domingo, 18 de dezembro de 2022

Apenas e só

A apetecer-me desligar de tudo e de todos,  para me dedicar apenas e só a ler. 

Não quero parar o tempo. 

Só desligar. 

Um luxo neste meus dias. 


domingo, 11 de dezembro de 2022

Que não demore muito tempo

Como já disse e repeti,  gosto do meu trabalho. 
Mas como qualquer trabalho, chega a uma altura do dia ou da semana em que me sinto presa. Encerrada entre quatro paredes sem ter uma palavra a dizer. E farta do trabalho e de todos os que estão à sua volta. Colegas, clientes, fornecedores, não os posso nem ver.  Só quero sair dali para fora e o mais depressa possível. 
Para quê?
Pasme-se:  não sei bem, porque de imediato fico perdida e sem saber o meu lugar no mundo sem a vertente trabalho. 
Isto parece conversa de quem não está boa da cabeça, mas é mesmo assim. 
A mesma coisa me acontece ao fim de semana, não sei como os ocupar, fico à toa, sem saber o que quero e a ver as horas a esvaírem-se, sem que eu consiga arranjar uma actividade em que considere o meu tempo bem empregue e com a qual fique satisfeita e realizada. 
Se passarmos para o assunto férias...temos do mesmo. 
O sofrimento de ter horas infindas diante de mim e de como as ocupar. 
Pode não ser credível o que digo, mas é uma situação que me atormenta. 
Bem entendido que isto tem uma explicação. A minha pelo menos. Que terá várias vertentes mas que esta é talvez a maior: Estou sem férias dignas desse nome vai para dez anos. 
Deixei de saber o que são dias sem trabalhar.
A regra é o trabalho. Muito ou pouco, ele está sempre presente. É ele que marca o compasso dos meus dias.  Sem ele, como digo, fico perdida. Diga-se mesmo que gravemente perdida. 
Tomei consciência que se não inverter a situação, estarei a caminhar para que "o não estar boa da cabeça" passe de uma mera hipótese para uma certeza quase que absoluta. 
E para o agravamento  desta situação de não saber o que fazer. 
Este ano, num acto de loucura, obriguei-me a tirar 8 dias consecutivos de férias. 8 dias para me afastar, parar e desfrutar. 
E sofri com a falta do que fazer. Não direi imenso, que seria ridículo dizê-lo, mas que estranhei, estranhei. 
Sei que tenho de continuar com esta imposição a mim própria para conseguir sair deste ciclo. 
Que tenho de me "obrigar" a "este sacrifício" para que me volte de novo o paladar da vida,  quando estou fora do trabalho e do controlo do negócio. 
Mas não sei quando conseguirei sair desta "perdição". 
Se é que alguma vez recuperarei desta doença. 
Espero que não demore muito tempo. 


sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

Não se imagina

O que esperar de um dia em que se coloca no frigorifico o frasco do pólen que se utiliza diariamente?

Não sendo crime que lese a pátria, indica que a cabeça não está cá. 

Onde está?

Não se imagina.