sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Degredo

Sabe-se que se atingiu o degredo, ainda que não por completo, mas  que se está muito próximo de o alcançar, quando  às 10.00 da noite de uma Sexta-feira, nos encontramos na cama, a aconchegar os lençóis à nossa volta, a tomar a  posição mais confortável possível  para uma noite bem dormida e a apagar a luz com o firme intuito de dormir, por forma a expiar o cansaço de uma longa semana de trabalho que nem acredito que tenha terminado.

Viva o degredo!

domingo, 25 de outubro de 2009

De joelhos

Não sei como hei-de fazer para que a minha Dª Lurdes, a Senhora que vem cá a casa NMCAF75MO6CA6154MLCAVSB6VNCA2ICLG8CA7XIJNUCAWCOMN5CAE9HTYPCAZQH050CA5N3GKCCAR834MLCADC38EWCA0WJ9LCCAAN0U0ICA4QAJ14CAHQIKNHCAK02O6UCAG3MYWCCAOS4TUECAA366UP (2)cuidar da minha faxina, entenda que não pode, porque não pode! arrumar-me nada nos armários.   Parecendo que não, a arrumação dos meus armários é uma ciência e ela põe-me tudo de cabeça para o ar. A pontos de andar semanas e meses  à procura de coisas que ela, tão prestimosamente e carregada de boa vontade, arrumou.

Claro que já tentei varias tácticas de persuasão para fazer com que a Senhora deixe de ser tão eficiente.

Desde o óbvio:

- Dª Lurdes, por favor não me arrume a roupa no roupeiro;

passando pelo pedagógico:

- Dª Lurdes, não me arrume nada nos roupeiros senão eu não sei onde me pôs a roupa;

o implorante:

- Dª Lurdes tenho de lhe pedir um  grande favor, não me arrume nada nos roupeiros, prefiro ser eu arrumar.

Nada tem sortido efeito.

De joelhos?

Não. de facto ainda não tinha pensado nisso. Vou tentar. Pode ser que o assunto se resolva dessa forma.

Nota: Post inspirado pelo imenso tempo perdido à procura de um cortinado para a casa-de-banho e que após umas 5 semanas de intensas buscas ainda não foi encontrado.

sábado, 24 de outubro de 2009

2577674635_b857a0e091_t[1] O imenso e enorme nó que se encontra instalado na minha garganta. O nó que por estes dias me tem acompanhado permanentemente. Que não sobe nem desce.  Que me provoca um mau estar horrível. Que parece que se vai apertando cada vez mais, que faz com que me falte o ar e  que põe uma pedra de tonelada e meia sobre o meu peito. Um nó que é cego.  Que não sei desfazer. E me faz sentir impotente.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Acabei

No principio o objectivo das minhas alterações  era mudar um pouquinho o blogue. Colocá-lo assim nuns tons mais outonais. Arranjar um fundo castanho chocolate. Esse fundo que tanto sonho  e que  não existe. E juntar assim uma quantidade de cores quentes. Mas pensar nisso é esforço inglório.  É super limitado alterar seja o que  utilizando as ferramentas que o blogger põe à nossa disposição. Sobretudo para quem como eu queria usar cores.  Cores. Muitas. Juro que não é piada. O intuito era pôr cor depois de ter passado todo o Verão com um branco etéreo a dominar o cenário. Agora que dou por acabado o re-styling vejo que cor na pas. Mas gosto imenso do efeito. Tá giro, não tá?

terça-feira, 20 de outubro de 2009

É só para avisar

É só para avisar que isto não está acabado. Qualquer comentário feito sobre o assunto será precipitado.

Obrigada pela compreensão.

sábado, 17 de outubro de 2009

Irritada

O9CAJ05H5PCAR1FAWFCANNBUEXCAEZGBSGCA83FLBXCA582DGYCA3RRWZHCAC5F1WJCABRJIJVCADMCRB5CAT2Y0N1CAYB7RPFCAYVEH1XCA3FWND1CA7MUJJNCACPPV6ZCAZNUBNDCAOBEAC3CASUJDE4

Correndo o imenso risco de me repetir e de já ter  utilizado este título noutro post qualquer eis que o aplico de novo. Vai ver é porque descreve bem os frenesins que me atacam de quando em vez e porque melhor espaço para vir botar discurso que este não há.

Estou irritada. Só irritada. Não estou fula, nem furiosa, nem furibunda. Estou apenas e só irritada. Rezingona. Mau feitio. Pegajosa. Chata!   Qualquer coisa parecida com uma irritação calma.

