quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Quanto mais depressa melhor

Por esta altura, no ano passado, andava eu a fazer uma força tremenda para que o ano de 2008 acabasse. Não me foi um ano particularmente feliz, suspirava por vê-lo pelas costas, e quanto mais depressa melhor.

Este ano a minha pressa é outra. Quero lá saber se o ano de 2009 acaba ou não. O importante é que 2010 comece e sim…quanto mais depressa melhor!

Logo explico o porquê!

Entretanto…

Bom 2010!

 

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Chuva

 

L3CAERTLFOCAGRHO7XCATIIR4WCA3HKZGBCARMC3D1CAT9E5STCA7XN4B0CA5SJHKWCA5FZOH5CAPN1NFKCAY1412QCAN045A1CATE2MW9CAZPTVYBCAMMYL1ACAC7KJLPCABC8LEECAC4ZYV9CA9K1ZEG

Doida que estou com a maldita chuva. Nunca mais pára, não cede, não dá trégua! É uma individua que incomoda. Não percebe que não pode impor-se assim desta forma. Que está a abusar e que sempre podia surgir de forma mais gradual e não assim de supetão. Não percebe  que deixa tudo e mais alguma coisa imprestável para qualquer uso.  E  como se  já não bastasse este prejuízo imenso que provoca ainda me apoquenta durante as minhas preciosas horas de sono.

Pois que me têm atormentado as noites a cair copiosamente em cima do telhado da casa e a bater nos  vidros da janela por tempos infindos. Exatamente aqueles em que eu devia estar de olho fechado a recuperar das mazelas do dia anterior.

Maldita!

sábado, 26 de dezembro de 2009

O depois

O depois da festa. Aquele momento em que a poeira baixa e somos chamados, por força das circunstâncias, à realidade.  Acontece-me quando regresso à minha casa depois da noite de Natal e da costumeira troca de presentes. Ao meter a chave à porta, carregada de coisas novas. Invariavelmente, ocorre-me  o pensamento:

“Acabou.”

“Que pena.”

“Só para o ano volta a acontecer.

“Porque tem de ser assim?”

O sentimento que me acompanha é de tristeza. Não profunda, claro.  No entanto,  fica-me  um sabor algo amargo pelo que vivi e que infelizmente só passado um ano se  poderá repetir.

O meu  lamento nada tem a ver com as prendas. As dadas e as recebidas.  Se foram boas ou más.  Se pecaram por excesso ou por defeito. Acho até que estas  são considerações irrelevantes para se terem.

A noite de Natal vive, para mim,  não das prendas,  mas sim do espirito reinante. Das boas vontades que se reúnem. Do genuíno prazer de estar com quem se gosta e de sentir que esse prazer é partilhado por quem connosco está.

Com a chegada à casa parece que se desvanece todo esse espirito. Que sou acordada para a realidade. Que a esperança, a alegria e o gosto que precedem o  Natal se esfuma, e ainda que não termine com as badaladas da meia noite, surge na manhã  do dia 25 já, de alguma forma,  transformado.

É a antítese de um sentir que me acompanha desde Outubro e que sinto acabar quando entro em casa.

Porque infelizmente podendo o Natal ser quando um Homem quiser isso não acontece. Por razões várias.   Mais ou menos relevantes.

Mas pode também pensar-se que se corre o risco de se banalizar algo que tem imenso significado e funciona como um carregar de pilhas para o ano que se segue. Coisa que não gostaria.

O meu Natal foi como o sonhei.

Pena ter acabado.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Festas felizes

Dada a quadra festiva que se  aproxima a passos largos, tão largos que uma pessoa quase  que se sujeita a ser atropelada por ela se não se despacha,  é  suposto andarmos a dar as Boas festas uns aos outros. Calha bem, fica bem, sabe bem, soa bem…enfim, é da praxe. Ora aplicando isso ao mundo dos blogues que se faz?

Promove-se um decoração de Natal no dito cujo, juntam-se umas palavras apropriadas para a ocasião, ou seja para as visitas que ocorrerem durante o período natalício, uma imagem de acordo com o espírito e até talvez uma música a dar a dar com a saison. E pronto a coisa está feita, a consciência apaziguada e lá vamos gozar o Natal com a sensação de dever cumprido. 

Como é evidente, eu tenho opinião formada sobre o assunto. Não que me tenha dedicado muito a pensar nela mas faz do meu feitio ter opinião formada sobre tudo e mais alguma coisa, e se a coisa ainda não existe eu invento, logo tenho também uma opinião sobre esta coisa do Natal nos blogues.

Acho um horror. Detesto. É  uma caramelice pegada dar as boas festas a quem nos visita, como se as pessoas não estivessem já fartas de saber que estamos no Natal e entupidas por todo o lado de votos de festas felizes. Penso logo mal do autor do blogue. Fica logo assim meio proscrito e ou se esmera no assunto, ou eu ponho-o na prateleira.

Mas sendo eu uma pessoa que de simples nada tem, para mal dos meus pecados, eis que também acho mal os blogues não terem nada sobre o assunto. Que insensibilidade revela o autor ao não fazer sequer uma mençãozita, coisa pequena,  ao assunto. O que me faz voltar à questão, e ao pensamento pouco lisonjeio sobre o dono do espaço.

Temos pois uma situação complicada que não antevejo resolução possível dada a complexidade que a envolve. Está visto que não é qualquer coisa que me convence.

Ainda assim, e apesar do discurso anterior, não considero impeditivo que no meu Bloguezinho…este mesmo que aqui  está prantado, conste uma alusão às festas. E a felicidade das mesmas. Embora pareça “faz o que eu digo e não o que eu faço”. Pareça. Porque não corresponde à realidade. Eu acho mesmo tudo o que disse, mas sou incapaz de não desejar umas festas felizes a todos os que aqui passam. E porque de facto já cheira…

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Feliz Natal!

 

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Avós

Eu não sei se já se notou, mas tenho uma certa panca com a minha  idade. Sobretudo com a crueldade do número de anos de que vou sendo detentora  e com o seu crescer contínuo e ininterrupto.  Coisa boa, até. Sinal de que  vou cá andando. No entanto, para mim é um verdadeiro sufoco.

E  é num verdadeiro estado de revolta e não aceitação da realidade, que assumo os anos que tenho. Não tem nada a ver com o assumir para os outros. Nada disso! Até porque passo o tempo a apregoá-los, alto e bom som, para quem quiser ouvir. E que de passagem me diga que não pareço nada, de preferência.  O problema sou mesmo  eu. Tal o estigma da coisa, que faltando-me 2 anos e 14 dias para os 40,  já há muito, na minha cabeça, penso que os tenho.

Não me vejo com os 37 anos, do B.I.. Eu, que nas minhas contas, nem 30 ainda fiz. Os meus projectos de vida terminaram logo depois dos 27.  Nunca projectei a vida para os anos que se seguiriam. Não por pensar que não os ia viver, mas porque não achei necessário. Nunca pensei em mim e nos meus amigos com esta idade. E acho tudo tão estranho. Não pode ser. Será verdade que já passaram tantos anos? Não pode  mesmo ser. Não acredito! Para onde foram? Eu não dei conta que se sumiam assim!  

E sinto-me igual apesar da idade mais avançada. Continuo a ser eu. Tonta, parva, insegura, criança, muito mais crescida em tantos aspectos, mas na essência igual. Com a mesma forma de pensar, os mesmos gostos, a mesma personalidade, o mesmo mau feitio, a mesma palermice.

O que me levou a pensar nos meus netos, nos filhos dos meus filhos, esses mesmo que ainda não tenho. Na forma como eles veriam a sua Avó e como se compatibilizaria essa Senhora reverendíssima com esta garota que aqui escreve. E dos meus netos cheguei aos meus Avós. Como eu os vejo. E o pouco que sei deles.

Pela ordem natural da vida já os conheci numa idade avançada. Nasci já eles tinham vivido muito. Situações que inevitavelmente não acompanhei. Por deles viver longe nunca pude acompanhá-los muito de perto, também. Nem eles a mim, de facto. Mas ficou a nostalgia de pensar “Que conheço eu dos meus Avós? Como evoluíram eles ao longo do tempo? Que sonhos tinham, que sonhos viveram, que sonhos mantêm?”.  Como chegar mais perto da pessoa Avô? 

