segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Michelândia

Em conversa, enquanto me apresentavam um produto, realçavam as suas qualidades e, como de costume, denegriam toda a concorrência:

-Este conceito de produto é completamente novo. A abordagem que fazemos é a correcta e ao mesmo tempo, muito logica e simples, nada tendo a ver com a michelândia que continua a existir no mercado.

Michelândia?

Eu que estava ligeiramente distraída face ao blá blá coUWCAR1Q8OVCAMIPE7LCAEFP6WBCAZ5EESJCAME7GEGCAMBY18PCAPFZD48CAXQL6MYCATEN3F3CA7SRMT5CA4BZHR6CA3PP5OQCAUUWOIACA6ZXX60CAPIMCU0CAQ2YMZTCAF1CPJ4CA2YZNFCCAOQ2JGKmercial do costume,  sou forçada  a regressar as pressas à conversa e ponho-me à escuta. Michelândia? Por momentos olhei meio atónita para o Sr.  pensando que ia surgir alguma coisa nova após a michelândia. Ocorreu-me de imediato o homenzinho gordo dos pneus,  e esperava, sinceramente que fosse dali surgir uma continuidade que tornasse logica a michelândia.  Mas não surgiu. E eu tive de me render às evidências. O homem queria dizer miscelânea e saiu-lhe aquilo. O pior  é que eu tenho a nítida sensação que aquilo não saiu como um erro. O individuo  encontra-se convicto que está a dizer o correcto. E vá de aplicar o termo que lhe parece giro. E eu? Sou menos boa pessoa por não o ter avisado?  Deveria eu tê-lo alertado? Pego no telefone e ligo-lhe já? Questões que me atormentam. Não tanto como ouvir michelândia, mas no entanto…

Sem comentários: