Aquele exercício que me comprometi a fazer, obrigando-me a olhar para trás e a ver como me correram os seis últimos meses. E que me apetece tanto fazer como nada.
Não é preguiça. O que acontece é que simplesmente não consigo avaliar. Talvez por ter memória curta para as minhas coisas. Não faço ideia.
Sei que as coisas não me correram mal. Sei que cumpri já grande parte daquilo a que me propus. Sobretudo no que eram coisas fazíveis. No entanto, acho que estou a falhar redondamente nas coisas sentíveis.
Sinto que me estou a fechar. Que de novo estou numa fase em que me tranquei em mim. Em que só a saca-rolhas sabem do meu eu, e que mesmo assim, mesmo destapada, rapidamente dou a volta ao texto e me escudo sem transpirar nada de nada. Eu própria não sei o que anda nesta cabeça porque me recuso a encarar-me e a deixar que determinados assuntos me incomodem.
Sinto-me afastada. Com vontade de viver mas sem que me autorize a sonhar. A olhar para a realidade de uma forma demasiadamente céptica. E com medo. Medo da perda e do sofrimento. Medo de errar. Medo de me magoar. Medo!
Enfim. Podia dar-me para pior.
4 comentários:
quem nunca errou que atire a primeira pedra. São os erros que nos fazem aprender e a crescer. Não te afastes e não te tranques.Deixa entrar os que querem que o teu "Mundo" seja cor de rosa. bjis mãe
Se me é permitido, sugiro que vivas a tua vida sem medos e sem receios. Nao te feches à vida. O povo, em seu saber ancestral diz:
" A vida é um livro aberto"
ou então, como diria o poeta:
"O sonho comanda a vida"
Bjos
Anónima Mãe,
Mero desabafo e um passar para letras de algo que ando a sentir. O intuito é pedagogico. E tem um objectivo. Depois do diagnóstico que fiz, tornei-me capaz de utilizar o "medicamento" correcto para erradicar os sintomas.
Beijo
Anónimo,
Sugestão aceite. Mas tenho os meus momentos. Como todos nós.
Beijo
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