2ZCAEB12BWCASKD7U1CA36VFJACABJGHT0CA9ITY5TCAKZUZ3BCA0OUCWWCA2S6N7HCAM61YOFCAV6RLN5CAZOTEJTCAAU8GELCARSSW64CA9Y74HYCAT4ORTBCAZ93A9PCAUWIQP9CAJ6XH16CAXDENC4E liguei os assuntos de novo, pensando o quão bom seria poder ler os pensamentos dos meus Avós.  E  ter acompanhado o seu evoluir de vida. Da  forma como os meus netos poderão fazê-lo através deste blogue. Era um privilégio que adoraria ter.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Piloto automático

Dorme. Acorda. Pequeno almoço. Banho. Vestir. Pegar no carro. Correr até ao emprego. Trabalho. Hora de almoço. Curta.  Comida.  Fim do descanso, que não o foi. Trabalho. Mais. Não acaba. Termina dia profissional. Relax. 5 minutos. Jantar. Serão? Passou, não dei conta. Dormir.  Ciclo. Recomeça. 

XLCAMI9S2FCAMY4QBMCAWLXO9RCA59THYSCAPTCNE4CACMJNRSCA6G7YNWCAFTUMDNCAHJLROHCAIY545SCA1V1Q10CARZH5WOCAL0J9X2CA89EDIRCAY5RVTICARWMU04CA7QXXMACA9F7FUKCA78PLOZPiloto automático responsável pelo Cruise control. Aguarda-se mudança de ritmo para breve. Antes que o motor queime.

 

domingo, 22 de novembro de 2009

Tomilho

Encontro-me neste momento a viver para o Tomilho. Esta frase nada tem a ver com um ditado popular ou  qualquer expressão idiomática. Qualquer coisa estilo como “Estou a olhar para o boneco” ou coisa images[4] (6)parecida. Nada disso. O que se passa é que tendo passado os olhos por uma receita de culinária que se encontrava  nas costas de um pacote de massa Fusili,  receita essa que não li porque não tenho paciência para essas coisas, vejo que tinham aplicado o Tomilho  na dita cuja. E,  tal como um raio que nos atinge, assim de súbito, fiquei com um   novo objectivo de vida. Aplicar o Tomilho em qualquer coisa que se coma. Estou num desassossego que só visto. E indecisa. Porque supostamente, e ao que me informei, que é como quem diz, aquilo que eu acho porque nem me dei ao trabalho de ir ver e vim logo para aqui desabafar, o que até não é muito verdade, porque nos entetantos perguntei a várias pessoas (1),  nomeadamente o desgraçado que estava on line no meu  MSN  e que só fala comigo on line porque off line é contra os princípios dele, mas estando e nesta hora de necessidade, foi o que se arranjou, não me soube esclarecer nada sobre o assunto, mas,  dizia eu então,  e antes que me perca no raciocino com divagações de somemos importância, o Tomilho vai bem é com pratos de carne, sítio onde não me apetece aplicá-lo.  Nas massas parece-me um desperdício. No Peixe?  Tenho mais que fazer.

Tenho, por isso,  um problemão para resolver. Tão desesperada estou que aceito toda e qualquer ajuda que me seja oferecida. É favor, no entanto, que as premissas anteriormente referidas sejam consideradas.

Antecipadamente grata.

domingo, 15 de novembro de 2009

Saquinhos

- Olhe, sff, tem alguma coisa que me possa ajudar a vomitar?

- A vomitar? Não… a vomitar não tenho. Há produtos que fazem parar os vômitos mas para os provocar não há.  Mas porque precisa de vomitar?

- Ah…é que eu engoli umas coisas.

Se o pedido já de si era estranho, este “umas coisas” deixou-me com a pulga atrás da orelha e a inevitável vontade de a espantar.

- Umas coisas? Então e não acha melhor ir ao Centro de Saúde para lhe lavarem o estômago e ver se o podem ajudar?

O indivíduo, extremamente enxuto e sem dar parte de fraco:

- Não, não vale a pena. Mas diga-me,  e se levar um clister, acha que já funciona? Eu engoli-os há uma hora.

Bom…neste ponto resolvi que não, não podia ser, estava perante um caso sério, o homem na certa tinha-se entupido de medicamentos e tentado o suicídio, embora não ostentasse um ar muito sofrido, e eu estava a tratar o assunto de uma forma ligeira e muito pouco profissional.

-O Sr devia ir mesmo ao Centro de Saúde para lhe fazerem uma lavagem ao estômago enquanto ainda se vai a tempo. Quer que eu ligue para o 112?

- Não! Já estou habituado. não é preciso. Isto já se resolve. Dê-me lá o clister.

- Mas….mas afinal o que é que engoliu?

- Foram uns saquinhos.

- Uns saquinhos??????????? 

Fez-se luz…tinha engolido uns saquinhos…!

- E se os saquinhos rebentam? Já viimages[8] (6)u o que lhe pode acontecer?

-Nada disso, não rebentam nada!O plástico é muito resistente.  Mas diga-me, acha mesmo que o clister não funciona ainda? É que já foi há uma hora!

E pronto, eu na minha ingenuidade a achar que estava perante um grito de ajuda  de alguém, que face a uma situação de grande stress psicológico, tinha tentado ir desta para melhor usando medicamentos. No fim sai-me um caro colega, também profissional do ramo das drogas, que utiliza uns métodos inovadores para transportar o material. Uns saquinhos. Que se dedica a engolir e que depois de passarem por todo o seu tubo digestivo,e saírem,   por cima ou por baixo, não interessa, são distribuídos a almas necessitadas que enquanto o assunto não se resolve gravitam à sua volta à espera dos ditos.

Eu, que profissionalmente já me aconteceu muito, nunca tinha tido uma situação destas. Com saquinhos.

Tenho muito que aprender pelos vistos.

sábado, 14 de novembro de 2009

Sábado 14

Ontem foi Sexta-feira, 13. Hoje é Sábado, 14. Ontem o dia nada teve de extraordinário ou especialmente aziagado que o torna-se memorável. Já o dia de hoje e logo às primeiras horas, foi marcante para mim. Primeiro porque ao abrir a água para o banho, ela não estava lá e foi assim no estado dOUCAYX3041CAAVQ1XWCAU5FCPHCAUHQX8LCAO3FH6NCA1SDNJWCALGEF3QCAE9LYGXCAPO1W4PCADM9PLPCAO3J0B7CATU4SQ9CAN4AVFGCA05H6QYCAO0IHSWCAW4DQOSCA0ZZ6O0CAP7AFF2CASPBS3Ee não lavada que tive de seguir para a rua. Como se não bastasse tamanha contrariedade, logo  tratou o dia de me arranjar outra. A minha lente de contacto do olho esquerdo foi  pelo ralo da bacia  abaixo. E como estou fora de casa, e lentes suplentes são coisa que nunca me acompanha nas saídas, restou-me a opção óculos. E é se quero ver alguma coisa, com  a inevitável cara de doente que se me põe quando os uso. 

Ou seja, estou um caco. Feia e porca, salvando-me do epiteto de má porque de facto não o sou. Até prova em contrário. Ou acto que o justifique.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Fotografia

Não venho mesmo aqui dizer nada. Acontece que me anda a parecer que falta cor por estas bandas.  E parecendo-me,  achei por bem  vir pespegar esta fotografia aqui na parede. Assim como quem não quer a coisa e  para que o Hall de entrada pareça um bocadinho mais alegre.

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segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Michelândia

Em conversa, enquanto me apresentavam um produto, realçavam as suas qualidades e, como de costume, denegriam toda a concorrência:

-Este conceito de produto é completamente novo. A abordagem que fazemos é a correcta e ao mesmo tempo, muito logica e simples, nada tendo a ver com a michelândia que continua a existir no mercado.

Michelândia?

