domingo, 28 de junho de 2009

Miss perfeitinha

3LCA950VJICA0MJUEFCAE31URWCABEO6BMCAV1V5FLCA1D8AVYCAHP5089CANO7JBFCAEC6TOGCAB2DPPBCA08SMH0CABTC0H8CA00TOE4CAICVX10CA2Z0DXACAC9WBQ0CAZ63IKOCA3SAMY2CAA16JFK Todos nós temos ideia daquilo que somos. Da mesma forma que todos nós temos opinião formada sobre aquilo que, de todo em todo, não somos.

Este olhar para dentro é sempre um bocadinho facioso e carregado de parcialidade, porque em causa própria tendemos a ser cegos e nada objectivos. Sobretudo quando nos estamos a projectar numa imagem que achamos nada ter a ver connosco.

Algumas  destas ideias, do como somos,  são imensamente  disparatadas e bem distantes daquilo que na realidade  é a nossa forma de estar. Mas é privilégio individual este de nos vermos como entendemos.

Claro que estes auto-retratos muitas vezes ficam completamente destruídos quando somos confrontados com a forma como os outros nos vêem.  Aí o caso muda de figura. E das duas, uma. Ou damos a mão à palmatória e assumimos a opinião que foi dada ou não nos revemos mesmo nela e ficamos devastados com a situação.

(mais coisa menos coisa, porque exageros de linguagem são mesmo imagem de marca minha, venha o primeiro que diga que não, só significa que não me conhece. Ou então que ainda não lhe mostrei os dentes)

E este preâmbulo todo para dizer que não me acho nada um modelo a seguir, que detesto, incluso,  que me vejam como a Miss Perfeitinha, mas que tenho ideia que toda a gente acha que sou a perfeição no rigor, no empenho, na responsabilidade, na capacidade de assumir tarefas e funções.  E não porque me tenham dito. Mas sinto que sou vista assim pela forma como me tratam. E se tem dias que até me revejo nesta visão sobre a minha pessoa,  outros há que acho que estão absolutamente enganados. Como acontece  nestes últimos tempos.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Sobrevivi

images[2] (6) 

A duras penas consegui chegar ao fim desta semana infernal de estudo e trabalho. E ainda que muito combalida, estou viva!

A prova foi superada.

domingo, 21 de junho de 2009

Rejubilante que estou

Diz que amanhã é Segunda–feira.  Precisamente a Segunda-feira que se segue ao melhor fim-de-semana de praia do ano. Esse mesmo, em que passei grande parte dele fechada em casa e a estudar. Estou rejubilante de felicidade.

4RCAJBBZ02CAUL8M16CA9UW2JBCAECC9BOCAIAQRFZCA8OLSZKCAPSURBWCA8HR1X6CAIE5KZBCA1XTHMACA9N5L1CCA70TZBUCAOFZEJHCA9559HQCAOMT6VECAUM4S22CAT82NGBCA61UIFECAQ4IEV4

quinta-feira, 18 de junho de 2009

E é se quero

Se tinha dúvidas, que esta gente que organiza a minha Pós –graduação é muito profissional e super virada para a parte comercial do negócio, ficaram-me todas dissipadas depois de receber este mail:

“Caros/as Participantes,
Nesta altura do ano estamos a preparar os materiais de divulgação da edição do curso de 2010. Como seguramente se aperceberam pela leitura de outras brochuras, incluímos sempre alguns depoimentos de participantes nas edições anteriores. Muitos outros ficam disponíveis na página do curso no nosso site.
Assim, como é habitual, venho convidar todos os que o quiserem fazer a prepararem um parágrafo sobre a vossa experiência na Pós-graduação (tipicamente centrado nas razões porque seleccionaram este curso e no balanço que fazem do mesmo).
Como amanhã teremos na Faculdade um fotógrafo, ele vai fotografar o "ambiente em sala" e todos os participantes individualmente.
Estou a prevenir-vos para que (especialmente as senhoras) não deêm a desculpa de que não estão preparadas.  Sugiro também que se faça uma "foto de família" com o grupo todo.

