Li algures que a incapacidade de lidar com a frustração resultava de uma infância demasiado protegida, em que os desgostos e os dissabores nos são poupados a todo o custo.
Concordo.
Discordando.
Eu sou um exemplar dessa raça de crianças “poupadas”. A minha infância foi protegida. Não no sentido de ter tudo o que queria, nem no sentido de falta de regras, mas sobretudo no grau de protecção que sempre me deram. Ainda hoje sinto isso, não só dos meus Pais, Irmão e demais família, mas também por parte dos amigos. Sou protegida. Acarinhada. Existe sempre uma deferência especial para comigo.
Mas isso não faz/ fez de mim uma indivídua mal ajustada a frustrações. Acho que sou sensata face às ditas. Sei “entender” a vida. Relativizar. Nos últimos tempos então, acho que estou uma expert na matéria.
E dava o mundo para conseguir desvalorizar a minha frustração do momento. Nada de muito importante. Ou fundamental. Mas apesar de todo o meu bom senso, nada me tira de dentro do peito um amargo.
Pequenino é certo.
Mas amargo.
2 comentários:
Não sei se é o mesmo amargo que sinto.
Certamente não será!
O meu deve-se à notícia referente ao Dr. Fernando Nobre!
... senti-me ludibriado dos pés á cabeça!
mfc,
Não é mesmo. A frustação de que falo tem a ver com o meu umbigo - situação recorrente por estas bandas.
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