Eu que estava ligeiramente distraída face ao blá blá coUWCAR1Q8OVCAMIPE7LCAEFP6WBCAZ5EESJCAME7GEGCAMBY18PCAPFZD48CAXQL6MYCATEN3F3CA7SRMT5CA4BZHR6CA3PP5OQCAUUWOIACA6ZXX60CAPIMCU0CAQ2YMZTCAF1CPJ4CA2YZNFCCAOQ2JGKmercial do costume,  sou forçada  a regressar as pressas à conversa e ponho-me à escuta. Michelândia? Por momentos olhei meio atónita para o Sr.  pensando que ia surgir alguma coisa nova após a michelândia. Ocorreu-me de imediato o homenzinho gordo dos pneus,  e esperava, sinceramente que fosse dali surgir uma continuidade que tornasse logica a michelândia.  Mas não surgiu. E eu tive de me render às evidências. O homem queria dizer miscelânea e saiu-lhe aquilo. O pior  é que eu tenho a nítida sensação que aquilo não saiu como um erro. O individuo  encontra-se convicto que está a dizer o correcto. E vá de aplicar o termo que lhe parece giro. E eu? Sou menos boa pessoa por não o ter avisado?  Deveria eu tê-lo alertado? Pego no telefone e ligo-lhe já? Questões que me atormentam. Não tanto como ouvir michelândia, mas no entanto…

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Doí-me tudo

Quer dizer…não é bem tudo, porque a alma, apesar de permanentemente  combalida, de momento,  não se encontra queixosa.  O doí-me tudo, tem a ver com o meu físico. Esse mesmo,  que se  encontra tão exercitado  após uma aula (uma singela aula) de Gap,  que está que nem pode!  O estado é tão lamentável, que se torna extremamente penoso e dificil,  executar qualquer tipo de movimento.  Está fora de causa obrigá-lo  a fazer o que quer que seja  e o pior é que o dia de amanhã não augura nada de bom em termos de recuperação. Sopas e descanso não vou ter. Mas devia,  dado o esforço despendido hoje. Questão de sensibilizar a minha entidade patronal.  Talvez tenha sorte.

3HCAZA0KPPCA0GARARCAEFY6HTCAUBI6WVCAEJSUJTCA38RPWACAGES84ACA4KZYW1CAOSDNKKCA4HE4DJCASOP1XPCAXAJ6KZCA0UQ9CLCANBQC2ECA8G9XCTCA6LTVWTCAC6ZF88CAX6S091CAB5ILMN

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Sanidade mental

A minha neste caso. Temo que ande pelas ruas da amargura. Mas depois em momentos de lucidez, sempre se faz luz e reparo que estou a ser alvo de uma manipulação comercial dissimulada extremamente subtil,  mas altamente eficaz no segmento de mercado que eu represento enquanto consumidora (aprendi agora esta linguagem na minha pós graduação. Estou a dar marketing, e se bem aprendi, logo tratei de aplicar para que nada se perdesse).

É o  Pingo- doce que anda a tirar-me do sério e a dar comigo em doida. Tudo por causa da música do anúncio  que agora inventaram. De cada vez que a oiço acho  sempre que se trata de algo novo a passar na rádio. Dou por mim a pensar “Pois que gosto, quem será que canta?” e depois reparo, ao fim de uns longos 30 segundos,  que aquela coisa que gosto tanto é um anúncio. E que levei uma eternidade a dar conta disso.

Malvados! Não tem respeito nenhum ! A acabarem com os sonhos de uma pessoa!

domingo, 1 de novembro de 2009

Imagem

Ainda que não seja público ou notório, uma vez que o vou relevar em primeira mão neste momento,  o certo é que cultivo um gosto desmedido por cartazes políticos. Não me escapa um. Não tem nada a ver com a mensagem ou com as imagens que surgem nessas coisas. O que me fascina é a localização dos mesmos e a displicência com que cada um chega e escolhe o local para o “seu” cartaz.  Não interessa se é numa parede que se colam, se ao cravar as traves do dito se estraga alguma coisa. O que interessa é que naquele sitio tem de estar o “nosso” cartaz. Fico sempre a perguntar-me se alguém o autorizou, se em tempo de campanha tudo vale, e se eu, em caso de necessidade, tiver igual comportamento, não serei de imediato autuada por ter pespegado um cartaz num sitio que me dava jeito.

Outra coisa que me atormenta ainda mais é quem é que os retira. Existe alguma task force para o efeito tal como existe para os colocar? Quem os põe é responsável por os retirar?  Existe um tempo próprio para que eles desapareçam ou só são retirados quando o espaço  é necessário para outras coisas?

São tudo assuntos para os quais não tenho resposta e que me intrigam. Imenso. E resolvi estar atenta ao assunto para não me ver de novo a braços com a dúvida de como desparecem eles até à próxima campanha eleitoral.

E isso fez-me reparar nos cartazes do PSD. psdv091[1] Estes mesmos. Aqui do ladinho,  onde está a enorme cara da Manuela Ferreira Leite.  Estão num estado de conservação lastimável! Ao que saiba não fomos assolados por intempéries que justifiquem tal degradação do material.  A Senhora aparece desbotadíssima num fundo que tinha uma cor gira  e que agora está num horrendo verde acastanhado indefinível. E que para mim dá uma péssima imagem dela.  E do partido.  Põe-me a pensar que apesar do discurso vencedor, a convicção mais íntima das hostes do PSD,  era que iriam perder e então, mais valia poupar nos cartazes. E preocupa-me também porque este desleixo é revelador do estado da nação. É que ainda não vieram novas eleições e já estão a perder pela imagem que passam.  Será que ninguém vê?

E sim, gosto de Laranja, mas tenho olhos para ver que as coisas andam mal. E que por falta de oposição os “outros” ganham. Porque não descuram pormenores. Até nisto dos cartazes.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Degredo

Sabe-se que se atingiu o degredo, ainda que não por completo, mas  que se está muito próximo de o alcançar, quando  às 10.00 da noite de uma Sexta-feira, nos encontramos na cama, a aconchegar os lençóis à nossa volta, a tomar a  posição mais confortável possível  para uma noite bem dormida e a apagar a luz com o firme intuito de dormir, por forma a expiar o cansaço de uma longa semana de trabalho que nem acredito que tenha terminado.

Viva o degredo!

domingo, 25 de outubro de 2009

De joelhos

Não sei como hei-de fazer para que a minha Dª Lurdes, a Senhora que vem cá a casa NMCAF75MO6CA6154MLCAVSB6VNCA2ICLG8CA7XIJNUCAWCOMN5CAE9HTYPCAZQH050CA5N3GKCCAR834MLCADC38EWCA0WJ9LCCAAN0U0ICA4QAJ14CAHQIKNHCAK02O6UCAG3MYWCCAOS4TUECAA366UP (2)cuidar da minha faxina, entenda que não pode, porque não pode! arrumar-me nada nos armários.   Parecendo que não, a arrumação dos meus armários é uma ciência e ela põe-me tudo de cabeça para o ar. A pontos de andar semanas e meses  à procura de coisas que ela, tão prestimosamente e carregada de boa vontade, arrumou.

Claro que já tentei varias tácticas de persuasão para fazer com que a Senhora deixe de ser tão eficiente.

Desde o óbvio:

- Dª Lurdes, por favor não me arrume a roupa no roupeiro;

passando pelo pedagógico:

- Dª Lurdes, não me arrume nada nos roupeiros senão eu não sei onde me pôs a roupa;

o implorante:

- Dª Lurdes tenho de lhe pedir um  grande favor, não me arrume nada nos roupeiros, prefiro ser eu arrumar.

Nada tem sortido efeito.

De joelhos?

Não. de facto ainda não tinha pensado nisso. Vou tentar. Pode ser que o assunto se resolva dessa forma.

