Sandice dita da boca para fora, quem gosta de trabalhar?
Ninguém.
Penso que não é bem assim e que todos nós, em maior ou menor grau, gostamos de trabalhar.
Eu estarei talvez naqueles que gostam de trabalhar no sentido mais literal do termo.
Gosto.
Pode dizer-se que tiro do trabalho verdadeiro prazer e que me sinto realizada.
Claro que todos os dias há minudências que me fazem dizer o contrário.
Tarefas que abomino e que me são penosas.
Mas no fundo e fazendo o balanço de coisas boas e más, o saldo é largamente positivo.
Esta conclusão vem de um TPC que me foi passado e onde deveria elencar o que gosto de fazer, aquilo que me dá retorno e as coisas que não gosto de fazer e que me retiram satisfação no dia-a-dia.
Feita a análise e devidamente ponderada a dita cuja, deveria encher os meus dias com coisas que gosto de fazer e esvazia-los de coisas que não gosto. Isto, numa proporção adequada para me manter em equilíbrio entre obrigação e devoção.
Chegada a concretizar a dita listinha, reparo que na coluna das coisas que gosto de fazer está "o trabalhar".
Logo na lista dos gostos está uma coisa que se consideraria ser a antítese daquilo que o exercício pretenderia. Recriminei-me...como é possível que tenha feito tal!
Aliás, o exercício resultava do facto de eu achar que me esgotava toda no trabalho e de o considerar como a fonte mais importante do meu mau-estar diário.
Impensável pois que pudesse sequer constar na coluna dos gostos!
Reavaliei.
Mantive o gosto.
E percebi que o que está mal é a dose.
A dose de trabalho que é completamente desproporcionada na receita que compõe o meu dia.
E aquilo que se poderia dizer "Use a gosto", não é bem assim.
Tem limite, dose q.b.
Posto isto louve-se a capacidade de analisar.
Negligencie-se a cegueira em vigor até enxergar o obvio.
Que o excesso é nefasto.
Evidencie-se a clarividência do raciocínio.
Espere-se que tanto conhecimento se transforme em sabedoria.
E que a sabedoria se transforme em prática diária.
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