quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Inveja


Adoro Mealheiros. Só por si e enquanto objecto, o Mealheiro me encanta. Sempre assim foi. Desde os mais tradicionais até aos mais "idiotas"na maneira como a forma surge aliada à função a que se destinam. Amo de paixão. Gostaria de os ter às dúzias. Mas é com imensa pena que não os tenho,  e a mim me culpo, porque na hora da verdade, da compra, mais propriamente dita,  a minha consciência vem lá do fundo e me diz "Para que o queres? Não o usas!" e assim  se evita o terrível erro de adquirir uma peça dessas para ficar votada ao abandono. Porque não concebo Mealheiros sem ser a produzir. Além de os adorar enquanto objecto, também os adoro pelo conceito que lhes está subjacente. A poupança. Mas é sobretudo a capacidade, a disciplina e perseverança que é necessária durante longos períodos de tempo,  de uma forma diária e com uma dedicação imensa, para que o Mealheiro cumpra a sua função e seja o repositório de um pecúlio digno de registo, de que dão provas seres superiores à minha pessoa, que me fascina. E dos quais ouço relatar os feitos sempre com uma imensa atenção,  como que se ouvindo a experiências de terceiros com os ditos Mealheiros, possa também eu ser capaz de descobrir o mistério que esta por detrás da capacidade de encher um objecto destes. Porque eu não consigo. E gostava imenso de o fazer. Mas não sou capaz.  E não porque seja gastadora, mas porque acho que não me posso dar ao luxo de estar a acumular dinheiro num sitio sem que o tenha todo, todo contadinho. Ou seja, é a minha forretice que me impede de usufruir da função e tenho desgosto que assim seja. E invejo de sobre maneira quem consegue levar tal tarefa a bom porto.

1 comentário:

mfc disse...

Pois olha que eu não quero mealheiros para nadinha!!
Já me bastam os banqueiros sugadores!