Nota: Post inspirado pelo imenso tempo perdido à procura de um cortinado para a casa-de-banho e que após umas 5 semanas de intensas buscas ainda não foi encontrado.

sábado, 24 de outubro de 2009

2577674635_b857a0e091_t[1] O imenso e enorme nó que se encontra instalado na minha garganta. O nó que por estes dias me tem acompanhado permanentemente. Que não sobe nem desce.  Que me provoca um mau estar horrível. Que parece que se vai apertando cada vez mais, que faz com que me falte o ar e  que põe uma pedra de tonelada e meia sobre o meu peito. Um nó que é cego.  Que não sei desfazer. E me faz sentir impotente.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Acabei

No principio o objectivo das minhas alterações  era mudar um pouquinho o blogue. Colocá-lo assim nuns tons mais outonais. Arranjar um fundo castanho chocolate. Esse fundo que tanto sonho  e que  não existe. E juntar assim uma quantidade de cores quentes. Mas pensar nisso é esforço inglório.  É super limitado alterar seja o que  utilizando as ferramentas que o blogger põe à nossa disposição. Sobretudo para quem como eu queria usar cores.  Cores. Muitas. Juro que não é piada. O intuito era pôr cor depois de ter passado todo o Verão com um branco etéreo a dominar o cenário. Agora que dou por acabado o re-styling vejo que cor na pas. Mas gosto imenso do efeito. Tá giro, não tá?

terça-feira, 20 de outubro de 2009

É só para avisar

É só para avisar que isto não está acabado. Qualquer comentário feito sobre o assunto será precipitado.

Obrigada pela compreensão.

sábado, 17 de outubro de 2009

Irritada

O9CAJ05H5PCAR1FAWFCANNBUEXCAEZGBSGCA83FLBXCA582DGYCA3RRWZHCAC5F1WJCABRJIJVCADMCRB5CAT2Y0N1CAYB7RPFCAYVEH1XCA3FWND1CA7MUJJNCACPPV6ZCAZNUBNDCAOBEAC3CASUJDE4

Correndo o imenso risco de me repetir e de já ter  utilizado este título noutro post qualquer eis que o aplico de novo. Vai ver é porque descreve bem os frenesins que me atacam de quando em vez e porque melhor espaço para vir botar discurso que este não há.

Estou irritada. Só irritada. Não estou fula, nem furiosa, nem furibunda. Estou apenas e só irritada. Rezingona. Mau feitio. Pegajosa. Chata!   Qualquer coisa parecida com uma irritação calma.

Não sei se tem a ver com o tempo, este chove não molha que nem está calor como no Verão,  nem o frio de Inverno se resolve a aparecer,  se é da estação do ano que não se resolve a andar para frente e me faz estar farta do Outubro e dos seus fim-de-semana que parecem não mais acabar, se é da altura do mês em que estamos e em  que o ordenado passado já foi e o deste mês ainda demora a chegar, não permitindo espairecer em zonas propicias à troca de magoas por peças de roupa,   se é pelo facto  de precisar de   emagrecer um bocadinho, pequenino é certo, em  sítios bem determinados mas que fazem toda à diferença face ao espelho de um provador de roupa, e que como é obvio impedem a aquisição de qualquer peça,  se o  facto de ter partido o 6ª par de óculos de Sol do ano e me encontrar desprovida de tal apetrecho indispensável ao meu dia-a-dia,se  e  não estar em Lisboa para ir a H&M comprar uns novos para repor stocks, terá algo a ver com o assunto,  se terá   alguma coisa  a ver com ter o cabelo comprido como nunca e aperceber-me que a melhor maneira de o usar é de rabo de cavalo para que pareça minimamente cuidado, porque os caracóis, esses,  não me dão trégua,  o que contraria o que seria suposto para quem tem o cabelo comprido  ou seja andar com ele solto, se é apetecer-me desalmadamente ir estica-lo  e no entanto achar que é um desperdício de dinheiro, o tal que me anda a falhar, se por ventura não serão as minhas unhas que andam a dar cabo de mim com a velocidade com que se partem, se será o caso de me encontrar neste estado por ter acabado um livro e o novo que comecei não me estar a dar pica nenhuma por forma a que eu me possa evadir para dentro dele, se é mesmo falta do que fazer, não sei!  O certo é que estou irritada.

Mas possessa mente calma. 

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

O inusitado da coisa

Pois que uma Abelha, assim sem mais nem menos,  resolveu escolher coQ2CADFEI16CAJTDZ6FCAZRG20YCAWHX9VVCAJ9M1CDCA224FGICATMOJYOCAXYFI2TCAYFZPRSCAEQXG2JCAG36EUOCAYHCF5GCAKNGJUQCAQH81BACABXX37ACAMZ008BCANDIJ0LCAPNV5XNCAUF8DATmo local da sua morte, o meu porta moedas. Estranho, não? Que será que a bicha procurava em tal lugar? Algo doce?

Coisa esquisita! 

Imagine-se a minha cara ao abrir a carteira e deparar com tal espectáculo. Foi tal a surpresa que nada mais me ocorreu, senão soprar a dita cuja carteira afora em direcção ao chão.  No meio do Supermercado. Com público observante. Fiquei, logo ali, para morrer comigo. Primeiro porque não se trata assim ninguém, nem mesmo uma intrometida de uma abelha e depois porque não se deitam coisa para o chão desta forma displicente.

Mas fiquei tão, mas tão estupfacta, que foi o que se arranjou no momento.   Deu-me que pensar. Dá-me que pensar!  Não sei se conseguirei dormir.

Que andaria o raio  da Abelha a fazer?

Não teria sitio mais interessante para visitar?

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Fantasma

Fantasma que me pressegue. O faimages[6] (3)zer bem. O  fazer bem feito. O  não errar. A incapacidade de aceitar o meu erro. O do outro tudo bem. O meu? Nem pensar! O certinho direitinho. O ter tudo controlado. O considerar que tudo deve ser explicado de uma forma linear e que aquilo que sobra desta minha geometria é bizarria e/ou anormalidade.  O seguir sistemático do preceito que leva à imensa snobisse que acabo por praticar e que é o pré-conceito.  A chapa que aplico às situações e que é tão inflexível. E os resultados de tanta rigidez. Não são miseráveis. Nem nada que se pareça. Antes pelo contrário. Mas mais uma vez, como me conformo eu com o bom, se o objectivo é o óptimo?

domingo, 11 de outubro de 2009

Condoída

Como se sabe, para evitar polémicas, há assuntos que devem ser tratados com pinças. Por alguma razão eu evito falar de politica. religião ou futebol por estas bandas. Sim, é verdade que também não tenho muita pachorra para discutir o sexo dos anjos. E as minhas ideias sobre tais assuntos são bem definidas.  Apesar disso este é um post de teor politico. Não partidário, apenas politico. Feito em jeito de fofoca.

Então não é que a Fátima Felgueiras perdeu as eleições?  Nunca pensei que tal acontecesse. Enchia-me (enche-me) de vergonha saber que vivo num país,onde a pouca vergonha atinge o grau de fenômeno inimaginável  e  possibilita  a existência de   candidaturas como esta. E de vitórias!!!!!!

Posto isto resta-me dizer que me encontro-me  rejubilante com o resultado, incrédula que igual destino não tenha atingido outros indivíduos conhecidos pelos mesmo feitos que notabilizaram a Senhora, mas, ainda assim e sendo eu boa pessoa, estou também um bocadinho, mas só um bocadinho mesmo, daqueles bem pequeninos,  condoída. E o desgosto da Senhora? Alguém pensa nisso?

Acho que deve ser tido em conta…

Arrumar

Parece ser aquilo que mais faço nesta vida. Arrumar! Ele é o carro, ele é a casa, ele é a mala,  ele é a roupa, ele os sapatos, ele é  os papéis, ele  é um mistério…!  Como é possível ter sempre tanto para arrumar sendo  eu uma pessoa que desarruma tão pouco!  É perfeitamente desproporcionado o tempo infindo que passo em arrumações, face ao tempo que levo a desarrumar qualquer coisa. E no entanto são horas infinitas que perco nesta tarefa, com a perfeita noção que uma vez a dita cuja  acabada,  eis que está quase que, como de imediato, pronta a ser recomeçada.  Triste sina a minha!

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Não vejo

E eis que de repente  dou por mim a fazer, repetidamente,  um gesto do meu Pai, que me irritava e  não compreendia. E vejo-me forçada a imitá-lo! Mesmo que não queira!

