Acabo de adquirir, a preço módico, um enorme e pormenorizado mapa mundo. Debato-me, neste momento, com um problema que parecendo de somenos importância, tem no entanto uma enorme relevância: em que parede o pespegar!
A casa é amplamente dotada das ditas, mas vejo-me a braços com a circunstância de todas se encontrarem já com adornos que impossibilitam a colocação concomitante do algo tão grande como este meu mapa mundo.
Nada que me fizesse esmorecer na hora de o comprar, até porque este é um sonho antigo, o de ter o mundo a meus pés. Mais propriamente e neste caso, debaixo do meu olho, para executar amplas planificações relativas aos sítios para onde hei-de dirigir-me, ou para onde não me dirigirei, nem que a vaca tussa.
Trata-se de algo que nunca mais vai deixar de estar ao pé de mim dada a sua enorme serventia. Daquelas coisas basilares e que posso afiançar me há-de acompanhar toda a minha vida. Não sei se faça lá algumas marquinhas dos sítios onde já estive. Ou se por outro lado me dedique a assinalar os sítios onde quero ir. Não sei mesmo. Entretanto e enquanto não decido mais este assunto, vou ver da parede!