Não sei se tem a ver com o tempo, este chove não molha que nem está calor como no Verão,  nem o frio de Inverno se resolve a aparecer,  se é da estação do ano que não se resolve a andar para frente e me faz estar farta do Outubro e dos seus fim-de-semana que parecem não mais acabar, se é da altura do mês em que estamos e em  que o ordenado passado já foi e o deste mês ainda demora a chegar, não permitindo espairecer em zonas propicias à troca de magoas por peças de roupa,   se é pelo facto  de precisar de   emagrecer um bocadinho, pequenino é certo, em  sítios bem determinados mas que fazem toda à diferença face ao espelho de um provador de roupa, e que como é obvio impedem a aquisição de qualquer peça,  se o  facto de ter partido o 6ª par de óculos de Sol do ano e me encontrar desprovida de tal apetrecho indispensável ao meu dia-a-dia,se  e  não estar em Lisboa para ir a H&M comprar uns novos para repor stocks, terá algo a ver com o assunto,  se terá   alguma coisa  a ver com ter o cabelo comprido como nunca e aperceber-me que a melhor maneira de o usar é de rabo de cavalo para que pareça minimamente cuidado, porque os caracóis, esses,  não me dão trégua,  o que contraria o que seria suposto para quem tem o cabelo comprido  ou seja andar com ele solto, se é apetecer-me desalmadamente ir estica-lo  e no entanto achar que é um desperdício de dinheiro, o tal que me anda a falhar, se por ventura não serão as minhas unhas que andam a dar cabo de mim com a velocidade com que se partem, se será o caso de me encontrar neste estado por ter acabado um livro e o novo que comecei não me estar a dar pica nenhuma por forma a que eu me possa evadir para dentro dele, se é mesmo falta do que fazer, não sei!  O certo é que estou irritada.

Mas possessa mente calma. 

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

O inusitado da coisa

Pois que uma Abelha, assim sem mais nem menos,  resolveu escolher coQ2CADFEI16CAJTDZ6FCAZRG20YCAWHX9VVCAJ9M1CDCA224FGICATMOJYOCAXYFI2TCAYFZPRSCAEQXG2JCAG36EUOCAYHCF5GCAKNGJUQCAQH81BACABXX37ACAMZ008BCANDIJ0LCAPNV5XNCAUF8DATmo local da sua morte, o meu porta moedas. Estranho, não? Que será que a bicha procurava em tal lugar? Algo doce?

Coisa esquisita! 

Imagine-se a minha cara ao abrir a carteira e deparar com tal espectáculo. Foi tal a surpresa que nada mais me ocorreu, senão soprar a dita cuja carteira afora em direcção ao chão.  No meio do Supermercado. Com público observante. Fiquei, logo ali, para morrer comigo. Primeiro porque não se trata assim ninguém, nem mesmo uma intrometida de uma abelha e depois porque não se deitam coisa para o chão desta forma displicente.

Mas fiquei tão, mas tão estupfacta, que foi o que se arranjou no momento.   Deu-me que pensar. Dá-me que pensar!  Não sei se conseguirei dormir.

Que andaria o raio  da Abelha a fazer?

Não teria sitio mais interessante para visitar?

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Fantasma

Fantasma que me pressegue. O faimages[6] (3)zer bem. O  fazer bem feito. O  não errar. A incapacidade de aceitar o meu erro. O do outro tudo bem. O meu? Nem pensar! O certinho direitinho. O ter tudo controlado. O considerar que tudo deve ser explicado de uma forma linear e que aquilo que sobra desta minha geometria é bizarria e/ou anormalidade.  O seguir sistemático do preceito que leva à imensa snobisse que acabo por praticar e que é o pré-conceito.  A chapa que aplico às situações e que é tão inflexível. E os resultados de tanta rigidez. Não são miseráveis. Nem nada que se pareça. Antes pelo contrário. Mas mais uma vez, como me conformo eu com o bom, se o objectivo é o óptimo?

domingo, 11 de outubro de 2009

Condoída

Como se sabe, para evitar polémicas, há assuntos que devem ser tratados com pinças. Por alguma razão eu evito falar de politica. religião ou futebol por estas bandas. Sim, é verdade que também não tenho muita pachorra para discutir o sexo dos anjos. E as minhas ideias sobre tais assuntos são bem definidas.  Apesar disso este é um post de teor politico. Não partidário, apenas politico. Feito em jeito de fofoca.

Então não é que a Fátima Felgueiras perdeu as eleições?  Nunca pensei que tal acontecesse. Enchia-me (enche-me) de vergonha saber que vivo num país,onde a pouca vergonha atinge o grau de fenômeno inimaginável  e  possibilita  a existência de   candidaturas como esta. E de vitórias!!!!!!

Posto isto resta-me dizer que me encontro-me  rejubilante com o resultado, incrédula que igual destino não tenha atingido outros indivíduos conhecidos pelos mesmo feitos que notabilizaram a Senhora, mas, ainda assim e sendo eu boa pessoa, estou também um bocadinho, mas só um bocadinho mesmo, daqueles bem pequeninos,  condoída. E o desgosto da Senhora? Alguém pensa nisso?

