quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

31 anos (30 vá) para 81

Programa de rádio que me acompanha muitas vezes na regresso a casa: A Prova Oral do Fernando Alvim e onde aprendo sempre qualquer coisa. 

Hoje o convidado era o José Cid. Nenhum interesse em particular, mas já anteriormente tinha ouvido um programa com ele e apesar de não gostar da dicção e de algumas das suas ideias, é incrível que aos 81 anos, seja de uma jovialidade e actualidade que nada tem a ver com a sua idade cronológica. Ou aquilo que se pensa de alguém com 81. Ou melhor, com aquilo  que eu penso sobre alguém que tem 81 anos. Sobretudo porque lido diariamente com pessoas dessa faixa etária e mesmo inferior e que estão a anos luz da cabeça deste senhor em termos de capacidade mental,  de organização de pensamento e mesmo de pensamento sobre o que o rodeia. 

Vim a saber que se juntou/casou há 12 anos com um amor que a vida lhe trouxe à 30 anos, mas que só recentemente pode concretizar. 

E dou por mim a pensar que o fez com 69 anos. E a admirar a sua capacidade de viver. 

Olhei logo para o meu umbigo para ver se teria essa capacidade, coragem, visão até, que de facto a vida é para se viver. Tenha a idade que se tiver. Achei logo que não. E dai saltei para outra ideia. Que tenho 50 anos ( Mais 1 vá...) e que para ter 81 me faltam 31 ( 30 tá bem...), e que é menos o que tenho para viver do que o que já vivi. E que é urgente que decida viver e parar de ocupar o tempo com coisas que nada me dizem. 



  



Gosto muito

 De volta |á minha Hidroterapia e a incrível sensação de estar viva que tenho sempre que acabo a aula. 

Do melhor do meu dia, semana, mês...ano talvez seja exagero...mas é algo que me faz sentir uma leveza fisico e espiritual inigualável. 

Apesar disso dizer "amo de paixão" não corresponderia à verdade. Mas que gosto muito, gosto.


quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

Só hoje

Como conseguir que uma contrariedade não nos contamine comportamento?

Como explicar?

Já percebi que existem situações que me deixam completamente fora de mim ( e eu não era assim).

Situações que funcionam como um gatilho e por muito que controle e desvalorize, traduzem-se na instalação de uma sensação de mau estar e dessassossego interno que, com oscilações de intensidade, me pode acompanhar umas horas, pode dar cabo do meu dia, ou mesmo perdurar por 2 ou três dias, sem que eu consiga controlar e/ou justificar. 

Deixo de conseguir raciocinar, não ouço o que me dizem, funciono como um autómato, faço coisas de uma falta de descinimento absoluta. Não sei o que se passa comigo ou em que mundo estou. Neste não é certamente.  

Exemplo prático: num desses dias de opacidade mental dou por mim a atirar o Telemóvel para um contentor de lixo. 

Sabia eu que era um contentor? Sabia. 

Coloquei propositadamente o Telemóvel num saco e já tinha pensado que isso iria acontecer? Sim. 

Acautelei a situação? Não. 

Porquê? Não sei. 

Parece que o abismo está ali e a pessoa é atraída para ele. Por que forças e motivos que desconheço. 

Sei que situações são estas que originam este estado. 

Já as tipifiquei. 

Percebi como acontecem. 

Sei o que sinto. 

Sei do esforço que faço para me tentar focar e sair desta espiral para onde vou. Mas não consigo contrariar este sentir, racionaliza-lo, ultrapassá-lo. E não percebo porquê.

Esta situação é relativamente recente. 

Vamos pensar que tem a ver com a Menopausa. 

Hormonas em falta. 

Mas esta explicação não me chega. Não me satisfaz. E as hormonas estão compensadas a esta altura. 

Hoje foi um dia assim. Em que não tive opacidade mental, mas me senti extremamente tensa e dei por mim ausente, mas também demasiado agitada e tal como um elástico em tensão capaz de saltar a todo o momento. 

Também dei por mim a pensar e porque o dia se foi fazendo de etapas, coisas como "Esta já passou" "nem correu muito mal" à medida que o dia ia passando e ia superando diversas situações. Mas ter esta sensação de alivio significa o que já referi, a tensão imensa esteve sempre presente. 

O acontecimento que despoletou isto tudo?

A minha Mãe caiu nas escadas e eu soube logo pela fresquinha. 

Nem assisti, nem tive o susto de saber na hora. Fui poupada e recebi a comunicação hoje de manhã. 

Ela está bem.  Para além de ter a boca toda negra porque caiu de rosto no chão, está fresca e fofa. 

Eu de ressaca. 

Esperamos que seja só hoje. 




domingo, 5 de fevereiro de 2023

Janeiro/23

Voltando à questão do journaling que gostaria que fosse diário, mas que de todo em todo, não consigo fazer, está mais que visto. 

Vai então tentar-se que seja feito mensalmente o tal olhar para trás, ver e avaliar o que se viveu, de forma apreciativa e não em tom de pôr defeito. 

Falemos então de Janeiro. 

 - Passagem de ano em casa de família;

 - Numa corrida se entrou no ano e no rame rame; 

 - Primeira semana (10 dias?) enredada com uma Gripe/Constipação,  que não Covid, mas enredada, contrariamente ao habitual em que muito rapidamente me livro dessas coisas;

 - Frio, muito frio sem apetecer fazer coisa alguma no exterior. Entenda-se qualquer tipo de exercício fisico. Incluso a minha Hidroginástica ainda não me viu este ano;

 - 3 Fim-de-semana fora de casa;

 - Uma ida ao cinema, uma ida ao teatro, um concerto. Uau! Soube bem e tirou-se a barriga de misérias;

 - Comecei e acabei de ver a 5ª Temporada (e última, graças a Deus) da "Casa de Papel";

 - Li, parei, li, parei, li, li, parei e finalmente estou agarradissima ao Shataram. Das 895 páginas estou para ai na 430. Quase a terminar, portanto com a febre com que ando a ler;

 - Tomei decisões importantes e que estavam pendentes há muito na minha vida pessoal e profissional. Algumas simples e de caracará, outras de fundo. Mas o decidir faz toda à diferença e deixa-nos bem leves e com rumo;

 - Numa de avanço e recuo tenho tentado que as coisas passem por mim sem lhes atribuir qualquer importância para além daquela que lhes é própria. Traduzindo: tenho tentando arduamente que as cabeças de alfinete da vida sejam, na minha cabeça, isso mesmo: cabeças de alfinete;

 - Não estive tanto com a minha familia como gostaria. Amigos? Zero.  Atente-se que é uma situação a corrigir. Ou melhor, não posso viver assim,  sem estes afectos por perto. 

 - Conversei bastante. Não tanto como gostaria, mas mais que o costume. Preciso de conversar mais, porque esta é uma coisa que adoro fazer. Conversar. 

 - Continuo a orientar mal as meus dias entre fazer/desfrutar. Tomas consciência disso trará resultados mais à frente, certamente. 

Face ao exposto e depois de reler o escrito parece-me que estou prestes a lançar um livro de auto-ajuda. Não contava que resultasse assim este relatório,  mas está muito bem. 

O tom confessional e sem rodeios ajuda bastante.