sábado, 3 de janeiro de 2015

Inutilidades

Sempre adepta das listas de tudo e mais alguma coisa, não me passam ao lado,  como é óbvio, as listinhas que compilam aquilo de deve ser lido ou no ano em questão, ou na década em que estamos, ou   que por uma razão ou outra são imperdíveis. Dou sempre conta delas! 
E é sempre com um misto  de "Deixa lá ver quantos me faltam" ou com um "Que inculta és…não leste nada disto!" que acabo por as percorrer de fio a pavio. Sendo assim e influenciável que sou, vou ficando com montes de referências livrescas, que em regra, não aproveito, mas que por vezes utilizo. Nem sempre com bons resultados, verdade seja dita.
Depois de uma primeira experiência com Dostoiévski e os "Irmão Karamazov" que tive de deixar a meio por manifesta incapacidade de comprender o propósito do livro, ainda que guarde muitas das personagens, resolvi a custo e deveras receosa de novo desgosto,  dedicar-me a outro Russo, neste caso Tolstoi e o seu "Guerra e Paz", que encontrei numa lista dos 50 livros a ler durante a nossa vida, e claro registei para leitura futura. 
Estando o livro em casa, porque fazia parte da biblioteca dos meus Avós, estando eu sem livros a que me dedicar,  resolvi deitar mãos à obra e começar a saga. Ainda que com um pé muitíssimo atrás. 
As primeiras impressões não são más, mas posso dizer que o livro ainda não me agarrou e já vou adiantada, o que me leva a concluir que não nasci para ler Russos. 
E decididamente as listinhas não são para ter em conta.  
Ou são, eu é que sou assim, meio tacanha, e não consigo perceber a elevação da coisa.


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