É que, por manifesta incapacidade física da minha parte e desgaste do material, ou seja do aparelho próprio que me faz a função em causa, dou por mim, na busca de  um conforto na visão, a tirar os óculos para ver melhor ao perto!

Nunca pensei chegar a este ponto de decrepitude. Muito menos  pensei que acontecesse já, dada  a idade que tenho.  Mas sMMCA7VL8VECA3PSJXQCA5S0KD7CAQI1CIMCA9I43K6CAWR9342CAG14ASICALKC584CALJVV97CA18WGOFCAGYDYIKCA4MTAI8CAQHOCPKCABGK6AMCA41I9J4CAZ22HCCCA1SS6JQCAASGH84CAKN0G4Zim, já estou nesta desgraça. Não vejo bem ao perto!

E ainda que sempre tenha sido sempre um moçoila precoce em tudo, esta era matéria onde dispensava tal prerrogativa.

A única coisa que me alegra e me mantém longe de mais uma depressão profunda,  é a existência de inúmeros óculos fashion que me resolvem este handicap e que sacrificadamente terei de  usar em nome de um bem maior. Ou seja, VER!

Estou velha. Cansada também. Mas o que me preocupa é a velhice. O cansaço há-de passar. Ou não. Mas isso agora é secundário. O certo, certo é que não vejo ao perto e tenho de resolver o assunto!

domingo, 4 de outubro de 2009

63 euros depois

Cheguei a casa. Contei o dinheiro. E com o investimento de uma manhã do meu muito precioso descanso, arrecadei 63 euros e vi-me livre de incontáveis camafeus que me assombravam a casa. Pois que me armei em Tendeira e fui vender para a Feira. Não se pense que é trabalho fácil ou ofício que se inveje. Desde o ter de arranjar todo o material  a comercializar, escolher o que levar, ponderar se conseguia separar-me de objectos que apesar de não me servirem para nada, de  serem abomináveis  em termos de gosto, podiam ser-me úteis em alguma situação e eu, numa atitude impensada tinha-me desfeito deles!, carregar o carro, acordar às 6.30 da matina!!!!!!!!!!!!!, correr em direcção ao recinto senão ficava à porta. Eu mais os artigos. Expôr aquela traquitana toda cheia de vergonha e a pensar “Devo estar doida! Mas quem é que vai pegar neste horrores?”.  Passar 4 longas horas à torrina do Sol, sem lugar para me sentar a não ser o chão, sem água para beber porque na pressa de sair de casa ficou esquecida, acometida de uma súbita má disposição intestinal que me causava suores frios e que graças aos santinhos pude resolver dadas as  boas condições do espaço, que é como quem diz, existia uma casa de banho por perto. Resignar-me a ficar com um bronze de trabalhador ao ar livre porque tanto Sol assim apanhado, só podia dar nisso mesmo, e perceber que esta vida não é fácil.

Mas gostei. Senti-me nas minhas sete quintas  e adorei ouvir logo, logo,  assim que acabei de expôr as coisas um “Quanto é que está a pedir por esta jarrinha?”, “3 euros” disse eu. E o  meu 1ª negócio fez-se! Nem queria acreditar na facilidade com que aconteceu.  E lá foi a dita  jarrinha, a que eu não tinha estima alguma, com a Senhora,  que na certa lhe dará mais carinho e consideração   do que eu. Sinceramente  fiquei  satisfeitíssima. Acho que mais com o destino que assim deu à jarra uma proprietária que a aprecia,  do que propriamente com  o iniciar da minha facturação. E fui sentindo isto ao longo de todas as outras vendas. Eu sem amor algum aquelas coisas e as pessoas a quererem comprá-las!  Foi giro juntar destinos desta forma.

Vou voltar. Não tão cedo. Até porque terei de fazer uma pesquisa mais apurada de coisas para vender, mas estarei lá caída de novo mais dia, menos dia.

Logo eu que de cima do meu nariz achava degradante ir vender para a Feira e olhava de lado quem o fazia.  Ideia preconceituosa!  É giríssimo fazê-lo!  E chegada a casa não consigo evitar olhar para tudo como artigo passível de ser transacionado. É  viciante!images[9]

O Euros que consegui têm destino. E vai saber-me muito bem usá-los.

A experiência?

Amei!

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Casa? Lar?

Pois que me ocorreu, assim num repente, qual eureka que se produz quando se quer muito descobrir alguma coisa,   que existe uma diferença entre uma casa e um lar. Questão meramente  forRICAVS59ZDCAYIBSY3CAE3NNXRCAWGQ7EUCAB1MM1ECADLJNZ1CAWFL89OCA5Z1HGECAYX5QIRCA1ZK34FCAW467AECAKTNAYHCA2YTHDRCAZM7WG7CA91UVKKCA10RGNCCA580PTSCAG9AMTFCABZSMRGmal,  muito ligada aquilo que se encontra no dicionário, que não é novidade para ninguém, nem constituí qualquer originalidade minha,   mas para a qual arranjei uma definição muito própria.  Ou seja,  a diferença básica  que define ou distingue  estes dois sítios, para mim,  está no número de pessoas que vivem em cada local. Quem vive sozinho nunca pode dizer que tem um lar. Quanto muito tem uma casa.  Nada mais que isso.

domingo, 27 de setembro de 2009

Ausente

E de repente, sem saber ler nem escrever, estou na Lua. Completamente ausente do espaço terrestre. De corpo e alma. A estranhar-me imenso. Com a noção de que a entrada na órbita terrestre pode acontecer a todo o momento e que quando se der vai ser bem turbulenta. Entretanto vou estando ausente. Mas com paradeiro bem definido. O mundo da Lua.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Etiquetas

images[1] (9)Estivesse  eu para ai virada e vá que desatava a atribuir etiquetas,  a  torto e a direito a todos os textozinhos que escrevo. A acontecer teria inevitavelmente de classificar o post anterior como pertencente ao enorme rol de post de auto–flagelação que já escrevi.

O que vale é que o meu azimute se encontra orientado para outras paragens e não me vou dar a essa trabalheira. Mas tenho boa consciência do tipo de post que escrevo.

Pressão

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A pressão a que me sujeito no dia-a-dia.

Que necessidade tenho eu de a arranjar?  Quem corre atrás de mim a impor o ritmo? De que vale o meu desgaste?  De que me vale o perder faculdades  ou levá-las ao limite? Em nome de quê? E com que objectivo? Existe alguma coisa que o mereça?

Sinceramente olhando para trás não sei.

Definitivamente acho que não há.

Mas  o pior de tudo é que face a este comportamento ainda tenho de me aturar. E ouvir uma vozeirona a martelar-me a cabeça e a chamar-me atrasada mental. Para não dizer outra coisa pior.

Sim, estou fula comigo.

Era bom que me lembrasse disto cada vez que acumulo pressão e a recordação servisse para tirar o pipo da panela  de pressão que por vezes sou.

 

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Em quem votas?

Numa terra em a liderança da Câmara  Municipal é disputada por duas mulheres, ouvem –se pérolas como esta:

- Então já decidiu em que vai votar?

- Já pois. Há muito tempo. Vou votar na feia.

-………………….!

Com tal argumento ficou-me a dúvida se a Senhora assim identificada  reconheceria este indivíduo  como um abnegado eleitor. E se um voto vale tudo. Até sujeitar-nos a este  tipo de comentários e classificações.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Já está

Ao contrário do governo que apresenta o orçamento geral do estado lá para Outubro e depois se enreda em rectificativos a seu belo prazer, eu executo o meu no finalzinho de Dezembro, inicio de Janeiro.  Modéstia à parte, faço–o  com um rigor que não torna necessário qualquer tipo de correção e a havê-la seria para baixo. Logo surpresas, imprevistos e calamidades não há.  Ou não devia haver…mas…adiante que o assunto não é esse.

