quarta-feira, 13 de maio de 2009

Nível certo

Muitas vezes existem características da nossa personalidade que numa primeira análise podem ser vistas como uma qualidade mas que quando levadas ao exagero,  passam de qualidade a defeito.

Sou uma pessoa super independente. Nunca fui Maria vai com as outras. Aquilo que faço, faço-o por convicção. Tracei e vou traçando um caminho muito  próprio. Muito meu. Algo diferente do “comum”. Preferi e prefiro  sempre a forma mais difícil de fazer algo, e é raro pedir ajuda a alguém, num misto de orgulho e de me querer superar. Para no fim poder dizer: Consegui e sozinha!.

Pode ser interpretado como uma manifestação de segurança e confiança nas minhas capacidades. Como uma manifestação de alguém peneirento e cheio de mania.  Ou interpretado como aquilo que na realidade é.

Uma personalidade super vincada  a que se junta um enorme pudor em incomodar alguém com as suas coisas e  que leva a um Ser independente, até à medula.

Sei que o facto de ser tão independente é uma  qualidade. Mas eu uso e abuso desta minha postura. Não devia extrema-la. Já me corrigi várias vezes. Já me zanguei comigo por ser assim. Mas de repente apanho-me com um novo surto da doença. Assim caído do nada. Como aconteceu esta semana.

E conversando com o meu umbigo disse-lhe “Mas porque fazes as coisas assim, não era preferível o meio termo?”  Ele respondeu –me que sim. Que era preferível o meio termo.  Ficou cabisbaixo.  Recordou-me que  está muito diferente do que era. Mas que por vezes  se esquece e manifesta esta faceta pouco benéfica. Farto-me de o avisar.  “Não faças assim. Só te prejudicas a ti. Perdes ao invés de ganhar.”

Pode ser que algum dia se cure.

Eu gostava. E não me empalidecia a qualidade da independência. Apenas a ajustava ao nível certo.

meniscus3[1]

4 comentários:

Anónimo disse...

Diz -se "para no fim poder dizer" e não "puder dizer" neste caso seria por exemplo: se eu puder dizer. não é necessário validares o comentário pois o mesmo só tem a finalidade de corrigires o erro. É para isto e muito muito ... mais que servem as mães. Ausentes mas sempre prontas a ajudar. Bjis

Kika disse...

Anónima Mãe,

Obrigada!
Todos os comentários são para publicar indepedentemente do teor pouco abonatório sobre a minha pessoa.
O erro que fiz só confirma a teoria de que sou um trogalho. Nem dei conta! Se lesse idêntica coisa noutro local ficaria para morrer com o nivel de analfabetismo do autor.

Beijo

mfc disse...

Somos como somos e o importante é que gostemos de nós.

Kika disse...

mfc,

Verdade! O que não invalida que nos possamos "melhorar". Para usufuirmos nós e os outros dessa melhoria.

:)