Os melhores cumprimentos”

Tiveram a fineza de antecipadamente avisarem, mas o tom é de quem não admite um não.  O “sugiro”  é um mero pró-forma.  O eufemismo de um ordem explicita!

Ou seja, resta-me o resto da noite para pensar numa roupa catita, porque amanhã temos fotos na escola e devo querer aparecer jeitosinha.

Que emoção!

 

A58P4C

Dieta líquida

images[8] (5) 

Resolvi introduzir o conceito da dieta líquida na minha alimentação. Entenda-se substituir uma refeição, neste caso a da noite, por uma frugal sopa.

Sabendo de antemão que seria insuficiente para me contentar e calar a voz interior que me vai azucrinando e diz “Tenho fome”, resolvi estender o conceito a  mais um iogurte, uma fatia de gelatina e uma banana,  com o objectivo de encher o espaço vazio dentro de mim. Neste momento, e cheia de vontade de comer, porque fome não pode ser após a ingestão de tanta comida, vou compor mais um bocadinho do estômago com um chá.

Entretanto vou ter de trabalhar a mente em profundas sessões de autoconvencimento sobre o poder saciante da ingestão de líquidos. No entanto, parece-me que o projecto não vai ter muito sucesso. Mas é só uma impressãozinha…

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Hoje não

Hoje não venho para aqui contar desgraceiras. Certamente não porque não me tenha acontecido alguma. Já é dado adquirido que algum episódio de novela se passará no meu dia. E senão passar,  eu facilmente arranjo algum.  Que não sou de estar parada sem inventar. Mas estou assim para o preguiçoso. E sem veia artística para escrever a cena do dia. 

Assim sendo, posto isto,  e despejado  que está o desabafo, encontrando-me, incluso,  muito mais aliviada por o ter feito (Dará para imaginar o quanto? Duvido!), despeço-me.

Sem mais.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Inferno

Estou que não posso.

Tenho sido obrigada a desbravar pratos e pratos cheios de cerejas com o objectivo, único, de  acabar com elas e fazê-las desaparecer da minha frente. Tudo porque se lembraram de mim e do quanto adoro as ditas cujas.  E vá de me oferecerem paletes. E eu? Tenho de  as aceitar!

Incrível! 

Mas é verdade. Ele há pessoas capazes de tudo! Está bem de ver que isto é revelador de uma insensibilidade atroz.  Posso até dizer de uma inconsciência enorme! Oferecer cerejas. Enormes.  Tamanho de ameixas. Bem escuras. Saborosíssimas.

Mas isto põe qualquer num desassossego incrível. Toda a hora e a todo o minuto me apanho com elas na boca. O frigorifico sofre. Eu sofro.  Um verdadeiro inferno de vida.  Hoje já devem ter sido uns dois quilos. Mas ninguém pensa em mim. Só sabem oferecer.

Martírio!

1973987[1]

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Felicidade

Existem várias definições de felicidade. Umas com as quais concordo mais, outras com que concordo menos e outras que são, para mim,  assim-assim. Mas apesar de tudo, é um conceito  relativamente consensual. E no entanto,  percebi,  e só agora, que é  algo de extremamente relativo também.

Eu tinha um autoclismo que não  funcionava muito bem. Mas que funcionava. Já tinha perdido com ele cerca de três horas do meu tempo total de vida. Com ele e com o canalizador que o arranjou e com quem estive dentro da casa de banho à conversa enquanto o dito  era consertado.  Arranjo que  durou dois dias.  Depois?  Voltou tudo ao mesmo. Eu,  exausta e sem capacidade emocional para me sujeitar de novo à provação de aturar o especialista no arranjo, deixei andar. Remediei a coisa. E  assim se passaram 5 meses. Até ontem. Onde na véspera de um feriado ele se finou. E a torneira de segurança solidariamente também  se finou. E tudo isto  na véspera de  um feriado. Exactamente quando não existem  canalizadores disponíveis.

