quinta-feira, 18 de maio de 2023

Ritmo

 Acordei tão, ao mais cansada do que me deitei. Um cansaço diferente é certo. Porque se ao deitar, os olhos se fechavam, já ao levantar a questão não foi bem essa. Até acordei menos mal, olho bem aberto, mas pareceu-me foi que teria levado uma sova. 

E ontem até não foi um dia particularmente trabalhoso. Folguei de manhâ para a minha habitual hidroterapia (essa mesma que adoro, corrija-se adorava...mas logo discorro sobre o assunto e sobre o que se está a passar com o gosto ou desgosto) e só de tarde trabalhei, onde nada fiz de excepcionalmente arduo. 

Antes pelo contrário. 

Associada a este dôr pegada, que não é comum e que já passou!, sinto-me meio letargica. De novo, sem saber o porquê. 

Tenho dias em que acordando assim mas com os estimulos certos, a saber,  alguma adrenalina que me faça acordar, a coisa vai. Hoje não me parece. 

Também tem de se ver que é 5ª Feira. E à 5ª feira, a pessoa que é quinquagenária, já não pode com uma gata pelo rabo. Mesmo que durante a semana nada se tenha feito de esfalfante. 

O que acontece é que o ritmo tem de ser outro, mais leve...A pessoa é quinquagenária. 

Coisa que me fartei de ouvir ao meus Pais e agora nem posso crer que é verdade! Recuso até que seja verdade, não posso acreditar que aos 50 nos possamos sentir tão cansados. Imagine-se aos 60, 70, 80, 90 anos!A idade da minha Avó,  que se arrastava pela casa mantendo boa vivacidade de cabeça, mas para conseguir realizar a mais trivial tarefa ficava cansadérrima.    

Imagine-se quando lá chegar. 

Se chegar. 

Até lá vou dizendo que parece mentira e recusando associar à idade ao cansaço. Era só o que faltava. 



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