Existem coisas que se sabe de antemão serem palermices mas que no entanto se fazem. A experiência adquirida em ocasiões anteriores diz-nos que não devemos. O conhecimento sobre nós próprios que vem por força dos anos já vividos reforça a ideia. O saber como se reage face a determinadas situações é por demais evidente. Mas não. Existem alturas em que se faz tábua rasa de tudo isso e surge a asneira. Não se sabe explicar o como se metem certas coisas na nossa cabeça, mas o certo é que mentendo-se lá, já não saem e ficamos com o menino nos braços. Não raras vezes esses momentos de desconcentração e falta de senso não resultam apenas e só numa situação insólita. Dão origem a uma data de situações encadeadas umas nas outras e de consequências nefastas. Senão veja-se:
Palermice 1- Viajar para um local onde o Inverno é imensamente mais rigoroso que o do meu Algarve, precisamente durante o Inverno, sabendo de antemão que sofro imenso com o frio. Resultado? Passar os dias enchouriçada dentro de roupa e mais roupa, com a permanente sensação de frio que só passava com inúmeros banhos de água a escaldar e que me reconfortavam por umas horas. De referir as largas quantidades de chá quente ingeridas com o mesmo propósito.
Palermice 2 – Reduzir o guarda roupa, tanto, mas tanto que levei umas calças, apenas, um par de botas, apenas e um casaco, apenas, para 5 dias de estadia. Resultado? Momentos de profundo desgosto e sensação permanente de estar suja e a cheirar mal. Nada que corresponda à verdade, entenda-se! Mas sabendo eu o que a casa gastava devia ter-me prevenido levando mais roupa porque gosto de ter peças várias à minha disposição ao invés de estar na penúria. E sem escolha. Gosto…mas não sei porquê não me lembrei…
Palermice 3 –Viajar impedida de trazer uma mala de porão. Modernices…Low cost, claro. Forretice apurada minha! Resultado? Carregar com dez quilos de coisas numa mala pequenina, um dia inteiro, acrescentando-se que a mesma não tinha rodas e que fiquei com bolhas nas mãos e descadeirada por completo das costas por causa dela.
Moral da história?
Devia ter juízo…!
2 comentários:
Tirando essas peripécias que enumeraste, espero que te tenhas divertido. Apenas fui a Londres uma vez. Era Agosto. Não me desagradaria repetir a experiência em pleno Inverno. Creio que me daria uma outra perspectiva da cidade.
Quanto a viajar com pouca bagagem... é coisa que não sei fazer. Para onde quer que vá levo sempre aquilo de que vou precisar de certeza absoluta, relativa ou quase nenhuma (não vá o diabo tecê-las).
Beijo
SRRAJ,
Pode dizer-se que me soube bem estar a banhos por aquelas paragens. Já conhecia a cidade de um Julho cheio de Sol e com imenso calor. Metereologias à parte, Londres é um encanto de cidade e senti-me parte dela. Sobretudo pelo Inglês que adoro falar e ouvir falar. Entendo-me melhor com os Ingleses do que os nossos vizinhos Espanhois. Quanto às palermices...tenho horas que não me reconheço!
:)
Beijo
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