sábado, 29 de novembro de 2008

Desapontada

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Ontem senti-me desapontada e triste comigo mesma.

Não sei porquê. Não sei explicar. Nada fiz que achasse ter sido menos correcto ou mal feito.  Em regra são acontecimentos  que me fazem ficar descontente e chateada comigo.

A semana que passou foi dose!

Cheia,  completamente repleta,  atascada até!…de aventuras, desventuras, contratempos e volte faces. O que se resolvia na num dia era completamente virado do avesso no dia seguinte. E isto em várias frentes.

Eu lá fui andando, as coisas foram sendo resolvidas, não sucumbi com o stress e senti-me um super herói, ao passar por tanto em tão pouco tempo e gerir tudo da melhor forma.

E cá estou pronta para as chatices (previsíveis) da próxima semana.

Mas estou assim meio meio, assim assim, meio cá meio lá…

Às vezes gostava de me dar um abanão, chamar-me estupida, para ver se este sentir desaparecia.

Chato que é!

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Honestidade

Por muito que se pense, se julgue saber, se enumere ou até se escrevam as características que gostaríamos de ver numa possível futura cara metade,  o certo é que quando bate o gosto, o sentimento,  todas as listinhas feitas, todos os pré-requisitos anteriormente definidos,  se desvanecem no ar. E muitas vezes  a pessoa mais rigorosa na aplicação destes critérios, acaba por se ligar a alguém que nada tem a ver com o que “desejava”, mas cujas características enchem as suas medidas. Aquelas com que nem  se sonhava gostar.

Coisas que por mais explicações e racionalizações que se arranjem não existe nada que as justifique.

Como é obvio, não sou imune a estes elencares de qualidades e defeitos que espero encontrar num mais que tudo. Nunca os  passei para o papel, mas na minha cabeça existe um perfil, mais ou menos bem definido, sobre o assunto. Já foi aplicado, e se algumas quesitos estavam cumpridos, outros não estavam de todo em todo, e alguns até eram coisas que eu jurava, a pés juntos, não serem compatíveis com o meu modo de ser e estar.

Para que se veja o ridículo destes “quereres”. Têm razão de ser, mas no fundo não passam de um exercício, um bocadinho fútil e muitas vezes completamente estéril e desprovido de senso. Quantos vezes não se sonha com uma pessoa com características  de personalidade completamente antagônicas?

Mas pensando mais profundamente sobre o assunto, fiquei com a minha lista reduzida a um item. Os outros são importantes, mas este é fundamental. Para mim.

Descobri que a primeira de todas as características a avaliar, a mais importante de todas, aquela da qual não prescindo, aquela cuja falta apodrece e mina toda uma relação,  é a honestidade do outro. E a todos os níveis.

Tudo o resto é secundário e relativo .

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Espaço

 

Ando a sentir-me com falta de espaço para respirar. Sinto que me faz falta estar um tempo sozinha e sem nada para fazer a não ser estar comigo.

No fundo disfrutar de mim.

Não sei se isto é compreensível para alguém. O meu “eu” gostar de estar “comigo”.

Para mim faz todo o sentido.

domingo, 9 de novembro de 2008

Poluição Sonora

 

 

Adoro esta música dos R.E.M que toca quando aqui se entra. Mas o engraçado é que de cada vez que cá venho espreitar, o  meu dedo indicador surge-me espetado e imediatamente carrega no mute. Impossível aturar esta poluição sonora.

As minhas desculpas aos transeuntes.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Malefícios do café

É incrível, como uma coisa tão banal e simples como um café, pode ser fonte de enormes problemas.   As pessoas não percebem que a presença  ou ausência deste líquido castanho nas suas vidas  pode fazer toda a diferença. E por mim falo. O café é-me altamente prejudicial.

E porquê?

Sobretudo porque não  o bebo!

Eu não gosto de café e raras foram as vezes  em que o provei.   Este facto faz com que eu seja um ser distinto dos demais (ou pelo menos  faz com que tenha argumento para me convencer que o sou). Em algumas opiniões até, um ser bizarro no meu modo de ser, pura e simplesmente, porque me recuso a deixar que o café tome conta da minha vida. Como é óbvio esta tomada extremada de posição traz-me consequências. Sociais, logo à  cabeça, mas também económicas.

Beber ou não beber café,   é diferenciador nesta nossa sociedade e quem vai contra este uso/costume tão arreigado, é considerado um pária da comunidade.

É pois!                                               ECCAHJNEWKCAEB92VOCAT2T6ALCAS2FK53CAVXG2VCCA2G7D3XCAOEI1WXCA0P0I12CAYZ4AT8CAJMWGR9CAMMU1ZOCAM4YNW7CAB0FFDVCA6I5Z2CCAKFP0O3CAUKLP7NCAC7X0R6CANM6DM1CAKTY5I5

O café, tal como o álcool, é um marco na nossa vida. Tal como são os nossos dezoito anos. Alguém que chega à idade em que socialmente já é aceite que beba café tem o seu estatuto de imediato alterado. Já não é uma pessoa, passa a ser uma Pessoa!

Faz toda a diferença.

Recordo-me da minha Avó Encarnação inchar o peito de orgulho, e dizer “O Joãozinho já bebe café!” ao mesmo tempo em que com voz desgostosa me perguntava “Cláudia, não queres café?”. Para a Senhora representava uma prova da minha inépcia. Então se o neto João, com 11/12 anos de diferença  para a minha pessoa, já bebia café, que raio de coisa é esta minha neta que não me gosta dele?