Nele se encontram inscritas as grandes opções do plano que defini para o ano que vai entrar. E das várias rubricas que exaustivamente elenco consta a rubrica Eventualidades. Onde cabe tudo e mais alguma coisa que não esteja já prevista antecipadamente. Desde uma viagem ao bilhar grande, uns sapatos lindos que não podem perder-se ou um artigo de primeira necessidade que se avariou e é preciso repor no equipamento que se encontra ao meu dispor para o conforto diário. E foi assim que após 6 meses de longa ponderação resolvi aplicar 47,77 dos euros constantes dessa rubrica na aquisição de um secador.

E que secador é?

Um Philips Salon Dry Pro 2200 W. HP4991_00-GAL-global[1]Esse mesmo. O que os cabeleireiros usariam em casa caso pudessem levar artigos do emprego para o lar.

Estou orgulhosíssima da minha aquisição.  Não sei é se ela estará orgulhosa de mim, mas depois esclareço isso. Entretanto oh pra ele. Lindo…..

Coerência

Será falta de coerência afirmar uma coisa hoje, Domingo, que contraria algo que jurei a pés juntos na Quinta – feira passada? Ai ai…1DCACX9JQ1CAP39RAZCA9SE9LLCAW34KJOCAG9CFZWCA3G7D3PCAJJUFE3CA7MNGZ2CA70F9H7CALNF14KCATR23JKCA4IY0EDCABSAH4QCAI774WSCA7PHY7WCAVAICHHCA214LNYCAQQMV2YCA41EGU3trabalhos…! Logo eu que detesto incoerência…

Como atenuante para tal pecado capital,  sempre vou dizendo  que não pensei melhor sobre o assunto, mas que a situação evoluiu e eu estou a ver com outros olhos a realidade.

Para que se saiba e registe.

sábado, 19 de setembro de 2009

Eleição

Quem anda à chuva molha-se. Conceito irrefutável e sobre o qual não tenhoK9CAD6NDQ0CAUWN1HPCAFPYY3NCALCNYAYCA31H977CAGVG2C1CAWIWTUQCAOT31E6CAX3158KCAOX5S4UCAL5U96QCAOMKZWVCAD9S0DDCAU4IJZBCAO9W9TOCAK5544DCAIC2X4LCAIUDIRECA6IJ6CR nada sobre o que tecer.  Concordo plenamente. Mas  hoje acabei encharcada mesmo sendo eu uma pessoa prevenidíssima  em todas as situações. É que fui eleita saco de pancada e acabei por levar no toutiço sem saber o porquê. Ainda que consciente das minhas culpas acredito não merecer tal eleição.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Sugestões

Não sei qual será a situação pior e mais dificil de gerir. Ser uma segura insegura ou ser uma insegura segura?

Sugestões aceitam-se.

BVCA63ZW4OCA16VG14CA3CLPALCAFDY3F0CATA3OBVCAZ5QYXCCALE6BIBCAS8EL38CAI3E8DVCAN67BKECAE1N9M7CAS3960ZCA6QTCYJCA79GKQVCANMGCNSCA44QMKXCAUELZVVCAM0J0XCCA6TEG37

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Roupas

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Roupas. É isso mesmo que me anda a atormentar o espirito. Roupas.  Artigos para vestir. De uma forma como nunca  antes me aconteceu nesta época do ano. E estou desgostosíssima. 

Passo a explicar. Esta é “uma”, se não for mesmo “a” altura do ano que mais me enche as medidas. Acho que tem a ver com o facto de nunca ter deixado de viver na minha cabeça de acordo com o calendário escolar. Para mim os meses de Setembro e Outubro significam um recomeço. A muitos níveis.  Mas sobretudo pelas necessidades imperiosas que me surgem  com a chegada do tempo frio. De repente fico ansiosíssima e cheia de receios que a roupa de que disponho no meu guarda fato não seja capaz de atravessar o longo e rigoroso Inverno que faz por estas bandas. E eis que devido a estas circunstâncias me vejo compelida a correr todas as capelinhas conhecidas (e desconhecidas, claro) no intuito de me  aprovisionar  de agasalhos que me permitam passar sem agruras o Inverno. Como se calcula é uma  tarefa assaz trabalhosa mas que desempenho com o brio assinalável e de forma  bravamente estóica. Pode dizer-se que é um sacrifício que até gosto um bocadinho…

Mas como referia este ano estou para morrer com o problema.  Não me apetece que o tempo frio chegue. E  tendo  eu passado todo o meu Verão à base de vestidos, saias, ombros à mostra, pernas ao léu, braços despidos, pés quase nus, como vou eu aguentar vestir a roupa de Inverno? 

Desconfio que vou passar tempos muitos tormentosos. Pela primeira vez na minha vida não estou virada para os artigos de Inverno…:(!

Estarei doente?

sábado, 12 de setembro de 2009

Pessoas

Parecendo eu que ando negra como à noite, devo dizer que não ando de todo assim. Antes pelo contrário. A vida, por estes dias, até me anda a correr a preceito e como é suposto, sem grandes dramas ou preocupações. O sorriso na cara acompanha-me e é mesmo  sentido cá por dentro.

Acontece, no entanto,  que estou sem a mínima paciência para aturar pessoas. Não que esteja bicho do mato e esteja a evitar socializar ou que ande uma selvagem no tracto.  Apenas se dá o caso de estar  desapontada. Com todos e com ninguém.

Não sei se é por esperar demais de quem me rodeia.  Não sei se é por esperar muito dos investimentos que faço. Não sei se é por ser demasiadamente peniquenta. Não sei se falta profissionalismo social e relacional  às pessoas que se encontram à minha volta. Não descarto, até, que seja inépcia minha em ajustar-me ao Mundo.

No entretantos  e enquanto resolvo mais este assunto de enorme gravidade resigno-me à situação. Pode ser que antes de resolvido já  me tenha passado a aversão.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Nome

Que nome se dá a um estado de cansaço extremo em que nos apetece tudo menos descansar? Falta do que fazer?

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Não quero

Prender-me. Depender. Necessitar de. Entregar-me a. Viver com. Ter a obrigação de. Não quero.  Não quero fragilizar-me. Não quero mesmo .Tenho isto bem definido para mim.  Mas fica-me a dúvida. Com tanto não quero não estarei também a abdicar e a perder algo?

Até que não é dúvida. É uma certeza. Sei que perco ao extremar tanto o comportamento. Acontece que não estou a encontrar o meio termo  entre as duas situações.  Pressupondo que é possível, claro.  E tudo porque o não quero está a parecer-me extremamente sedutor.

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domingo, 6 de setembro de 2009

Férias

Embora não tenha feito o relatoriozinho  do costume ou tenha qualquer tipo de imagens elucidativas sobre os sítios por onde andei, a verdade é que estive de férias. Assim uns dias avulso lá para o meio do já longínquo mês de Agosto.

Cansada de aviões, farta de check-in, check-out e coisas parecidas achei que o melhor deste mundo seria agarrar-me ao volante e calcorrear meio Portugal. Porque ficar em casa estava fora de questão. Pois que assim fiz. E andei numa fona que só visto. Consegui dormir em cinco camas diferentes (atenção às bocas foleiras, sff), não fazer absolutamente praia nenhuma a não ser umas meras quatro horas onde estive qual pescada ao sol para ganhar alguma cor (De passagem diga-se que ganhei a cor  e um escaldão também. Só de passagem…), enfronhar-me um dia inteiro no Ikea com a árdua tarefa de comprar um sofá ( Consegui fazê-lo, apesar de ter estado a ponto de desistir  com o desespero da escolha e a determinada altura me ter apetecido telefonar a minha Mãe a dizer que era muito infeliz, para que ela me reconfortasse, tal era o meu estado nervoso ao escolher os ditos cujos),  não dormir uma única manhã na cama, não fazer um serão até tarde, não ler coisíssima nenhuma e não resolver nada do que queria.

Se foram boas?

Foram pois!

Preciso é de uns dias para me recompor de tanta agitação.

sábado, 5 de setembro de 2009

Aos interessados

Faço saber, a quem possa interessar claro, que qualquer peça adquirida no espaço comercial que abaixo adianto, com o intuito de me ser ofertada,  será apreciada de forma inexcedível pela minha pessoa.