Logo me ocorreu a ideia de felicidade. No meu caso particular. Felicidade para mim era ter um autoclismo funcionante. É a minha maior ambição do momento. Se a realizasse era feliz.

images[1] (7)

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Balancito de Abril e Maio

Não que quisesse, mas não deu para mais. Fui incapaz de em tempo útil fazer o relatório do costume. Por isso marimbei-me para a coisa e resolvi condensar a avaliação. Que vai ser curta, curta. Não tenho tempo para grandes explanações nem para olhar para trás com olhos de ver e espírito crítico e  construtivo.

Tenho montes de coisas entre mãos. Coisas que não quero, não posso, nem tenciono deixar ao Deus dará. E tenho feito questão de ter também umas horas para mim e para o desfrute. Por estas alturas duvido  até que os meus sofás saibam  quem sou, tão pouco tempo lá passo sentada.

Para a posteridade fica a certeza de que perdi a leveza que sentia em Março, para grande pena minha. Não que me sinta mal por isso, mas perdia-a. E dou por mim a olhar para tudo e a ter um filtro no meu olhar. Que não é cor-de-rosa. Aliás, nem gostaria que fosse, mas não gosto deste tom cru com que vejo tudo actualmente. Prefiro o mundo com uma pitada de cor visto com a ingenuidade de uns olhos de  criança. Que infelizmente deixei de ter. 

Quem me mandou a mim querer crescer?

images[8] (4)

sábado, 6 de junho de 2009

Castigo

Há coisas a que sou extremamente sensível.

Pois que o meu dia começa com meia – hora na cama, durante a qual faço uma aclimatação gradual ao dia que está para começar. E sempre ao som de música. Que supersticiosamente tem para mim o valor de premonição sobre como me vai correr o dia de acordo com  aquilo que toca nesse período.

E parece-me que algo de muito grave devo eu ter feito para merecer  um castigo tal como me aconteceu hoje. Acordei ao som de um “I want to break free” dos Queen, música que abomino. E que me deixou de antemão super  apreensiva. Fiquei a  imaginar o que me reservará o resto do dia. Presumo que nada de muito bom.


I Want To Break Free – Queen 

Ps: Estou já a preparar-me para o  pior. Seguiu-se um “Que hiciste” de uma irritante Jennifer Lopez!


QUE HICISTE - Jennifer Lopez (Produced By Midi Mafia)

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Contente

Estou muito contente mesmo. E ainda que o cansaço  não me deixe ser tão expansiva quanto gostaria de ser, o certo é que tenho um sorriso rasgado dentro de mim.   Hoje senti-me mais perto de materializar um sonho. Um  sonho que me acompanha há muito tempo. Não que fosse um sonho ansiado. Era sobretudo um sonho sonhado. Com grande riqueza de pormenores. Uma coisa que queria, querballoons[1]o e para a qual estive sempre a preparar-me.  De forma lenta, muito dissimulada, mas muito consciente desta minha preparação. Não dei ponto sem nó. E a sorte sorriu-me.

No entanto, estou com medo de ser precipitada. Recuso-me a acreditar que é verdade, embora me mantenha activa fazendo de conta que já aceitei o assunto dentro de mim. Mas tenho medo que seja realmente só sonho e não realidade. Preciso de mais tempo para digerir o assunto. E ainda que não  esteja nas nuvens, estou contente. Muito mesmo!

quarta-feira, 3 de junho de 2009

De novo formiga

Estou para aqui voltada. Para fazer comparações entre a minha pessoa e as formigas. Podia ter-me dado para pior, verdade seja dita. Mas antes formiga que  outra coisa qualquer. E ricas e expressivas que são estas analogias! Fico completamente retratada…

Qual formiga obreira, ando numa fona a colher informações, pedaços,  partes pequeninas de algo grande, ainda indefinido, que terei de idealizar e, mais  cedo ou mais  tarde, terei  de o refletir e decidir sobre ele.

Mas estou extremamente cansada desta trabalheira e apesar de achar que tenho vocação e competência para desempenhar o papel desta formiga o certo é que me apetece fugir.

Não se arranja ninguém para me substituir?