Índice de produtividade

 Tive de vir numa pressa e estou mesmo a escrever em contra-relógio, antes que  dê a meia –noite, se me acabe o mês e eu não poste uma letra que seja ainda no mês de Janeiro. Ando desoladíssima comigo.  O índice de produtividade deste blogue já teve melhores dias. Longe vão os tempos áureos em que postava, no mesmo mês, 20 vezes! Imagine-se 20 patacoadas de uma assentada só. Agora? A média raramente se aproxima da dezena…e ao que me parece sem tendência para melhorar dada a falta de inspiração, a falta de tempo, a ausência de meios para registar aquilo sobre que quero dissertar (lápis e papel nunca estão por perto e a preguiça não os aproxima) e a excessiva confiança na memória e a tendência inata para apontar de cabeça o que quero escrever, fazem com que a situação presente seja a anteriormente apresentada.

Inclusivé, parece-me que em tempos já longínquos escrevi um post exactamente com a mesma temática. Pelo que como se vê já estou por tudo. Até por me repetir…!

Palermices

Existem coisas que se sabe de antemão serem palermices mas que no entanto se fazem. A experiência adquirida em ocasiões  anteriores diz-nos que não devemos. O conhecimento sobre nós próprios que vem por força dos anos já vividos reforça a ideia.  O saber como se reage face a determinadas situações é por demais evidente. Mas não.  Existem alturas em que  se faz tábua rasa de tudo isso e surge a asneira. Não se sabe explicar o como se metem certas coisas na  nossa cabeça, mas o certo é que mentendo-se lá, já não saem e ficamos com o menino nos braços. Não raras vezes esses momentos de desconcentração e falta de senso não resultam apenas e só numa situação insólita. Dão origem a uma data de situações encadeadas umas nas outras e de consequências nefastas. Senão veja-se:

Palermice 1- Viajar para um local onde o Inverno é imensamente mais rigoroso que o do meu Algarve, precisamente durante o Inverno, sabendo de antemão que sofro imenso com o frio. Resultado? Passar os dias enchouriçada dentro de roupa e mais roupa, com a permanente sensação de frio que só passava com inúmeros banhos de água a escaldar e que me reconfortavam por umas horas. De referir as largas quantidades de chá quente ingeridas com o mesmo propósito.

Palermice 2 – Reduzir o guarda roupa, tanto, mas tanto que levei umas calças, apenas,  um par de botas, apenas e um casaco, apenas,  para 5 dias de estadia. Resultado? Momentos de profundo desgosto e sensação permanente de estar suja e a cheirar mal. Nada que corresponda à verdade, entenda-se! Mas  sabendo eu  o que a casa gastava devia ter-me prevenido levando mais roupa porque gosto de ter peças várias à minha disposição ao invés de estar na penúria. E sem escolha. Gosto…mas não sei porquê não me lembrei…

Palermice 3 –Viajar impedida de trazer uma mala de porão.  Modernices…Low cost, claro. Forretice apurada minha! Resultado? Carregar com dez quilos de coisas  numa mala pequenina, um dia inteiro, acrescentando-se que a mesma não tinha rodas e que fiquei com bolhas nas mãos e descadeirada por completo das costas por causa dela.

Moral da história?

Devia ter juízo…!

Sem jeito

Primo pela pontualidade. Detesto atrasos, odeio esperar pelos outros e falta-me o ar se tenho alguém à minha espera. Cumpro e faço cumprir o combinado. Se se combinou às 9.00 é às 9.00 e não às 9.20. Sou muito chata com isto. Eu sei! Mas não sei  viver de outra forma.

Num país em que se faz gala em chegar atrasado,  é bom de ver que já passei por varias situações por causa deste meu  hábito. Em regra só me enfurecem pela falta de cerimónia de quem chega atrasado e a ausência de consciência e respeito para com  quem espera.  Eu no caso. E outros tantos tansos que não aprendem.

Sempre tive orgulho em ser assim.

Até hoje!

Dia em que me senti envergonhada por comparecer exactamente à hora marcada.  Concedo que me atrasei trinta segundos. Tinha uma consulta às 6 e às 6 e 30 segundos estava a tocar à campainha do consultório.

Senti-me mal.

