domingo, 22 de novembro de 2009

Tomilho

Encontro-me neste momento a viver para o Tomilho. Esta frase nada tem a ver com um ditado popular ou  qualquer expressão idiomática. Qualquer coisa estilo como “Estou a olhar para o boneco” ou coisa images[4] (6)parecida. Nada disso. O que se passa é que tendo passado os olhos por uma receita de culinária que se encontrava  nas costas de um pacote de massa Fusili,  receita essa que não li porque não tenho paciência para essas coisas, vejo que tinham aplicado o Tomilho  na dita cuja. E,  tal como um raio que nos atinge, assim de súbito, fiquei com um   novo objectivo de vida. Aplicar o Tomilho em qualquer coisa que se coma. Estou num desassossego que só visto. E indecisa. Porque supostamente, e ao que me informei, que é como quem diz, aquilo que eu acho porque nem me dei ao trabalho de ir ver e vim logo para aqui desabafar, o que até não é muito verdade, porque nos entetantos perguntei a várias pessoas (1),  nomeadamente o desgraçado que estava on line no meu  MSN  e que só fala comigo on line porque off line é contra os princípios dele, mas estando e nesta hora de necessidade, foi o que se arranjou, não me soube esclarecer nada sobre o assunto, mas,  dizia eu então,  e antes que me perca no raciocino com divagações de somemos importância, o Tomilho vai bem é com pratos de carne, sítio onde não me apetece aplicá-lo.  Nas massas parece-me um desperdício. No Peixe?  Tenho mais que fazer.

Tenho, por isso,  um problemão para resolver. Tão desesperada estou que aceito toda e qualquer ajuda que me seja oferecida. É favor, no entanto, que as premissas anteriormente referidas sejam consideradas.

Antecipadamente grata.

domingo, 15 de novembro de 2009

Saquinhos

- Olhe, sff, tem alguma coisa que me possa ajudar a vomitar?

- A vomitar? Não… a vomitar não tenho. Há produtos que fazem parar os vômitos mas para os provocar não há.  Mas porque precisa de vomitar?

- Ah…é que eu engoli umas coisas.

Se o pedido já de si era estranho, este “umas coisas” deixou-me com a pulga atrás da orelha e a inevitável vontade de a espantar.

- Umas coisas? Então e não acha melhor ir ao Centro de Saúde para lhe lavarem o estômago e ver se o podem ajudar?

O indivíduo, extremamente enxuto e sem dar parte de fraco:

- Não, não vale a pena. Mas diga-me,  e se levar um clister, acha que já funciona? Eu engoli-os há uma hora.

Bom…neste ponto resolvi que não, não podia ser, estava perante um caso sério, o homem na certa tinha-se entupido de medicamentos e tentado o suicídio, embora não ostentasse um ar muito sofrido, e eu estava a tratar o assunto de uma forma ligeira e muito pouco profissional.

-O Sr devia ir mesmo ao Centro de Saúde para lhe fazerem uma lavagem ao estômago enquanto ainda se vai a tempo. Quer que eu ligue para o 112?

- Não! Já estou habituado. não é preciso. Isto já se resolve. Dê-me lá o clister.

- Mas….mas afinal o que é que engoliu?

- Foram uns saquinhos.

- Uns saquinhos??????????? 

Fez-se luz…tinha engolido uns saquinhos…!

- E se os saquinhos rebentam? Já viimages[8] (6)u o que lhe pode acontecer?

-Nada disso, não rebentam nada!O plástico é muito resistente.  Mas diga-me, acha mesmo que o clister não funciona ainda? É que já foi há uma hora!

E pronto, eu na minha ingenuidade a achar que estava perante um grito de ajuda  de alguém, que face a uma situação de grande stress psicológico, tinha tentado ir desta para melhor usando medicamentos. No fim sai-me um caro colega, também profissional do ramo das drogas, que utiliza uns métodos inovadores para transportar o material. Uns saquinhos. Que se dedica a engolir e que depois de passarem por todo o seu tubo digestivo,e saírem,   por cima ou por baixo, não interessa, são distribuídos a almas necessitadas que enquanto o assunto não se resolve gravitam à sua volta à espera dos ditos.