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Espero não ter sido demasiadamente descarada no pedido…fui?

sábado, 29 de agosto de 2009

Evolução

Antigamente quando me dirigia a uma caixa multibanco ficava perfeitamente servida se escolhesse a quantia mais baixa que lá havia para levantar. Se bem me lembro, os mil escudos que sacava da conta, com grande pena e apenas em caso, de desespero,  duravam e duravam e duravam. Agora? Tudo mudou. Sendo optimista  diria que houve evolução. Mas só mesmo com optimismo  se pode dizer isso.  O  certo é que agora a medida por mim usada é a segunda que consta da dita máquina. Esses mesmos. Os  40 Euros que  levanto com muito mais frequência do que gostaria.   E que se somem a uma velocidade vertiginosa.

E das três, uma.

Ou arranjei necessidades que não tinha, ou ando a gastar ao desbarato ou está tudo pela hora da morte  e os Euros não chegam para nada.

Ainda que tenham umas cores lindas.

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terça-feira, 25 de agosto de 2009

Dispensável

Não tenho tido um  momento sossegado para me sentar a escrever. Curioso que, apesar disso,  o número de pessoas que me visita vai aumentando. A pontos de ponderar seriamente se não será perfeitamente dispensável ou mesmo totalmente irrelevante dar-me ao trabalho de escrever. 

Acontece que  esta é uma ideia que, decididamente, não me agrada. Se pelo lado positivo me visitam, pelo negativo começo a perceber que talvez não seja para me ler. O que me é difícil engolir. Mas parece que é o que acontece.

Resta-me aceitar este infortúnio. Não sei, no entanto,  se  conseguirei sobreviver ao desgosto desta constatação.

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domingo, 16 de agosto de 2009

É oficial

Num acto temerário, mas com plena consciência das consequências que dai poderiam advir, resolvi pintar os meus cabelos. Não se pense que foi de ânimo leve que tomei tal decisão. Já leva anos este projecto, apesar de só agora o ter concretizado.

Pois que me encontro, assim, a modos que, meio ruiva. Não que alguém me confunda com a Rita Hayworth se me encontrar na rua. T7CADRU4PECA8TMU4KCAVI86R9CAPWC7JJCAPBJ9IDCANERDVCCAIJ249DCAP1KRJUCA34W89RCA3F02CQCAWQBEASCAH08473CA4B4GIDCAM6B7FVCACM1YDWCAEMKVT0CASEJVXUCA8J7VWGCAO72DWA Até porque o ruivo dos cabelos não se se detecta à vista desarmada. Nota-se que estou diferente mas ninguém sabe definir bem o porquê. Só se dá conta se o Sol fizer o jeito de me incidir sobre os meus cabelos. Coisa que me tenho furtado a pedir-lhe.

Se estou gira? 

Estou pois!

Diria até giríssima!

E sim, confesso estou com um ataque de vaidosice! E da aguda, que é das piores de tratar…

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Bem Arranjada

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Contam-se pelos dedos, e ainda assim são capazes de sobrar dois ou três,  as vezes que entrei num Mcdonalds e lá comi. Sempre detestei o conceito e nunca percebi muito bem o que faz com que tanta gente coma aqueles produtos. Mas cometi a enorme fatalidade, de num dia de necessidade extrema, e na falta de outra opção válida,  ter entrado  num estabelecimento destes e pedido um M.N6CAJO3SN3CAY9MAYDCAQN2L7GCAFGS0JNCAQGPKW1CAMQS43QCAORHPHQCAJ4JFACCAPYEB22CAMZ99DACALDJZ71CAMXFZTFCAN1WXRJCAZKYDKFCAPUDER9CA5L5SFWCAQBB85DCAMJ42CICA930820Uma  especialidade nova.  Com carne diferente. Cheia de um bom aspecto e servido num pão, mesmo pão! Sem parecer assim, um sucedâneo e totalmente  desprovido de toda e qualquer Sementinha. Coisa que diga-se de passagem, abomino.

E pronto. Tomei-me de amores pelo pitéu. Sonho com ele, penso  nele, suspiro até por ele! E se porventura existe um McDonalds na minha área circundante, não existe mais nada que me apeteça a não ser trincá-lo.

Estou bem arranjada.

Comigo e com ele!

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Verão

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Chega o Verão e a nossa vida parece que pára. Nada anda para a frente ou se concretiza. Não se fazem projectos nem existe tempo para se estar desocupado. Nenhum fim-de-semana é igual ao anterior nem se repetirá no seguinte. A casa enche-se de pessoas. Amigos de perto, amigos de longe, familiares chegados ou parentes afastados, vêm almoçar, jantar ou passar uns dias. Juntam-se as festas e as romarias que acontecem por estas alturas em todo os lugares e às quais é impensável não comparecer. Acrescentam-se as visitas que se fazem  aos próximos e eis se não quando  o Verão acaba. Sem que se possa dizer muito bem o que se fez ou por onde se andou.

Gosto do Verão. Não me dá é muito jeito tanta actividade condensada num período de tempo tão curto. Devia haver um Verão todos os meses. E um Inverno a pontuar o ritmo com que se vive.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Elogio

Lido mal com elogios. É muito raro aceitar algum sem fazer uma enorme birra  e  desancar de imediato quem o emitiu. Tenho de estar muito distraída para que passe sem reclamar. Ainda assim, e  bem entendido que não sendo nenhuma  selvagem social, muitas vezes não tenho outro remédio senão encaixá-lo, mesmo que a contra gosto. A estratégia, nesta situação, é um bocadinho diferente da anterior.  Mudo, às pressas, de assunto para poder  acabar com o embaraço momentâneo, que me atacou, o mais depressa possível. Ou começo de imediato a tentar convencer os outros que estão a ver mal e que não, aquele elogio não pode ser para mim.

Mas  as pessoas, vá lá saber-se porquê, gostam de me elogiar. Outro dia foi a minha pele:

“A tua pele está fantástica. Mesmo bonita!”

Eu, a disfarçar, fui logo dizendo “Está?! Nem creme tenho posto! Ando na fase da preguiça.”

“Ai sim?” Dizem-me.

E blá blá para cima, blá blá para baixo, lá me escapei  ao assunto sem padecer de um grande tormento.

Mas de repente pus-me  a pensar.

“Gasto eu rios de dinheiro (nem tanto assim porque sou mais forreta que o Tio Patinhas em certas coisas), rios de dinheiro! Horas da minha vida a limpar, a aplicar creme. a cuidar da cutis e é precisamente num período em que  a preguiça anda  toda à flor da pele, que não me lembro a última vez em que me vi frente ao espelho para estes cuidados, que me elogiam assim ? Devo estar doida,  no mínimo!”

E depois querem que aceite elogios sem fazer cara feia e ripostar!

sábado, 25 de julho de 2009

Albergue

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Neste momento a população residente em minha casa viu-se aumentada com a chegada de uns hóspedes muito sui generis. Estou habituada a ter visitas de outra índole. Estas não estavam previstas nem nos meus planos mais remotos.

Quis o destino que assim fosse e o que  tem de ser, tem muita força.  E o Urso (leia-se Andarilho)  que cá mas deixou também! Pois que me encontro  a dar albergue a duas meninas. A Pipoca e a Tininha, respectivamente Gata e Tartaruga.

A visita das ditas cá ao meu espaço decorre, até agora, sem incidentes. Mas confesso-me apreensiva.

A Tininha é um anjo. Não um amor de criatura, mas um anjo, porque não dá trabalho ou chatice alguma, quietinha que está no seu aquário.

Quanto à Pipoca…nem sei que dizer. Ela é uma Gata. Bicho pelo qual tenho especial embirração  e claro, imenso pavor. E é uma gata nova. Quase que me vem de cueiros ainda. E anda a descobrir ainda o mundo ao invés de pachorrentamente dormir a um canto. Está confinada à minha cozinha porque os ímpetos exploratórios da bicha são imensos e sempre que pode, eí-la que desaparece rumo à descoberta do admirável mundo novo que para ela é a minha casa.

