domingo, 17 de maio de 2009

Marcou-me

EmYMCAJKZY8HCAQMO9PPCA6GFIZ2CAU2G4PUCA7M2CRSCAO2HP1PCAUFZDUWCA92PARPCAY2W5A9CAUM8R5VCAMNBSGVCAWOPJ70CAWRXAG9CAM2AE2FCA1GASB9CAVB3C00CA7AKI1MCAG96FNSCA9ENNISbora não tenha sido uma estréia absoluta a minha visita a um hospital para tratar algo que me afligia, imagine-se a excitação em que estava quando na Sexta-feira à noite entrei urgências a dentro do Hospital Cuf Descobertas.

Situação semelhante, em idade adulta, nunca me ocorreu a não ser quando por imperativos médicos foi necessário operar-me. E nessa altura a visita teve data e hora marcada. Nada parecido com esta minha situação de urgência.

Durante toda a semana que passou andei a braços com dores várias que oscilavam entre o pescoço, o braço, o outro braço, os rins, o meio das costas….enfim. Nada que causasse a morte de alguém, mas seguramente coisas que me moíam a paciência e muito.

Finalmente na Quinta – feira chegou a definição. A dor escolheu o meio das costas para se aquietar e lá se instalar em definitivo. Que fazer?

Creme. Quente sobre a área. Anti-inflamatório oral. E uma noite de sono. Tudo na esperança que pela manhã, quando acordasse, estaria bem. Ou pelos menos melhor!

Sexta-feira. Umas das fatídicas Sextas-feiras em que após uma alvorada às 6.30 da manhã tenho de ir a toda a brida para Lisboa porque as aulas não esperam por mim.

Sexta-feira em que acordei sem poder levar o queixo ao peito. E pensa-se: Levar o queixo ao peito é importante? Garanto que sim. Para me despir. Para me vestir. Tão só para o secar do cabelo que não pude fazer. O horror de entrar no carro. A penosa viagem. O permanecer sentada por longas horas a ouvir prelecções e prelecções sobre Marketing e Recursos Humanos (atente-se que foi super interessante). A insanidade de ir ao Dolce Vita Tejo já sem ver nada à minha frente por ter a paciência completamente minada pela dor. O não saber o que tinha porque o anti-inflamatório não tinha surtido qualquer efeito. O não estar em minha casa e o não querer ir para uma urgência sabendo que isso implicava ter de ir alguém comigo que ficaria a gramar a estucha de um local como esse. Um verdadeiro filme de terror. E eu à beira do pranto sem que me pudesse descompor para não dar bandeira e não incomodar.

-“Queres ir às urgências?”

-“Não! Se não estiver melhor logo vou amanhã.”

Depois de outro ai meu que não consegui evitar:

-”Mas não é melhor irmos às urgências?”

-“Não. Estou perfeitamente bem!”

Ai.

-“Vamos às urgências!”

-“Não quero! Parvoíce, vamos lá perder imenso tempo! Não vamos!”

Desejosa que estava, no meu íntimo, que fossem mais teimosos que eu e me obrigassem a ir. E Graças a Deus perdi neste finca pé. E às 23.55 dava entrada numa urgência hospitalar, preparada para uma longa espera e para o alívio nulo do meu mal. Já me via com uma hérnia discal.

Triagem. Médico. Injecção. Imaginei o rabo cravejado de picadas de agulha, mas não fiz birra. Queria lá saber. Só queria é que me tirassem a dor. Mas nunca supus ser tratada da maneira como fui. O Sr. Dr. teve a feliz, brilhante e luminosa ideia de me aliviar de imediato fazendo com que me fosse administrado, por via endovenosa, a mais rápida das vias para obter um efeito, um analgésico! Maravilha das maravilhas……..um sonho tornado realidade para quem desesperava em ver-se livre daquele sofrimento.

Passada meia – hora era outra pessoa. Quase sem dores e com a imagem de um anjo na minha cabeça. O Sr. Dr.! Nunca tinha tido tanto apreço por um Médico como desta vez. Marcou-me. A dor e a forma como me a resolveram.

6 comentários:

Rita disse...

A maravilha dessas drogas.

Ana GG disse...

A maravilha dos médicos das urgências!
Eheheheheh

;)

As melhoras!

Kika disse...

Rita,

Ainda bem que existem!

Kika disse...

Ana GG,

Capaz de cobrir o homem de beijos estava eu. E não foi pelo Sex Appeal do Senhor!

Obrigada pelas melhoras. Bem preciso!

:)

Anónimo disse...

As mães são mais chatas e piquinhas que as dores que te levaram às "Descobertas" "sexta feira em que acordei sem puder" não e mais uma vez "sem poder"."Mas nunca supos" hora hora estes verbos não deviam existir será Supus? se calhar a infecção já estava avançada e provocou "pus" quiz fazer gracinha com o trocadilho...Tu és alentejana e estás com pronuncia algarvia. bjis

Kika disse...

Anonima Mãe,

Começo a ficar traumatizada e incapaz de debitar letras. A verdade é que dei voltas ao supos, achando que não estava bem, mas sem conseguir divisar o porque. Quanto ao puder...estamos perante um caso grave. Para mal dos meus pecados!

Beijo......vou corrigir!