A pobre senhora que me iria consultar teve de vir numa corrida atender. Nem respirar pode graças à minha pontualidade. 

Senti que condicionava a vida de uma pessoa, neste caso a Médica que me esperava e me disse que a minha pontualidade passa do britânico para o outro lado. “6 horas e trinta segundos, sim Senhora!”.

À laia de elogio o fez. Mas eu apanhei uma vergonheira de todo o tamanho. Não me vou corrigir como é óbvio. Mas que fiquei sem jeito, fiquei.

Pela primeira vez na vida não tive orgulho por chegar à hora marcada.

Como vai ser

2010. O meu 2010.  Aquilo que quero e não quero. Ao que me proponho. O que espero realizar e aquilo que nem por sombras vou querer que aconteça. Ai está. Item por item. Para a posteridade. E desta vez por ordem de importância em termos da vontade com que  quero que aconteça. Ex-équo serão referenciados quando tiverem lugar.

Quero:

*Trabalhar

*Trabalhar

*Trabalhar!

Para quem pensar que ensandeci por completo, esclareço desde já que não. Quero mesmo trabalhar e muito. Tenho o desafio profissional mais importante da minha vida entre mãos  e estou desejosa de jogar as mãos à massa. Desejosíssima. E expectante que me vai dar um retorno fantástico. Por isso o que mais quero em 2010 é trabalhar. Muito!

*Abrir-me ao mundo.  Este ex-équo com o trabalhar. O mais importante de todos os objectivos. Não posso esquecer-me dele e tenho que me manter permanentemente alerta para não falhar neste. 

 

*Evadir-me. Sozinha. Acompanhada. Com um livro, comigo e com as minhas coisas. Com alguém. Evadir-me. Para onde? Costa Alentejana. Porto Covo. Que adoro e onde nunca estive com tempo. O tempo que acho necessário para lá estar. E com a paz que preciso.  É algo que não vou deixar de fazer.  E de repetir. Certamente mais de um fim-de-semana. Seguramente não mais de quatro. O ideal serão três. Dois na pré-época, aquela antes do calor se instalar, e  um no pós época. Setembro decididamente. Imprescindível. Não vou abrir mão deste objectivo.

*Viajar um pouquinho em Outubro ou Novembro. Ir até ali à esquina e voltar. Mas ir.

*Projectar o 2011. E as mil uma coisas que vou fazer e que vou fazer acontecer. Dê por onde der.  Porque 2011 vai ser o ano da minha vida e tenho de o preparar bem.

Aparentemente simples, redutores e extremamente presunçosos, estes objectivos contém muito mais do que à primeira leitura se pode tirar. Para mim, claro!

Vamos ver como vai ser 2010. O meu 2010.

Não acaba

 

Semana

compriiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiida…!

Balanço

A análise que entendo ser necessária antes de me aprestar a definir objectivos e propósitos para o ano de 2010.  Tem  o objetivo de me fazer refletir sobre o que se passou, o que decididamente não se passou e aquilo que se poderia ter passado, no decorrer do meu 2009. 

Pode dizer-se que  foi um ano que não ficou para a história da minha vida por qualquer razão especial.  Aliás a expectativa era mesmo essa quando dei por mim, em Janeiro, a escrever as minhas ambições para o ano que começava nessa altura. E se tinha propósitos altamente específicos para cumprir, como a compra de um chapéu, outros havia  que mais não eram que o pegar numa data de pontas soltas e de desejos que tinha desde há muito e que achei por bem realizar.

O meu ano de 2009 foi pois um ano de pousio. Um compasso de espera. Um fortalecimento meu e um ajustar de contas aqui por dentro. Sinto que cresci imenso e que o meu olhar sobre tanta coisa se modificou. Ganhei tranquilidade. O sorriso esteve mais presente como pretendia. O stress, o maldito stress, que me atormenta, foi maior que nunca, mas acho que consegui contorná-lo e achar momentos anti stress que contrabalançaram  com os de stress absoluto e os anularam.

Adorei voltar a estudar. É prazer supremo, para mim,  o aprender, seja o que for, e não tarda estou metida em trabalhos desses novamente. Ficou o bichinho cá dentro. Adorei!