Eu, que profissionalmente já me aconteceu muito, nunca tinha tido uma situação destas. Com saquinhos.

Tenho muito que aprender pelos vistos.

sábado, 14 de novembro de 2009

Sábado 14

Ontem foi Sexta-feira, 13. Hoje é Sábado, 14. Ontem o dia nada teve de extraordinário ou especialmente aziagado que o torna-se memorável. Já o dia de hoje e logo às primeiras horas, foi marcante para mim. Primeiro porque ao abrir a água para o banho, ela não estava lá e foi assim no estado dOUCAYX3041CAAVQ1XWCAU5FCPHCAUHQX8LCAO3FH6NCA1SDNJWCALGEF3QCAE9LYGXCAPO1W4PCADM9PLPCAO3J0B7CATU4SQ9CAN4AVFGCA05H6QYCAO0IHSWCAW4DQOSCA0ZZ6O0CAP7AFF2CASPBS3Ee não lavada que tive de seguir para a rua. Como se não bastasse tamanha contrariedade, logo  tratou o dia de me arranjar outra. A minha lente de contacto do olho esquerdo foi  pelo ralo da bacia  abaixo. E como estou fora de casa, e lentes suplentes são coisa que nunca me acompanha nas saídas, restou-me a opção óculos. E é se quero ver alguma coisa, com  a inevitável cara de doente que se me põe quando os uso. 

Ou seja, estou um caco. Feia e porca, salvando-me do epiteto de má porque de facto não o sou. Até prova em contrário. Ou acto que o justifique.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Fotografia

Não venho mesmo aqui dizer nada. Acontece que me anda a parecer que falta cor por estas bandas.  E parecendo-me,  achei por bem  vir pespegar esta fotografia aqui na parede. Assim como quem não quer a coisa e  para que o Hall de entrada pareça um bocadinho mais alegre.

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segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Michelândia

Em conversa, enquanto me apresentavam um produto, realçavam as suas qualidades e, como de costume, denegriam toda a concorrência:

-Este conceito de produto é completamente novo. A abordagem que fazemos é a correcta e ao mesmo tempo, muito logica e simples, nada tendo a ver com a michelândia que continua a existir no mercado.

Michelândia?

Eu que estava ligeiramente distraída face ao blá blá coUWCAR1Q8OVCAMIPE7LCAEFP6WBCAZ5EESJCAME7GEGCAMBY18PCAPFZD48CAXQL6MYCATEN3F3CA7SRMT5CA4BZHR6CA3PP5OQCAUUWOIACA6ZXX60CAPIMCU0CAQ2YMZTCAF1CPJ4CA2YZNFCCAOQ2JGKmercial do costume,  sou forçada  a regressar as pressas à conversa e ponho-me à escuta. Michelândia? Por momentos olhei meio atónita para o Sr.  pensando que ia surgir alguma coisa nova após a michelândia. Ocorreu-me de imediato o homenzinho gordo dos pneus,  e esperava, sinceramente que fosse dali surgir uma continuidade que tornasse logica a michelândia.  Mas não surgiu. E eu tive de me render às evidências. O homem queria dizer miscelânea e saiu-lhe aquilo. O pior  é que eu tenho a nítida sensação que aquilo não saiu como um erro. O individuo  encontra-se convicto que está a dizer o correcto. E vá de aplicar o termo que lhe parece giro. E eu? Sou menos boa pessoa por não o ter avisado?  Deveria eu tê-lo alertado? Pego no telefone e ligo-lhe já? Questões que me atormentam. Não tanto como ouvir michelândia, mas no entanto…

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Doí-me tudo

Quer dizer…não é bem tudo, porque a alma, apesar de permanentemente  combalida, de momento,  não se encontra queixosa.  O doí-me tudo, tem a ver com o meu físico. Esse mesmo,  que se  encontra tão exercitado  após uma aula (uma singela aula) de Gap,  que está que nem pode!  O estado é tão lamentável, que se torna extremamente penoso e dificil,  executar qualquer tipo de movimento.  Está fora de causa obrigá-lo  a fazer o que quer que seja  e o pior é que o dia de amanhã não augura nada de bom em termos de recuperação. Sopas e descanso não vou ter. Mas devia,  dado o esforço despendido hoje. Questão de sensibilizar a minha entidade patronal.  Talvez tenha sorte.

