segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Etapas

A nossa vida passa por várias etapas que são marcadas sobretudo pelo escalão etário em que nos encontramos. Cada uma dessas etapas se encontra associada a rituais sociais vários,  que mal ou bem somos "obrigados" a frequentar por inerência da nossa condição se seres sociais e inseridos em comunidade. Uns de natureza alegre e teor feliz, outros menos prazeirosos e acompanhados de tristeza e dor.  Eu, bicho do mato assumido, me confesso e digo que  os abomino a todos. Ainda que tolere alguns..ou mesmo todos, que outro remédio não tenho e birras não posso fazer. Sempre vou protestando para espairecer!
Todo este "introito" para dizer que se  anos houve, muito distantes já, é certo,  em que meio mundo se resolveu casar,  porque estava na idade e eu tive de comparecer a inúmeros eventos dessa natureza porque também eu, estava na idade,  sempre com grande padecimento pessoal, anos se seguiram com meninos a nascer, com  a alegria e felicidade  que isso representa para todos, até para mim que sou um bocadinho humana, eis que agora me encontro na fase em que  se sucedem os funerais de entes queridos mais ou menos próximos e que não pensei, de todo em todo, estar a assistir nesta etapa da minha vida.  Não tão cedo. Este ano já conto 4. Completamente fora de tempo. Do meu tempo, pelo menos.

sábado, 18 de agosto de 2012

Adenda

E ao post anterior,  que isto dos Mealheiros tem mais que se lhe diga. E eu não posso guardar só para mim um outro ponto de vista, que tenho exactamente sobre a mesma temática e que me parece de toda, para não dizer da mais elevada, pertinência. 
E que digo eu?
Digo que, seja lá como for, gostando-se ou não, fazendo-se ou não,  existe sempre, sempre um Mealheiro ou similar onde se acumula algum dinheiro, em todas as casas. Até eu o tenho apesar de jurar a pés juntos que não. Geralmente o dito está ali à mão de semear para ser recordado e para que se possa interagir com ele. O que tem toda a lógica que assim seja. Mas vá que um amigo do alheio entra casa adentro.  E o que era lógica e pragmatismo passa a ser uma atitude extremamente imprudente. E irreflectida. Não se deixam as nossas poupanças assim ao Deus dará.
Como é óbvio o Sr Ladrão tem de fazer pela vida e apropriar-se daquilo que lhe parece ser mais apetecível. E face a um Mealheiro que esta ali, que vai fazer? Ignorar? Ou imediatamente o colocar debaixo do braço? Eu caso tivesse tal profissão não hesitaria...
Posto isto, e feita que está a chamada de atenção para mais um problema que um Mealheiro na nossa vida pode acarretar, vou ali. Já volto.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Inveja


Adoro Mealheiros. Só por si e enquanto objecto, o Mealheiro me encanta. Sempre assim foi. Desde os mais tradicionais até aos mais "idiotas"na maneira como a forma surge aliada à função a que se destinam. Amo de paixão. Gostaria de os ter às dúzias. Mas é com imensa pena que não os tenho,  e a mim me culpo, porque na hora da verdade, da compra, mais propriamente dita,  a minha consciência vem lá do fundo e me diz "Para que o queres? Não o usas!" e assim  se evita o terrível erro de adquirir uma peça dessas para ficar votada ao abandono. Porque não concebo Mealheiros sem ser a produzir. Além de os adorar enquanto objecto, também os adoro pelo conceito que lhes está subjacente. A poupança. Mas é sobretudo a capacidade, a disciplina e perseverança que é necessária durante longos períodos de tempo,  de uma forma diária e com uma dedicação imensa, para que o Mealheiro cumpra a sua função e seja o repositório de um pecúlio digno de registo, de que dão provas seres superiores à minha pessoa, que me fascina. E dos quais ouço relatar os feitos sempre com uma imensa atenção,  como que se ouvindo a experiências de terceiros com os ditos Mealheiros, possa também eu ser capaz de descobrir o mistério que esta por detrás da capacidade de encher um objecto destes. Porque eu não consigo. E gostava imenso de o fazer. Mas não sou capaz.  E não porque seja gastadora, mas porque acho que não me posso dar ao luxo de estar a acumular dinheiro num sitio sem que o tenha todo, todo contadinho. Ou seja, é a minha forretice que me impede de usufruir da função e tenho desgosto que assim seja. E invejo de sobre maneira quem consegue levar tal tarefa a bom porto.