quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Quanto mais depressa melhor

Por esta altura, no ano passado, andava eu a fazer uma força tremenda para que o ano de 2008 acabasse. Não me foi um ano particularmente feliz, suspirava por vê-lo pelas costas, e quanto mais depressa melhor.

Este ano a minha pressa é outra. Quero lá saber se o ano de 2009 acaba ou não. O importante é que 2010 comece e sim…quanto mais depressa melhor!

Logo explico o porquê!

Entretanto…

Bom 2010!

 

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Chuva

 

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Doida que estou com a maldita chuva. Nunca mais pára, não cede, não dá trégua! É uma individua que incomoda. Não percebe que não pode impor-se assim desta forma. Que está a abusar e que sempre podia surgir de forma mais gradual e não assim de supetão. Não percebe  que deixa tudo e mais alguma coisa imprestável para qualquer uso.  E  como se  já não bastasse este prejuízo imenso que provoca ainda me apoquenta durante as minhas preciosas horas de sono.

Pois que me têm atormentado as noites a cair copiosamente em cima do telhado da casa e a bater nos  vidros da janela por tempos infindos. Exatamente aqueles em que eu devia estar de olho fechado a recuperar das mazelas do dia anterior.

Maldita!

sábado, 26 de dezembro de 2009

O depois

O depois da festa. Aquele momento em que a poeira baixa e somos chamados, por força das circunstâncias, à realidade.  Acontece-me quando regresso à minha casa depois da noite de Natal e da costumeira troca de presentes. Ao meter a chave à porta, carregada de coisas novas. Invariavelmente, ocorre-me  o pensamento:

“Acabou.”

“Que pena.”

“Só para o ano volta a acontecer.

“Porque tem de ser assim?”

O sentimento que me acompanha é de tristeza. Não profunda, claro.  No entanto,  fica-me  um sabor algo amargo pelo que vivi e que infelizmente só passado um ano se  poderá repetir.

O meu  lamento nada tem a ver com as prendas. As dadas e as recebidas.  Se foram boas ou más.  Se pecaram por excesso ou por defeito. Acho até que estas  são considerações irrelevantes para se terem.

A noite de Natal vive, para mim,  não das prendas,  mas sim do espirito reinante. Das boas vontades que se reúnem. Do genuíno prazer de estar com quem se gosta e de sentir que esse prazer é partilhado por quem connosco está.

Com a chegada à casa parece que se desvanece todo esse espirito. Que sou acordada para a realidade. Que a esperança, a alegria e o gosto que precedem o  Natal se esfuma, e ainda que não termine com as badaladas da meia noite, surge na manhã  do dia 25 já, de alguma forma,  transformado.

É a antítese de um sentir que me acompanha desde Outubro e que sinto acabar quando entro em casa.

Porque infelizmente podendo o Natal ser quando um Homem quiser isso não acontece. Por razões várias.   Mais ou menos relevantes.

Mas pode também pensar-se que se corre o risco de se banalizar algo que tem imenso significado e funciona como um carregar de pilhas para o ano que se segue. Coisa que não gostaria.

O meu Natal foi como o sonhei.

Pena ter acabado.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Festas felizes

Dada a quadra festiva que se  aproxima a passos largos, tão largos que uma pessoa quase  que se sujeita a ser atropelada por ela se não se despacha,  é  suposto andarmos a dar as Boas festas uns aos outros. Calha bem, fica bem, sabe bem, soa bem…enfim, é da praxe. Ora aplicando isso ao mundo dos blogues que se faz?

Promove-se um decoração de Natal no dito cujo, juntam-se umas palavras apropriadas para a ocasião, ou seja para as visitas que ocorrerem durante o período natalício, uma imagem de acordo com o espírito e até talvez uma música a dar a dar com a saison. E pronto a coisa está feita, a consciência apaziguada e lá vamos gozar o Natal com a sensação de dever cumprido. 

Como é evidente, eu tenho opinião formada sobre o assunto. Não que me tenha dedicado muito a pensar nela mas faz do meu feitio ter opinião formada sobre tudo e mais alguma coisa, e se a coisa ainda não existe eu invento, logo tenho também uma opinião sobre esta coisa do Natal nos blogues.

Acho um horror. Detesto. É  uma caramelice pegada dar as boas festas a quem nos visita, como se as pessoas não estivessem já fartas de saber que estamos no Natal e entupidas por todo o lado de votos de festas felizes. Penso logo mal do autor do blogue. Fica logo assim meio proscrito e ou se esmera no assunto, ou eu ponho-o na prateleira.

