quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Destino ou burrice?

A velha questão.

É o destino que nos guia durante a nossa vida?

Existirá já  um roteiro  pré-definido para cada um de nós à nascença?

Independentemente da vontade de cada um, aquilo que nos acontece resulta da decisão de alguma entidade superior para que assim seja?  

Não posso assumir isto.

Era o mesmo que me resignar a viver um guião para o qual fui escolhida como actriz sem poder dar dicas ao realizador do filme. Logo eu que opino sobre tudo!

Mas considerando que assim era. Que as linhas gerais e particulares da minha vida estavam já estabelecidas e não dependiam de opções minhas. Era assim, porque era assim.

Só posso dizer…bolas!

Não me inventam outro argumento?

Eu sei que sou uma privilegiada neste mundo e que as situações que me tem sido apresentadas para resolver, nada rocambolescas até, têm sido ultrapassadas da melhor maneira. Perdoe – se a minha imodéstia ao escrevê-lo

Eu, em conjunto com aqueles que mais próximos me são e sem os quais eu não seria aquilo que sou,  temos dado a volta a coisas que me acontecem que considero mirabolantes. Mas que parecem seguir sempre o mesmo padrão. E em que a solução final, por muitas voltas que se dê, resulta sempre numa situação de “Antes assim do que pior”. Qualquer coisa como “Se não há remédio, remediado está”.

Irra!

Será que quem move os meus cordelinhos não pode ser um bocadinho mais original?

Dava-me jeito!

Mas supondo que não é nada disto.

Que somos nós que nos auto determinamos nas opções que fazemos. Que são as nossas escolhas que nos levam a ir neste ou naquele sentido. E que são as varias experiências que passamos nesta vida  que nos permitem aprender. E que de a partir dum back ground de viveres pudemos fazer escolhas cada vez mais acertadas e de acordo com aquilo que queremos para nós.

Imaginando este cenário, resta a pergunta.

Porque é  que eu me vejo a braços com situações similares? Sabendo eu,  de antemão, que estou perante mais do mesmo? Que se passara nesta cabeça para não aprender?  Para me colocar em situações de fragilidade sem ter preocupação com o meu bem estar? Serei masoquista e descobri agora?  Ou é simplesmente  um grau muito avançado de burrice?

Se for, preciso de me defender de mim, porque a  minha tendência é sempre ir bater com a cabeça contra o muro, mesmo sabendo que é muito mais fácil contorna-lo,  eu prefiro sempre usar a picareta para o partir!

E depois a quem posso recriminar?

Só a mim.

E nesse caso resta-me assumir que sou

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Burra!

Esperando não estar a ofender os ditos animais que comparados comigo são inteligentes, na certa!

2 comentários:

mfc disse...

Já somos dois!

Kika disse...

mfc,

:). Sentir-me acompanhada já é um conforto...!