quarta-feira, 27 de junho de 2012

Protesto

Quando diz "Puxe", eu, que não gosto cá de ordens, sobretudo quando são dadas de forma avulsa,  abusiva e  imensamente tendenciosa, está bem de ver que imediatamente empurro.  É que nada me ocorre a fazer senão contrariar a imposição que me surge pela frente. Não sou "Maria vai com as outras".  Há que combater estes excessos de autoritarismo! Já quando diz "Empurre" surge de novo o problema. Ainda que numa situação inversa. Mas sendo eu uma pessoa coerente, de imediato passo à acção e de forma decidida e absolutamente convicta do que estou a fazer,  puxo. Pois claro. Outra coisa não seria de esperar. Que a mim não me vergam. Debaixo de tanta bondade informativa só pode estar a imensa conveniencia de alguém que se presta a dar ordens assim. Coisa com a qual não pactuo. Pelo menos às primeiras impressões...às segundas, resigno-me, reclamo para dentro e faço o que me mandam. Porque se virmos bem, não tenho alternativa. 
Mas o protesto inicial ninguém pode tirar-mo. 
Nem educar-me para que não o faça. 
Diria até que sou um caso perdido! Hei-de protestar até morrer.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Branco a mais?

Pois, pois...
Parece um hospital com tanta cor fria?
De facto...
Inospito e pouco carismático?
Sim...com certeza...
Se tenho desgosto?
Algum...
Se gostava de voltar atrás?
Parece-me que sim...
Se estou muio arrependida?
Não é bem o caso...
Se vou pensar muito sobre o assunto?
Certamente...

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Sovada

A ideia que tenho (tinha) de mim, é a de que mesmo nas situações mais difíceis, eu consigo (conseguia) andar para a frente. Ponho (punha) capacete,  a dificuldade existe (existia), é (era) transposta e a vida segue (seguia) o seu belo curso, o assunto é (era) resolvido, morto e enterrado e como se nada tivesse acontecido, sem mazela de tipo algum,  o dia a dia volta (voltava) à sua normalidade.
Esta é a ideia que tenho de mim...mas cada vez mais este tenho é substituído por um tinha. 
Neste momento seja a cabeça de uma alfinete, seja a bomba atómica que surja e resolva rebentar na minha vida,  o impacto é o mesmo.  E perdi a capacidade de me recompor...mesmo que seja apenas a cabeça de alfinete que me esteja a atormentar.  Perdia-a. Pura e simplesmente o "acontecido" deixa um cicatriz profunda. Com a qual eu não consigo lidar.  E que me afecta por longos períodos. Faz com que me sinta sovada. Como que isto tem de físico mas também com o que tem de psicológico.  Fico "doente" com o assunto. Não  o consigo relativizar mas também não  lhe consigo reagir. Passo a estar assim como num estado de letargia, rendida a mais uma coisa menos boa que a vida me trouxe e sobretudo a pensar "Que mais me irá acontecer?". 
Rendida mesmo. Sem capacidade alguma de andar para a frente. E é isso que me custa. O sentir este handicap da minha pessoa. Esta fragilidade tão acentuada. Eu não era assim. E não acho que a exista justificação para este comportamento do meu Eu. Apesar das coisas menos boas que vou tendo que ultrapassar nada justifica esta minha imensa fragilidade. 
Mas ela existe. Instalou-se.  Não entendo o porquê. 
E sobretudo aterroriza-me a ideia  de que veio para ficar.
 

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Será possível?

Será possível uma pessoa enlouquecer à procura de uma T-Shirt?
Começo a achar que sim. Sobretudo quando já revirei meia casa à procura da dita e sou assolada pela firme convicção que só uma conspiração internacional pode justificar este desaparecimento.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Não quero crer

Eu gosto de Futebol. Eu vejo Futebol. Eu vibro com Futebol...esta ultima não é bem, bem, assim, porque a bem da verdade, vibrar não vibro, mas consigo estar por dentro da matéria sem grande dificuldade e incluso fazer perguntas pertinentes sobre a temática.  O que é situação para realçar já que ninguém o faz por mim. 
Continuando...Eu até gosto de ir ao Futebol! E tenho como objectivo de vida, não a deixar acabar sem me enfronhar num jogo da Liga Inglesa. Eu...  
Mas apesar de tanto gosto e propósito relacionado com Futebol parece-me que não vou suportar este Euro. Eu que era moça para dar conta de tudo o que lá se passava e não deixar passar uma,  estou completamente alucinada com as horas dedicadas a fazer notícia sobre coisa nenhuma tendo como pano de fundo esta temática. Onde está o bom - senso? O que leva a esta sandice colectiva de todos os canais? O que justifica tanta hora de emissão e tanto enviado especial? Não faço nem ideia!
Não quero crer que é vou ter de aturar isto um mês inteiro! 
Com a agravante de achar que vamos ter uma prestação altamente vexatória o que faz agudizar o  meu sofrimento de forma bastante significativa. 

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Também acho

Sempre entendi a relação entre duas pessoas como um investimento continuo, em que o "lucro" se traduz  num valor superior: o fortalecimento  da relação existente e o reforço daquilo que as une. Seja que relação for, entenda-se também. Tricas, amuos, tomadas de posição idiotas e centradas no "Eu", atitudes pouco construtivas, apetites,  caprichos e infantilidades  só podem conduzir a uma situação. O fim do par e o afastamento dos intervenientes. Mesmo que continuem juntos ou a dar-se. A coisa deixa de funcionar.
Sabedoria de pacotilha...o óbvio dos óbvios. Nada de novo. Mas apeteceu-me esplanar sobre o assunto por causa de um artigo que li hoje na hora do almoço. Nele  se dizia que quem namora de forma consciente, investe, faz disso um uso e costume, vai casando todos os dias, ao invés de quem se esquece que precisa de cultivar a relação e que aos poucos se vai divorciando da cara metade. Muitas vezes de forma irreversível.
Ora, nem mais! 
É  isto mesmo que eu também acho.  
E que nunca me apanhem a fazer!

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Diagnóstico

O diagnóstico acabou por surgir de forma evidente. Quando se passa um serão de Sexta-feira sentada ao PC, a fazer coisas e loisas para a nossa actividade profissional, de forma prazeirosa e sem que se solte um  lamento ou desabafo pela situação  e, incluso, não se queira estar a fazer mais nada a não ser precisamente o estar a trabucar, facilmente se infere que o trabalhar virou modo de estar e enorme dependência. Passou de mania ou tique, para feitio. 

Não o  lamento, mas preocupa-me pensar que  ao acabar-se–me  o trabalho, eu não tenha outro escape que me ocupe o pensamento com idêntico prazer. E que esteja completamente adicta ao dito.

Como se fosse uma droga necessária para eu viver o meu  dia-a-dia.