Mas sendo eu uma pessoa que de simples nada tem, para mal dos meus pecados, eis que também acho mal os blogues não terem nada sobre o assunto. Que insensibilidade revela o autor ao não fazer sequer uma mençãozita, coisa pequena,  ao assunto. O que me faz voltar à questão, e ao pensamento pouco lisonjeio sobre o dono do espaço.

Temos pois uma situação complicada que não antevejo resolução possível dada a complexidade que a envolve. Está visto que não é qualquer coisa que me convence.

Ainda assim, e apesar do discurso anterior, não considero impeditivo que no meu Bloguezinho…este mesmo que aqui  está prantado, conste uma alusão às festas. E a felicidade das mesmas. Embora pareça “faz o que eu digo e não o que eu faço”. Pareça. Porque não corresponde à realidade. Eu acho mesmo tudo o que disse, mas sou incapaz de não desejar umas festas felizes a todos os que aqui passam. E porque de facto já cheira…

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Feliz Natal!

 

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Avós

Eu não sei se já se notou, mas tenho uma certa panca com a minha  idade. Sobretudo com a crueldade do número de anos de que vou sendo detentora  e com o seu crescer contínuo e ininterrupto.  Coisa boa, até. Sinal de que  vou cá andando. No entanto, para mim é um verdadeiro sufoco.

E  é num verdadeiro estado de revolta e não aceitação da realidade, que assumo os anos que tenho. Não tem nada a ver com o assumir para os outros. Nada disso! Até porque passo o tempo a apregoá-los, alto e bom som, para quem quiser ouvir. E que de passagem me diga que não pareço nada, de preferência.  O problema sou mesmo  eu. Tal o estigma da coisa, que faltando-me 2 anos e 14 dias para os 40,  já há muito, na minha cabeça, penso que os tenho.

Não me vejo com os 37 anos, do B.I.. Eu, que nas minhas contas, nem 30 ainda fiz. Os meus projectos de vida terminaram logo depois dos 27.  Nunca projectei a vida para os anos que se seguiriam. Não por pensar que não os ia viver, mas porque não achei necessário. Nunca pensei em mim e nos meus amigos com esta idade. E acho tudo tão estranho. Não pode ser. Será verdade que já passaram tantos anos? Não pode  mesmo ser. Não acredito! Para onde foram? Eu não dei conta que se sumiam assim!  

E sinto-me igual apesar da idade mais avançada. Continuo a ser eu. Tonta, parva, insegura, criança, muito mais crescida em tantos aspectos, mas na essência igual. Com a mesma forma de pensar, os mesmos gostos, a mesma personalidade, o mesmo mau feitio, a mesma palermice.

O que me levou a pensar nos meus netos, nos filhos dos meus filhos, esses mesmo que ainda não tenho. Na forma como eles veriam a sua Avó e como se compatibilizaria essa Senhora reverendíssima com esta garota que aqui escreve. E dos meus netos cheguei aos meus Avós. Como eu os vejo. E o pouco que sei deles.

Pela ordem natural da vida já os conheci numa idade avançada. Nasci já eles tinham vivido muito. Situações que inevitavelmente não acompanhei. Por deles viver longe nunca pude acompanhá-los muito de perto, também. Nem eles a mim, de facto. Mas ficou a nostalgia de pensar “Que conheço eu dos meus Avós? Como evoluíram eles ao longo do tempo? Que sonhos tinham, que sonhos viveram, que sonhos mantêm?”.  Como chegar mais perto da pessoa Avô? 

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domingo, 6 de dezembro de 2009

Piloto automático

Dorme. Acorda. Pequeno almoço. Banho. Vestir. Pegar no carro. Correr até ao emprego. Trabalho. Hora de almoço. Curta.  Comida.  Fim do descanso, que não o foi. Trabalho. Mais. Não acaba. Termina dia profissional. Relax. 5 minutos. Jantar. Serão? Passou, não dei conta. Dormir.  Ciclo. Recomeça. 

XLCAMI9S2FCAMY4QBMCAWLXO9RCA59THYSCAPTCNE4CACMJNRSCA6G7YNWCAFTUMDNCAHJLROHCAIY545SCA1V1Q10CARZH5WOCAL0J9X2CA89EDIRCAY5RVTICARWMU04CA7QXXMACA9F7FUKCA78PLOZPiloto automático responsável pelo Cruise control. Aguarda-se mudança de ritmo para breve. Antes que o motor queime.