Mas tem-se portado bem. Um comportamento que é um primor, um asseio nunca antes visto e educadíssima sobre todos os pontos de vista. Incluso o de se abster de miar desalmadamente porque está sozinha (Espero que assim se mantenha porque me dava jeito ter uma boa noite de sono).

A pontos de eu estar com um peso na consciência do tratamento que lhe estou a dar. Mas que fazer? Os gatos são abusados e daqui a pouco, se estivesse comigo na sala, já estaria em cima de tudo quanto é sofá e eu de cabelos em pé e aos gritos, com o desespero.

Pelo que se virmos bem, quem se está até a portar muito bem sou eu, condenada que estou a dividir espaço com estas criaturas. Até que chegue a salvação. Ou seja, quem as venha buscar.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

terça-feira, 21 de julho de 2009

Pobre

Pobre do coxo, do maneta, do cego, do surdo e do mudo. Pobre do que tem fome,  do que morre de sede e do que não tem um tecto para viver. Pobre do que não tem acesso à saúde, aos medicamentos e  a condições básicas de vida.  Pobre do que vive sem liberdade, sem direitos e sem ser capaz de  fazer ouvir a sua voz.

Pobre.

Pobre daquele que tendo tudo isto não percebe que é rico.

Só porque é pobre de espírito.

sábado, 18 de julho de 2009

Vontade

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E hoje acordei com uma imensa vontade de ter duas agulhas e um novelo ao meu dispôr, para começar a tricotar. Não interessa o quê ou o como. Ou até o porquê ou mesmo o para quê.

Apeteceu-me. Apetece-me fazê-lo um dia destes.

Estar sentada num sofá com gente à volta. De conversa e fazendo placidamente a malha. Com um fio grosso. Numa cor viva. Num gesto repetitivo. E super relaxante.

Mosca

Eu (enchendo-me de coragem e fazendo a pergunta) - Quem é mais gorda  eu ou a …?

Ele 1- Ah…não sei…(entretanto, mira-me de alto a baixo como se acabasse de me ver e não tivesse ainda tido tempo de formular opinião)…não ligo muito a isso…não sei mesmo.

Eu (em pensamento) - Humpf! Imagino!

Ele 2 (feito cusco)- O que é que perguntaste?

Eu - Estava a perguntar quem era mais gorda se eu se a…

Ele 2 – (novamente mirada de alto a baixo como se fosse um ser nunca antes visto. Algo caído do céu. Assim. De repente.). Não sei. Eu não ligo muito a isso.

Eu (em pensamento) - Sim, sim, estou mesmo a ver o “não ligo muito a isso”. Que mal que disfarçam. Não querem mas é responder para evitar fosquenhices! E ainda assim, a que é que ligam, senão ligam a isso?  Estou mesmo a ver!

Muito gostava eu de ser mosca para saber.

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quinta-feira, 16 de julho de 2009

Febre

A bem dizer não é bem uma febre. Trata-se mais de um desejo. Uma vontade desalmada de me enfiar numa sala de cinema com um balde de pipocas acoplado  à minha pessoa, a ver um filme  encantador.

E o filme arranja-se?

Pois!

Não…..:(

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domingo, 12 de julho de 2009

Estreia

Numa situação de estreia absoluta fiz ontem a aparição num espaço público com um novo penteado.  Num arremedo de inspiração e audácia eis que me pus defronte de um espelho com o objectivo de me presentear com dois xuxus. Velha  e antiga ambição,  que por motivos vários tardava em realizar e que finalmente consegui concretizar.  Bem,…concretizar não é bem o termo porque parecia uma tontinha  com os ditos cujos, pelo que, e não dando o braço a torcer, tive de enveredar por outros caminhos  e passar para o plano B. Se os xuxus não estavam capazes iam-se desmanchar os xuxus? Nem pensar! Vá de que,  com os mesmíssimos xuxus, inventar de imediato outro penteado igualmente giríssimo.  Que é como quem diz enrolar os ditos sobre eles mesmos e ficar com qualquer coisa parecida com duas pequenas antenas laterais na cabeça. Assim parecido com o penteado típico das Austríacas.

Lamento não dispôr de foto ilustrativa mas ninguém teve a amabilidade de me retratar. Gira que estava!

Estou ansiosa para o estrear em mais sítios.

Nota: O espaço público anteriormente referido foi a praia.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Balancete

Aquele exercício que me comprometi a fazer, obrigando-me a olhar para trás e a ver como me correram os seis últimos meses. E  que me apetece tanto fazer como nada.

Não é preguiça. O que acontece é que simplesmente não consigo avaliar.  Talvez por ter memória curta para as minhas coisas. Não faço ideia.

Sei que as coisas não me correram mal. Sei que cumpri já grande parte daquilo a que me propus. Sobretudo no que eram coisas fazíveis.  No entanto, acho que estou a falhar redondamente nas coisas sentíveis.

Sinto que me estou a fechar. Que de novo estou numa fase em que  me tranquei em mim.  Em que só a saca-rolhas sabem do meu eu, e que mesmo assim, mesmo destapada,  rapidamente dou a volta ao texto e me escudo sem transpirar nada de nada. Eu própria não sei o que anda nesta cabeça porque me recuso a encarar-me e a deixar que determinados assuntos me incomodem.

Sinto-me afastada. Com vontade de viver mas  sem que me autorize a sonhar.  A olhar para a realidade de uma forma demasiadamente céptica.  E com medo. Medo da perda e do sofrimento. Medo de errar. Medo de me magoar. Medo!

Enfim. Podia dar-me para pior.

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Tiro e queda

Muitos dos meus momentos de nostalgia surgem comigo ao volante, com a cabeça a vaguear e a ouvir musica. É uma combinação fatal.  Um tiro certeiro com queda assegurada. Quando viajo sozinha é certo e sabido que acontece.

Na última viagem que fiz apanhei-me debulhada em lágrimas, assim de repente. E ainda que sem como,  as lágrimas tinham um porquê. Passava na rádio a horrorosa música do Rui Veloso que diz qualquer coisa como “Não se ama alguém que não ouve a mesma canção”. E lembrei-me  o quanto gostava de alguém que ouvia comigo música,   que comigo partilhava gostos e referências, e que felizmente já não me acompanha. Mas que deixou saudade. Muita.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Desapego

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Não sei se assim de repente e num elencar de características da minha personalidade, alguém me atribuiria o apego como traço constante do meu carácter. O certo é que mesmo considerando-me eu super independente tenho esta vertente do apego muito marcada.

É um defeito enorme quando aplicado às “coisas”. Dificilmente me consigo separar de objectos meus. Prescindir de algo físico e palpável, seja o primeiro walkman que tive,  um livro  ou as imensas Holla que acumulo,  é para mim,  um pesadelo. Só o faço com muito critério, após enorme ponderação e ainda assim cheia de dúvidas, se lá mais para a frente nos anos não me vou arrepender amargamente de me ter desfeito deste ou daquele artigo.

Este apego tem também o lado que se aplica aqueles que me rodeiam.  E neste caso acho que é uma qualidade minha de que os outros usufruem. A mim não me traz grande mais valia.

Mas eu não sei estar e ser de outra maneira. Não sou capaz de deixar de estar presente, de deixar de me preocupar “com,” ou mesmo de não guardar um bocadinho do meu dia “para”.   Mesmo que com prejuízo próprio. O “outro” é-me importante.

Não volto as costas.

É por isso que me faz uma enorme confusão  o desapego e indiferença ao “outro” que por vezes me é mostrado nas relações pessoais.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Iluminado/a

oliveira-da-serra[1]Muito gostava eu de saber quem foi o/a iluminado/a que teve a brilhante ideia de lançar uma garrafa de azeite com uma tampa pop-up. Com toda a certeza pensou estar num momento ímpar de inspiração divina e acredita piamente que fez uma grande contribuição para a humanidade.

Custava que se chegasse à frente para conversarmos um bocadinho?

É que estou pelos cabelos com a dita tampa e não me importava nada de esclarecer, de forma exaustiva, o indivíduo ou a indivídua, sobre a utilidade desta tampazinha que inventou. É que não me custava mesmo nada! Antes pelo contrário. Até gostava!