Balancito de Março

Ainda que enormemente atrasada nesta tarefa de analisar os meses, com a qual me comprometi e extremamente tentada a fazer gazeta neste mês de Março, eis que, para evitar pesos na consciência futuros, me encontro aqui prantada para dissecar os dias de Março (Não se pense que é por falta de assunto para postar, nada disso, é mesmo brio profissional de pessoa que posta e se comprometeu com ela própria).

Gostei muito do meu mês de Março. Olhando para trás nem sei bem porquê. Não houve acontecimento feliz ou infeliz que tivesse especial relevo durante os 31 dias que passaram.

É verdade que chegou a Primavera. Que o sol e o calor compareceram diariamente cá por estas bandas, o que por si só já é motivo para as coisas correrem bem, mas acho que não foi o determinante para eu poder dizer que gostei muito.

Foi um mês difícil. Palmilhei muito quilómetro a caminho de Lisboa, ainda por cima com a agravante de ter sido a meio das semanas o que ainda aumentou  mais o cansaço. Trabalhei mais que o habitual. Sendo que o habitual já é dose. Senti-me super ocupada, mesmo nos tempos de recreio. E estes, ainda que não extraordinários foram bons e sobretudo bem geridos (não posso esconder evidências sobre a capa da modéstia).

A única explicação que arranjo para este meu “gostei muito” tem a ver como sinto o meu “eu”. Parece que ganhou endurance nos meses de Inverno  e que subitamente se cristalizou  sobre a forma de um bem estar permanente neste mês de Março. Com uma tranquilidade e leveza bem grandes!