Já gastei algumas horas da minha vida a pensar e a tentar encontrar a diferença entre o estado da paixão e o estado do amor. Que diferenças existem, que comportamentos são típicos das duas situações, como se definem, que sentires lhes estão associados e tudo com o fito de saber classificar os meus sentires em determinado momento face a um alguém.
Obviamente que não existe um padrão normal para cada situação. Estar a considerar que é assim ou assado é extremamente discutível e relativo. O importante é sentir e não estar preocupado em catalogar a situação que se vive.
Mas eu sou uma pessoa arrumada. Racional até à medula e que gosta de sistematizar as coisas e os conceitos. E ainda que amanhã me desdiga nesta classificação o certo é que hoje tenho a cabeça arrumada neste assunto.
A paixão é um estado do amor. Menos profundo, mais cego às qualidades e aos defeitos do objecto da paixão. É um estado de intranquilidade em que as borboletas na barriga esvoaçam e tanto podem causar um profundo desgosto como uma alegria imensa.
O amor é o pleno. Onde temos certezas. Em que a visão não está já desfocada. Os defeitos do outro existem e foram aceites como parte da sua personalidade. Escolhemos viver com eles. É um estado tranquilo onde existem emoções mais contidas mas também mais sólidas e tão ou mais prazeirozas que as vividas no tempo da paixão.
Esta é classificação muito redutora. Muito mais há a dizer sobre a questão. Mas tudo o que se possa dizer ou acrescentar é cair um pouco na mesquinhez de uma frase feita. Resta-me dizer que gosto dos dois estados. Sobretudo de os viver.
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