Para ela, e acho que é a opinião da sociedade toda, beber café era o equivalente a pessoa crescida  e com capacidades.

Vida minha!

Quem bebe café…vai ao café! O Café, enquanto espaço, é um sítio importantíssimo de socialização. Gente que é gente vai ao café, lá encontra outra gente, sabe das novidades, dá novidades e faz o gosto com dois dedos de conversa.

Quem não bebe…pois! Que vai lá  fazer? Nada! E assim fica de fora do social. Tudo porque não bebe café! Para evitar isto, sempre se poderia tomar outra coisa. Uma água, um chá talvez, um bolo se calhar. Mas isto tem custos acrescidos. Um café custa quanto? 60/70 Cêntimos? Ora uma água ou um chá custam, no mínimo € 1!   E estou a ser optimista. O bolo? Comer um bolo todos os dias? No final da semana, estava a carteira vazia, a consciência pesada como chumbo pelo pecado de andar só a comer doces, a balança gemia quando nos púnhamos em cima dele, mas pronto, esqueça-se  lá isso tudo, porque  ganhava-se o social e a integração na normalidade!

Outro problema. O que fazer ao tempo que  sobra a quem  não bebe café? Sim. Que faz quem não bebe café, depois do almoço e do jantar? Todo o mundo vai ao café nessas horas. Logo todo o mundo está perfeitamente ocupado e sabendo o que fazer: “Então onde vais?” “Vou ao café”, e pronto, está tudo dito, percebido e o tempo preenchido.

Quem não bebe o dito cujo vê-se, assim, a braços com o enorme problema da sobra de tempo.

Que fazer?

Ninguém reparou também mas o café é altamente viciante e criador de dependência.  O café é uma droga de adição. Faz sentido que  as pessoas adultas, dotadas de vontade própria, com inteligência para verem o caricato de situações,   tenham a determinada  hora ou a determinadas horas do dia que se dirigir a um sitio onde possam beber um café? Que tipo de comportamento é este? Para mim não faz qualquer  sentido. E menos faz, ainda,  quando em dias de Verão, em que a temperatura chega aos 40º C, alguém, em princípio, perfeito de juízo, pede um café. Um bocadinho, pequenino, pequenino, de líquido quente, quente!!!!!!!!!!  Num dia de Verão! Mas se não tomarem café ficam com dor de cabeça! 

O “apego” ao café é uma coisa do outro mundo.   3JCAIKXVPACAWA9U2XCASE1AKKCATNMLLHCAM9WDDKCA3W7BKNCA4FL51XCAQSA7HUCA7E3HKOCAI6OTA0CA3ZC6BRCAZOHDV8CAP7TO13CASU4ST2CAFHF4CHCA3WU5UYCAY9UHXPCAJ17SOYCAOG13W9

Não tenho este vício, não quero tê-lo, tenho raiva de quem o têm, põe-me de lado na sociedade esta postura,   torna-me  com falta de competências, prejudica-me economicamente e ainda querem que fale bem do café?

Só o que faltava!

Sou livre!

E com muito orgulho.

sábado, 1 de novembro de 2008

Verniz

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Há mais de seis meses que andava a namorar um verniz. Uma coisa assim arrojada para mim, habituada que estou aos vernizes quase-neutros, quase-que-não-se-nota-que-tenho-as-unhas- pintadas, quase-que-não-vale-a-pena –pinta-las- porque-ninguém-vai-notar-mesmo.

O certo é que me apaixonei à primeira vista pela cor deste. E não foi paixão das que vem e vão. Dei provas de persistência no sentimento. Continuava-me debaixo de olho após tanto tempo.

Andei indecisa, se sim, se não, se…e se… até que me resolvi. Vou comprá-lo…..quando tiver dinheiro! Situação rara por estas bandas, ou excesso de racionalização de custos, essa sim comum por aqui, e que impede devaneios não justificados, como este do verniz.

Mas andava irrequieta face ao assunto. E ele resolveu-se por si. Recebi um telefonema da perfumaria  a dizer que estavam a fazer 20% de desconto.

Pronto! Lá fui eu, quase que aos pulinhos comprar o dito cujo. Já tinha justificação, queria, gostava e estava a bom preço.Tudo feito!

A  cor do verniz é fora de tudo, tão do estilo de coisa que eu nunca uso, não é vermelho, não é beringela é um “Rouge diva” Cor linda, impactante e que eu não sei se vou ser capaz de usar.

A 1ª coisa que fiz quando cheguei a casa com ele foi pintalgar de imediato as unhas.

Meu Deus!

Que horror!

Não consigo aturar uma cor escura nas unhas. Parece que estão sujas e sinto-me assim meio libertina. Qual mulher da vida produzida para o engate. Imagem que nada tem a ver comigo.

Que fazer?

Treinar a ver se me habituo, não vou deitá-lo para o lixo! Custou um dinheirão! (€ 7,76)

Tática dos treinos:

1º Pintar as unhas com o verniz e deixar que esteja aplicado durante meia hora sem  ceder à tentação de o retirar de imediato;


2º Usá-lo em casa por longos períodos de tempo;

3º Sair à noite com ele aplicado;

4º Experimentar a sair de casa à luz do sol por um período curto;

5º Se todas estas etapas forem concluídas com êxito, experimentar levá-lo  (e ao frasco de acetona e o algodão) para o local de trabalho;

6º Esperar que tudo corra bem;

7º e último. Esperar que com tanto treino o verniz se acabe depressa.