje que auto-definir-me como isto ou aquilo, é meio caminho andado para ser o que a minha cabeça acha e não ser o que na realidade sou. 

Uma forma de auto-limitação . 

Complicado?

Exemplifique-se: 

Sou super organizada, logo só gosto de coisas/pessoas/situações organizadas. 

Segundo a teoria não é bem assim. O ser super-organizada não define os meus gostos. 

Não quer dizer que não aprecie a desorganização das coisas/pessoas/situações. 

Pois que fiquei na dúvida sobre esta questão. 

Vou reflectir sobre o assunto.

E ao reflectir vou já dizendo que nem sempre nem nunca. 

Ou seja, eu até posso achar graça inicial à desarrumação de vida, mas a longo prazo eu passo-me com o desgoverno e começo a surtar. 

Pelo que vou pela certa e apenas procuro esse tipo de coisas/situações/pessoas na minha vida. 

E há quem diga ( e cuja opinião me é cara ) que é precisamente o oposto que devo procurar. 

Não dou a reflexão como acabada, mas é-me difícil aceitar esta linha de pensamento, conhecendo-me. 

Vou continuar a reflectir sobre o assunto!

quinta-feira, 30 de junho de 2022

Dose

Gosto de trabalhar. 
Sandice dita da boca para fora, quem gosta de trabalhar?
Ninguém. 
Penso que não é bem assim e que todos nós, em maior ou menor grau, gostamos de trabalhar. 
Eu estarei talvez naqueles que gostam de trabalhar no sentido mais literal do termo. 
Gosto. 
Pode dizer-se que tiro do trabalho verdadeiro prazer e que me sinto realizada. 
Claro que todos os dias há minudências que me fazem dizer o contrário. 
Tarefas que abomino e que me são penosas. 
Mas no fundo e fazendo o balanço de coisas boas e más, o saldo é largamente positivo. 
Esta conclusão vem de um TPC que me foi passado e onde deveria elencar o que gosto de fazer, aquilo que me dá retorno e as coisas que não gosto de fazer e que me retiram satisfação no dia-a-dia. 
Feita a análise e devidamente ponderada a dita cuja, deveria encher os meus dias com coisas que gosto de fazer e esvazia-los de coisas que não gosto. Isto, numa proporção adequada para me manter em equilíbrio entre obrigação e devoção. 
Chegada a concretizar a dita listinha, reparo que na coluna das coisas que gosto de fazer está "o trabalhar". 
Logo na lista dos gostos está uma coisa que se consideraria ser a antítese daquilo que o exercício pretenderia. Recriminei-me...como é possível que tenha feito tal!
Aliás, o exercício resultava do facto de eu achar que me esgotava toda no trabalho e de o considerar como a fonte mais importante do meu mau-estar diário. 
Impensável pois que pudesse sequer constar na coluna dos gostos!
Reavaliei. 
Mantive o gosto. 
E percebi que o que está mal é a dose. 
A dose de trabalho que é completamente desproporcionada na receita que compõe o meu dia. 
E aquilo que se poderia dizer "Use a gosto",  não é bem assim. 
Tem limite, dose q.b. 
Posto isto louve-se a capacidade de analisar. 
Negligencie-se a cegueira  em vigor até  enxergar o obvio. 
Que o excesso é nefasto. 
Evidencie-se a clarividência do raciocínio. 
Espere-se que tanto conhecimento se transforme em sabedoria. 
E que a sabedoria se transforme em prática diária. 










 

domingo, 26 de junho de 2022

Planejar

Sou muito organizada. Planejo tudo com muito pormenor e grande antecedência.

E digo-o, não querendo com isto auto elogiar-me. Gosto deste meu padrão, mas por vezes esta característica, que pode ser vista como uma qualidade,  assume contornos de tique e dá maçada a quem me atura, bem sei. 

E a mim também!

Porque não dou espaço ao imprevisto e ao sabor que ele pode trazer por si só e porque realisticamente a vida tem contingências que acabam por se impor ao mais cuidadoso dos planejamento sem qualquer aviso prévio. 

Foi o que aconteceu nas 2:30 que faltavam para acabar a minha quinta feira e das quais eu me vangloriei poderem (ainda) ser determinantes para o desfecho do meu dia. 

Pois que foram. 

Determinantes será palavra forte. De facto não se traduziram em desgraça de grande monta mas, mais uma vez, deitaram abaixo planos que cuidadosamente fiz. 

O que vale é que já tenho calo: de tanto planear e de ver planos gorados, já nem me dou ao trabalho de ter grandes desgostos com o assunto. 

E ainda que planejar seja um hobby, como outro qualquer que se possa ter e este é um dos meus, poderia não ser tanto assim. 

Mas que fazer?

Para a próxima repito tudo igual.

quinta-feira, 23 de junho de 2022

Dia observado

A olhar para o meu dia de hoje e a pensar que sumo poderei eu dele tirar para aqui deixar, rumo à posteridade. Dia observado, chego à conclusão que nada de relevante, marcante ou interessante se passou digno de um registo especial. 

Ainda assim, não foi um dia irrelevante na minha vida e cumpriu função. 

Sendo que para terminar ainda lhe faltam 2:30 que podem revelar-se do melhor! 




quarta-feira, 22 de junho de 2022

Mantras

 E de repente, eu que sempre detestei Mantras, dou por mim (imagine-se!)  a achá-las essenciais na vida.   

A ideia que tinha instalada passava por achar que seriam coisas muito esotéricas, destituidas de qualquer utilidade no dia-a-dia, altamente questionáveis nas premissas da sua elaboração, muitas vezes falaciosas,  de interpretação dúbia e que só teriam lógica se aplicadas a gente, e por gente, muito dada às místicas. Coisa para a qual nunca tive qualquer apetência e da qual fujo a sete pés.

Pois que verifico, agora, que são úteis. 

Que são dotadas de objectividade. 

Que a sua simplicidade resume de forma brilhante situações complexas,  que têm uma aplicabilidade imensa para mim e que não sendo remédio para tudo, me podem ajudar a descomplicar, a entender e a pacificar a turbulência que vou vivendo. 

Ps: Entenda-se Mantra como qualquer máxima que se repita e aplique avulso. 


terça-feira, 21 de junho de 2022

Sem continuidade

Ao contrário do habitual, do meu habitual, claro,  eis que entro por aqui às três pancadas e desato a escrever, sem continuidade temática e/ou temporal com o passado, a não ser a necessidade. 

E necessidade de quê? 

De escrever, apenas e só.