Não cumpri com os relatórios mensais, trimestrais e semestrais  que tinha prometido a mim própria vir aqui escrever. Cansei! Fi-los, é verdade, mas só para o meu umbigo, poupando assim o mundo aos meus devaneios.

Comprei um chapéu, sim senhora, e passeei-o imensamente pela praia. Um gosto. Sei que fui chamada de cagona, mas quero lá saber…!

Viajei imenso. Tanto que me fartei de aviões e aeroportos. Pela primeira vez fui para fora sozinha. All by myself. Gostei. Amei até. Vi o mundo como não veria se estivesse acompanhada. Ganhei algo. Perdi também. Porque o viajar ou qualquer outra coisa que se faça é boa. Mas melhor ainda será se for com companhia.

Não fiz voluntariado como queria.  Não consegui descobrir o como. Eu sei que parece mentira , mas não consegui. Continua em projecto.

Fiz um curso de fotografia que vou repetir  logo que possa e de uma forma  muito mais aprofundada,  porque amei o assunto.

A decisão de fundo que tinha para fazer ficou adiada. Não por falta minha. Não se pode até considerar que foi um objectivo não concretizado. A meio do ano  surgiu-me algo, ainda em projecto,  mas que me vai revolucionar a vida de alto a baixo. E não me permite, por ora, enveredar por esse caminho. Mas não está esquecido. Voltarei à carga com ele.

Cumpri o planning que tinha. Pelos  visto muito religiosamente. Traço de caracter meu, sem dúvida. O cumprir. Mas o imprevisto também me é agradável. E os  imprevistos não surgiram no meu 2009.  Por sorte os maus estiveram ausentes. Deliberadamente e por escolha minha, se assim o posso dizer, e ter tal presunção, os bons também não.

Gostei do 2009. Aparentemente ensonso consegui retirar dele o que queria.

Venha 2010!

Espera

Eu, que numa Sexta-feira à noite me lembrei, de me lembrar, de fazer um pão. Que neste momento coze e assim se encontrará por mais uns longos 45 minutos em que eu, devotamente, terei de ficar a pé, apesar de me apetecer desalmadamente ir deitar-me, porque amanhã  o dia não vai ser Pêra doce e me queria poupar indo para a cama mais cedo que o habitual, mas que não tenho outro remédio senão aguentar estoicamente a espera, porque é o meu primeiro pão e apesar de ter começado a fazê-lo às 8 da noite, ainda não está despachado, muito longe disso, no entanto,   e querendo  eu, como quero, ver logo como fica e tendo de fazer o enorme sacrifício de o provar,  barrado com manteiga e quentinho,  dizendo, de passagem,  que me encontro no meio de uma dieta super restritiva, em que os hidratos de carbono não são admitidos no período nocturno, muito menos à hora de deitar, mas que terei de suspender dadas as circunstâncias anteriormente referidas. Dizia então eu, que estou à espera.

Claro, sentada!

Está para breve

Está para breve uma visita minha a um estabelecimento especializado  no campo da maquilhagem, para a adquirir um batom. Varias razões levam a que assim aconteça, podendo eu, e já que aqui estou, passar a elencar algumas daquelas que me movem e que sucintamente se podem resumir a um: Porque me apetece!

Outros argumentos igualmente válidos e pertinentes  poderiam ser por mim apresentados,  como o facto de estar farta do que uso actualmente, o facto de ele estar quase no fim,  a vontade imensa que tenho de o perder em qualquer gaveta sem o acabar, mas não! O apetece-me, esse sim, é o factor que maior preponderância  teve na minha decisão.

Decisão esta que acabei por tomar depois de uma enorme ponderação, como se vê. Coisas de impulso não são para mim!

Bem sei

Bem sei que já vamos no dia 4 de Janeiro. Que se me descuido, chego a Fevereiro sem ter feito o balanço do 2009 e o pior de tudo, sem ter apresentado, a mim própria, as minhas intenções para o ano novo. Mas está tudo controlado. Apesar de não  estarem escritos ou sistematizados numa listinha qualquer, já fervilham na minha cabeça e a todo o momento posso dar à luz a estratégia que irá nortear o meu 2010.

Nada de preocupações portanto. Está tudo dentro dos timings normais. Ou não fosse eu como sou. Com a mania das planificações.