3HCAZA0KPPCA0GARARCAEFY6HTCAUBI6WVCAEJSUJTCA38RPWACAGES84ACA4KZYW1CAOSDNKKCA4HE4DJCASOP1XPCAXAJ6KZCA0UQ9CLCANBQC2ECA8G9XCTCA6LTVWTCAC6ZF88CAX6S091CAB5ILMN

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Sanidade mental

A minha neste caso. Temo que ande pelas ruas da amargura. Mas depois em momentos de lucidez, sempre se faz luz e reparo que estou a ser alvo de uma manipulação comercial dissimulada extremamente subtil,  mas altamente eficaz no segmento de mercado que eu represento enquanto consumidora (aprendi agora esta linguagem na minha pós graduação. Estou a dar marketing, e se bem aprendi, logo tratei de aplicar para que nada se perdesse).

É o  Pingo- doce que anda a tirar-me do sério e a dar comigo em doida. Tudo por causa da música do anúncio  que agora inventaram. De cada vez que a oiço acho  sempre que se trata de algo novo a passar na rádio. Dou por mim a pensar “Pois que gosto, quem será que canta?” e depois reparo, ao fim de uns longos 30 segundos,  que aquela coisa que gosto tanto é um anúncio. E que levei uma eternidade a dar conta disso.

Malvados! Não tem respeito nenhum ! A acabarem com os sonhos de uma pessoa!

domingo, 1 de novembro de 2009

Imagem

Ainda que não seja público ou notório, uma vez que o vou relevar em primeira mão neste momento,  o certo é que cultivo um gosto desmedido por cartazes políticos. Não me escapa um. Não tem nada a ver com a mensagem ou com as imagens que surgem nessas coisas. O que me fascina é a localização dos mesmos e a displicência com que cada um chega e escolhe o local para o “seu” cartaz.  Não interessa se é numa parede que se colam, se ao cravar as traves do dito se estraga alguma coisa. O que interessa é que naquele sitio tem de estar o “nosso” cartaz. Fico sempre a perguntar-me se alguém o autorizou, se em tempo de campanha tudo vale, e se eu, em caso de necessidade, tiver igual comportamento, não serei de imediato autuada por ter pespegado um cartaz num sitio que me dava jeito.

Outra coisa que me atormenta ainda mais é quem é que os retira. Existe alguma task force para o efeito tal como existe para os colocar? Quem os põe é responsável por os retirar?  Existe um tempo próprio para que eles desapareçam ou só são retirados quando o espaço  é necessário para outras coisas?

São tudo assuntos para os quais não tenho resposta e que me intrigam. Imenso. E resolvi estar atenta ao assunto para não me ver de novo a braços com a dúvida de como desparecem eles até à próxima campanha eleitoral.

E isso fez-me reparar nos cartazes do PSD. psdv091[1] Estes mesmos. Aqui do ladinho,  onde está a enorme cara da Manuela Ferreira Leite.  Estão num estado de conservação lastimável! Ao que saiba não fomos assolados por intempéries que justifiquem tal degradação do material.  A Senhora aparece desbotadíssima num fundo que tinha uma cor gira  e que agora está num horrendo verde acastanhado indefinível. E que para mim dá uma péssima imagem dela.  E do partido.  Põe-me a pensar que apesar do discurso vencedor, a convicção mais íntima das hostes do PSD,  era que iriam perder e então, mais valia poupar nos cartazes. E preocupa-me também porque este desleixo é revelador do estado da nação. É que ainda não vieram novas eleições e já estão a perder pela imagem que passam.  Será que ninguém vê?

E sim, gosto de Laranja, mas tenho olhos para ver que as coisas andam mal. E que por falta de oposição os “outros” ganham. Porque não descuram pormenores. Até nisto dos cartazes.