Ontem, num espaço curto de tempo, consegui saber que o namorado de uma colega estava com uma pneumonia, que tinha três antibióticos para tomar e que a febre não cedia, para além do que estava chato como tudo; que uma amiga ia já a caminho de Lisboa e que estava quase a chegar a Alcácer do Sal, sem qualquer percalço de maior; que um amigo me mandava um beijo em troca de um raspanete que lhe passei e isto tudo, sem ter emitido um único som. Comuniquei. Soube dos outros e os outros souberam de mim. O meio utilizado foi rápido, eficaz e pouco dispendioso. Sms.
Que gosto. Mas ao mesmo tempo detesto.
Sinto que muitas vezes ao invés de aproximar, afasta as pessoas, gera insatisfação. A mim acontece-me. Fico com vontade de conversar, saber mais e depois…e depois tenho de escrever no minimo 20 sms para ficar satisfeita, e isso ninguém no seu perfeito juízo faz ou aceita responder. Logo o que acontece é sentir um vazio. Quantas e quantas vezes depois de receber um sms eu faço uma chamada…
Não sei se sou a única a sentir isto. Decerto quem é mais novo que eu acha o máximo e sente-se completamente realizado a comunicar por sms. Eu cá não. Acho limitante, castrador. Sinto que a máquina limita a conversa. Estou habituada a uma forma de comunicação diferente, com preceitos que vão desde a saudação de abertura até a despedida com um beijo, um xau ou outro similar. Em que se trocam ideias e pensamentos, se conversa! E eu não sou assim tão antiga mas acho que existem coisas nestas novas tecnologias a que nunca me vou habituar por mais que entrem no meu dia-a-dia. E sinceramente acho que é uma pecha da minha geração, ter chegado à idade adulta sem estas coisas modernas e ter, agora, de aprender a lidar com elas. Nunca o faremos como alguém que tenha menos 10 anos que nós. Nunca…!
2 comentários:
Podes fazer comigo, ora essa... Mas nós preferimos o Feisbuk, né? :P
Beijinhos
Pólo Norte,
Poder podia, mas não era a mesma coisa...:)!
Bj
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