Acho que deve ser tido em conta…

Arrumar

Parece ser aquilo que mais faço nesta vida. Arrumar! Ele é o carro, ele é a casa, ele é a mala,  ele é a roupa, ele os sapatos, ele é  os papéis, ele  é um mistério…!  Como é possível ter sempre tanto para arrumar sendo  eu uma pessoa que desarruma tão pouco!  É perfeitamente desproporcionado o tempo infindo que passo em arrumações, face ao tempo que levo a desarrumar qualquer coisa. E no entanto são horas infinitas que perco nesta tarefa, com a perfeita noção que uma vez a dita cuja  acabada,  eis que está quase que, como de imediato, pronta a ser recomeçada.  Triste sina a minha!

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Não vejo

E eis que de repente  dou por mim a fazer, repetidamente,  um gesto do meu Pai, que me irritava e  não compreendia. E vejo-me forçada a imitá-lo! Mesmo que não queira!

É que, por manifesta incapacidade física da minha parte e desgaste do material, ou seja do aparelho próprio que me faz a função em causa, dou por mim, na busca de  um conforto na visão, a tirar os óculos para ver melhor ao perto!

Nunca pensei chegar a este ponto de decrepitude. Muito menos  pensei que acontecesse já, dada  a idade que tenho.  Mas sMMCA7VL8VECA3PSJXQCA5S0KD7CAQI1CIMCA9I43K6CAWR9342CAG14ASICALKC584CALJVV97CA18WGOFCAGYDYIKCA4MTAI8CAQHOCPKCABGK6AMCA41I9J4CAZ22HCCCA1SS6JQCAASGH84CAKN0G4Zim, já estou nesta desgraça. Não vejo bem ao perto!

E ainda que sempre tenha sido sempre um moçoila precoce em tudo, esta era matéria onde dispensava tal prerrogativa.

A única coisa que me alegra e me mantém longe de mais uma depressão profunda,  é a existência de inúmeros óculos fashion que me resolvem este handicap e que sacrificadamente terei de  usar em nome de um bem maior. Ou seja, VER!

Estou velha. Cansada também. Mas o que me preocupa é a velhice. O cansaço há-de passar. Ou não. Mas isso agora é secundário. O certo, certo é que não vejo ao perto e tenho de resolver o assunto!

domingo, 4 de outubro de 2009

63 euros depois

Cheguei a casa. Contei o dinheiro. E com o investimento de uma manhã do meu muito precioso descanso, arrecadei 63 euros e vi-me livre de incontáveis camafeus que me assombravam a casa. Pois que me armei em Tendeira e fui vender para a Feira. Não se pense que é trabalho fácil ou ofício que se inveje. Desde o ter de arranjar todo o material  a comercializar, escolher o que levar, ponderar se conseguia separar-me de objectos que apesar de não me servirem para nada, de  serem abomináveis  em termos de gosto, podiam ser-me úteis em alguma situação e eu, numa atitude impensada tinha-me desfeito deles!, carregar o carro, acordar às 6.30 da matina!!!!!!!!!!!!!, correr em direcção ao recinto senão ficava à porta. Eu mais os artigos. Expôr aquela traquitana toda cheia de vergonha e a pensar “Devo estar doida! Mas quem é que vai pegar neste horrores?”.  Passar 4 longas horas à torrina do Sol, sem lugar para me sentar a não ser o chão, sem água para beber porque na pressa de sair de casa ficou esquecida, acometida de uma súbita má disposição intestinal que me causava suores frios e que graças aos santinhos pude resolver dadas as  boas condições do espaço, que é como quem diz, existia uma casa de banho por perto. Resignar-me a ficar com um bronze de trabalhador ao ar livre porque tanto Sol assim apanhado, só podia dar nisso mesmo, e perceber que esta vida não é fácil.

Mas gostei. Senti-me nas minhas sete quintas  e adorei ouvir logo, logo,  assim que acabei de expôr as coisas um “Quanto é que está a pedir por esta jarrinha?”, “3 euros” disse eu. E o  meu 1ª negócio fez-se! Nem queria acreditar na facilidade com que aconteceu.  E lá foi a dita  jarrinha, a que eu não tinha estima alguma, com a Senhora,  que na certa lhe dará mais carinho e consideração   do que eu. Sinceramente  fiquei  satisfeitíssima. Acho que mais com o destino que assim deu à jarra uma proprietária que a aprecia,  do que propriamente com  o iniciar da minha facturação. E fui sentindo isto ao longo de todas as outras vendas. Eu sem amor algum aquelas coisas e as pessoas a quererem comprá-las!  Foi giro juntar destinos desta forma.

Vou voltar. Não tão cedo. Até porque terei de fazer uma pesquisa mais apurada de coisas para vender, mas estarei lá caída de novo mais dia, menos dia.

Logo eu que de cima do meu nariz achava degradante ir vender para a Feira e olhava de lado quem o fazia.  Ideia preconceituosa!  É giríssimo fazê-lo!  E chegada a casa não consigo evitar olhar para tudo como artigo passível de ser transacionado. É  viciante!images[9]

O Euros que consegui têm destino. E vai saber-me muito bem usá-los.

A experiência?

Amei!